Sinto um carinho leve na minha cintura, depois um beijo suave no meu ombro. Me mexo debaixo do edredom ainda com os olhos fechados, e escuto a voz dele, baixa, rouca e cheia de intenção. — Estrelinha... acorda. Quero te levar num lugar. Abro os olhos devagar, piscando várias vezes. A casa ainda tá escura. Olho pela fresta da janela e o céu tá preto, só com uns pontinhos de luz. — Flávio... cê tá doido? São que horas? — Quase cinco. Veste uma roupa, anda. Confia em mim. — Ele sorri, me puxando com cuidado pra sentar. Tá de calça jeans, tênis e jaqueta. Pronto pra sair. — Mas é de madrugada... — Só vem. Depois tu vai entender. Me levanto resmungando, mas no fundo, uma parte de mim vibra. Ele é assim, manda, e a gente vai. Mas com ele, até surpresa em silêncio tem carinho. Vou até o g

