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Amor+70

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Sinopse

Um viúvo fica balançado quando Laura entra em sua vida, mostrando um outro lado do amor, que ele havia perdido há anos. Um amor entre um homem de 70 anos, e uma mulher de vinte e pouco anos, é capaz de superar os preconceitos?

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Prólogo
Pov’s Arthur Forbes Nova York, EUA. Entro no apartamento de cabeça baixa, carregando comigo a mesma desesperança de sempre. Logo na entrada, sinto um cheiro fresco, de limpeza — algo totalmente fora do padrão. Ninguém põe os pés aqui desde que minha velha morreu. Este apartamento virou um refúgio cinzento, esquecido, sem visitas, sem ninguém. Eu moro só, e faço questão de manter distância de todos. Por isso, paredes e móveis permanecem neutros, apagados, sem cor — porque não gosto que haja cores. Tiro o paletó, afrouxo a gravata, desabotoo a camisa social. Largo a pasta e as chaves do carro no sofá, exausto, como se me livrasse de um peso. Vou até a mesinha ao lado, sirvo um copo generoso de uísque, e deixo que a bebida alivie o aperto no peito. Por alguns segundos, olho a noite através da janela. Solto um suspiro longo. De repente, um barulho me tira do transe: passos apressados, depois o estrondo de um abajur quebrando. Viro-me de imediato, alerta, e vejo uma mulher segurando uma vassoura, usando um avental azul, tentando desesperada limpar os cacos. — Quem é você? — disparo, franzindo a testa, incrédulo. A desconhecida abaixa a cabeça, gaguejando desculpas enquanto junta os pedaços no chão, nervosa. — Vai responder ou não? — insisto, com o meu tom duro. Me aproximo, impondo minha presença, querendo arrancar a verdade. — Eu sou a nova empregada, senhor! — sussurra, ainda recolhendo os cacos, como se esperasse ser demitida a qualquer momento. — Nova empregada? — repito. — Quem te contratou? — Eu não posso dizer. — Como assim não pode dizer? — me indigno. — Invade a minha casa, se faz de empregada, e não explica nada? Ela parece ainda menor, vulnerável, m*l sabe sustentar a própria voz. Talvez seja do interior, talvez nem tenha estudo, penso. Pego o telefone, a ameaçando: — Se não falar, vou chamar a polícia. Não admito ninguém entrando aqui e dizendo que trabalha pra mim. Você pode ser uma ladra! Ela n**a freneticamente, em pânico. — Não! Eu juro que não! Foi o senhor Butler quem me mandou, mas ele pediu pra não contar ao senhor. Fecho a mão em punho. Meu melhor amigo, como sempre se mete onde não deve. Seguro o braço dela, pronto para expulsá-la de vez. — Por favor, senhor! Não me mande embora! — implora, desesperada. — Eu preciso muito desse trabalho, não tenho para onde ir. Inspiro fundo, apertando os olhos. Odeio ver uma mulher chorando. — Tudo bem — cedo, num misto de pena. — Você pode ficar. Mas só vai limpar esta sala, entendeu? Não quero que ponha os pés em mais nenhum cômodo. — Sim, senhor. —balança a cabeça, aliviada. — Pode se retirar — ordeno, e a mesma assente. Quando me viro para seguir ao meu quarto, a chamo de novo: — Espere. Qual é o seu nome? Ela para, respirando fundo, e me olha tímida. — Me chamo Laura — diz baixinho, constrangida. — Prazer, Laura. Sou Arthur — respondo, de modo polido, ainda que distante. — Quantos anos tem? — 26, senhor Arthur. Engulo em seco, observando sua postura humilde. — Eu tenho 70 anos — digo sem rodeios. — Vai mesmo aguentar servir a um velho rabugento como eu? — Darei conta do trabalho, senhor. Vim do campo, sei lidar com serviço pesado. — Tem certeza? — Tenho. Me sento no sofá. — Sou viúvo — aviso, seco. — Não há presença feminina aqui, além de você. A empregada hesita um instante, depois arrisca perguntar: — O senhor não têm filhos? — Não tivemos filhos — respondo, incomodado. — Minha esposa era estéril. — Sinto muito — a escuto lamentar. — Não sinta — corto, ríspido. — Estou acostumado a sobreviver sozinho. E se quiser mesmo este emprego, vai precisar ser invisível dentro desta casa. Entendido? A própria balança a cabeça, respeitosa, e sai em silêncio. Fico fitando o copo de uísque na mão, sentindo o peso de uma solidão que nem a bebida consegue calar.

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