Capítulo 6 – O Dono da Noite

1408 Palavras

Greco A Madrugada respira como eu planejei: grave que sobe do piso, luz rasgando o concreto no ângulo certo, corredores que afinam a atenção antes da pista abrir como surpresa calculada. Do mezzanino, vejo tudo. A casa é um xadrez; cada peça tem função, e eu não movo rei por impulso. Ela surge pelo corredor em “L” — vestido vermelho cortando o ar com precisão, cabeça erguida, olhar que mede rotas e pessoas. A cicatriz discreta no queixo diz “eu volto inteira” com a mesma clareza com que o perfume dela diz “fique longe até eu chamar”. Gosto de quem sabe marcar território sem gritar. A Madrugada foi feita para essa postura: quem entra entende as regras pelo comportamento de quem ocupa o centro. — Pista cheia em sete minutos, chefe — informa Pipa pelo rádio. — Barroca e Índio na porta, Mon

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR