A toalha ainda tá enrolada no meu corpo, mas já sinto a pele quente pelo banho e pelo olhar do Flávio, que continua me acompanhando como se tivesse medo de eu evaporar a qualquer segundo. A casa inteira tá silenciosa, só o som baixo da TV no outro cômodo e o ronco discreto da geladeira. Sinto um aconchego que me pega de surpresa, como se já fosse minha casa também, mesmo com tudo sendo novo. — A gente precisa ligar pra eles. — digo, me sentando na cama e puxando o celular. — Minha mãe deve tá doida querendo notícia. — Claro. — responde, já se levantando pra pegar a camiseta e puxando o short de moletom. — Só fala que chegou bem. E diz que eu tô cuidando de ti direitinho. — Só isso? Vai fugir da conversa? — Se tua mãe quiser, eu falo com ela. Mas tu sabe... não sou muito bom com essas c

