📍 NARRADO POR AMARA (continuação)
A Natália me deixou ali, sozinha, na salinha nova. Disse que ia resolver umas coisas na direção e que depois me chamava pra conhecer as mães. Mas antes, falou com aquela voz dela de quem manda com doçura:
— “Se joga, Amara. As crianças sentem quem é de verdade.”
E eu fiquei ali. De pé. Com a mão tremendo um pouco. Mas o coração? Tava gritando pra frente.
Olhei pras cadeirinhas coloridas, pros brinquedos arrumados em caixas transparentes, pros livros de páginas grossas… e fui. Sem pensar muito, só fui.
Ajoelhei no chão devagar. Abri uma caixa de montar. Peguei duas peças. Senti o cheiro do plástico limpo, novo. Sorri.
Uma cabecinha apareceu na porta.
Depois outra.
E mais uma.
Quando vi, uns seis pequenos entraram correndo, como se fossem donos do e
