CAPÍTULO 64 ALINE NARRANDO O celular começou a vibrar e apitar sem piedade do meu sono. Aquela musiquinha irritante do despertador ecoava no quarto silencioso como uma sirene. Abri os olhos devagar, com a cara amassada e o cabelo todo revirado. Ainda tava escuro lá fora, mas já passava das seis. — Aff… — resmunguei, passando a mão no rosto, tentando acordar o resto do corpo. Peguei o celular no criado-mudo, desliguei o despertador com um tapa meio impaciente e fiquei ali sentada na beirada da cama por alguns segundos, respirando fundo. Aquele momento de silêncio antes do corre começar. Aquele instante em que a gente se pergunta se realmente aguenta mais um dia. Mas não tinha escolha. A vida chamava. O mundo não parava. Levantei, alonguei os braços e fui direto pro banheiro. Liguei o

