O barulho do portão eletrônico abrindo ecoa na garagem do prédio. Ainda tá cedo. O sol tá subindo devagar no céu e a cidade acorda em silêncio, com as ruas molhadas da chuva fina que caiu de madrugada. Tô no banco do motorista, a mão firme no volante, mas o pensamento longe. Hoje, eu deixo pra trás um pedaço da minha história. Um peso que ficou colado no meu tornozelo por quase dois anos.
Olho pro painel, o visor do carro marcando sete e vinte da manhã. A Dani ainda dormia quando saí. Dei um beijo leve na testa dela, cobri com o lençol e deixei o café passado. Não quis acordar. Esse momento... eu precisava viver sozinho.
Paro em frente ao Fórum com o coração batendo forte. Pode parecer besteira pra quem vê de fora, mas só eu sei o quanto doeu cada passo preso naquele perímetro, cada lemb
