O relógio no painel do carro marcava pouco depois das três da tarde quando entrei na avenida que levava ao aeroporto. O sol batia forte no vidro, e eu sentia a palma da mão suar no volante. Não era nervosismo comum, era outro tipo, uma mistura de ansiedade e alívio, como se cada quilômetro fosse uma prova de que finalmente ela ia estar comigo de verdade. O coração batia acelerado, e a cada sinal fechado eu batucava os dedos impaciente, como se o mundo tivesse que entender que eu não podia esperar mais. Quando chego na área de desembarque, o movimento é aquele caos típico: gente se abraçando, malas rodando, buzinas, taxistas chamando passageiros. Mas eu não vejo nada disso direito. O olho corre direto pros portões de vidro, procurando ela no meio da multidão. Eu nem sinto o barulho ao redo

