nayla Miller ⭐
Passo a mão na minha nuca, soltando um suspiro. Estou acordada deis da primeira faísca de sol e agora, o sol já está centralizado no meio do horizonte, dando um calor forte.
Umideço meus lábios, pego novamente os baldes de água e volto a andar para o estábulo dos cavalos. Coloco os baldes no chão, fazendo cair um pouco no meu vestido.
- seja mais atenta, minha irmã!- escuto o ar de riso na voz de minha irmã tailane.
Ela joga a comida para um dos cavalos, fazendo a comida voar um pouco em sua cara. Solto uma leve risada.
- melhor ser mais delicada, tailane!- falo dando risada.
Ela olha pra mim e sorri. Me viro na direção de casa e vejo as duas madames mimadas sentadas em um banco, enquanto usavam seus leques para fugir do calor. Cruzo meus braços, tailane vem até meu lado.
- enquanto a gente cuida de todo, elas ficam de naris impinado!- falo revirando os olhos.
- sabe que fica olhando não vai adianta em nada né?- perguntou tailane colocando suas mãos apoiadas em sua cintura.
- vai que bate um vento forte e levanta os vestidos dela!- falo sorrindo.
- dá pra você só tenta agir como uma dama?- perguntou tailane voltando a dar comida aos cavalos.
" não, Não dá não", penso comigo mesma.
Elas se levantam, fico imaginando a cara delas se o vento batesse. Ergo uma sobrancelha e dou um sorriso, de repende um vento bate e sobe seus vestidos, é preciso segura o meu para não subir também.
Minhas amadas irmãs gritam e saem correndo para dentro de casa.
- por que não usa essa sua boca mágica pra fazer nossa mãe para de ir se embebedar com os homens?- perguntou tailane saindo do estábulo.
Mordo meus lábios. Depois da morte do meu pai, minha mãe caiu totalmente e por ela a culpa é eternamente minha. Ela já não me tratava muito bem quando meu pai estava aqui, agora que ele se foi, só pioro o tratamento.
Deis que ele se foi, nunca mais comemorei meu aniversário e com certeza nunca irei realizar o pedido que fiz.
Me tornar uma princesa!
Volto a dar água para os cavalos. Vejo minha mãe chegar na carruagem que com toda certeza, é do homem que ela passou a noite.
Vou para casa, lavo minhas mãos para entrar e ando na direção da cozinha.
- café forte, sem açúcar e não demore!- fala ela passando por mim.
- sim madame!- sussuro.
Pego a jarra e começo a prepara o café. Me apoio na pia e olho para o chão.
Essas assombrações me perseguem, as imagens de meu pai caindo do penhasco, gritando, minhas irmãs desesperadas e pensar que a culpa foi minha.
- se continuar olhando assim para o chão, você vai abrir im buraco nele!- escuto a irritante voz da minha adorável irmã.
Olho para cima e meus olhos azuis param nos olhos da minha irmã lira.
- irmã, como mais velha você deveria ajudar na faxina doméstica, não acha?- pergunto.
- e criar calos em minhas delicadas mãos, acho que não!- fala ela.
- eu e lira demos que estar perfeitas para em breve o príncipe escolher uma de nós!- fala laysa segurando o braço de lira.
Não aguento e solto o início de uma risada, que logo se torna uma gargalhada.
- vocês são camponesas, acha que o príncipe vai querer... vocês?- pergunto segurando o riso.
- e quem garante que ele não as escolherá, nayra?- escuto a voz de minha mãe.
Me viro e vejo ela ali. Usava um vestido rodado verde, como se fosse da realeza.
Vejo no seu pescoço uma jóia.
- onde consegui esse colar?- pergunto.
- responda a minha pergunta!- fala ela vindo para mais perto de mim.
Umideço meus lábios e desvio o olhar do seu.
- camponesas não vão Palácio, mamãe!- falo baixo.
- e é ai que você está enganada! Haverá um baile real, onde a princesa escolherá sua dama real e todos estão convidados, incluindo as componesas. Todas vocês vão, Não queria que você fosse né? Você pode manchar a imagem da nossa familia, mais em honra a seu pai. Não faça nós passarmos vergonha, até tailane é melhor que você!- fala ela.
Aceno com a cabeça. Ela vai até a mesa e se senta com suas amadas filhas, lira e laysa.
Elas ficam conversando sobre qual vestido usar, quem o príncipe irá chamar pra dançar e até começaram a falar de quantos filhos iria ter com o príncipe.
Pego o café, coloco na xícara e entrego a minha mãe.
- naysa!- escuto tailane me chamar.
Ela entra na casa ofegante, como se tivesse corrido um bom caminho pra chegar até aqui.
- está em um estado deplorável, minha filha. O que houve?- perguntou minha mãe.
- nobreus sumiu!- fala ela.
- O QUE?- pergunto sem acreditar.
- foi olha-lo antes de entrar, ele não está no estábulo!- fala ele.
Nobreus foi o cavalo que ganhei do meu pai.
- não se preocupe, ele está em boas mãos!- fala minha mãe sorrindo.
Me viro na rua direção para encara-la.
- o que fez com o meu cavalo?- pergunto.
- me perguntou como consegui o colar, correto? Sua resposta chegou!- fala ela.
Sinto meus olhos se encherem de lágrimas. Como ela pode dar meu cavalo em troca de um colar?
- era a única lembrança que eu tinha do meu pai, como pode?- pergunto tentando segurar as lágrimas.
- como eu pude? Como eu pude? Graças a você, sofremos aperto financeiro. Devo lembrar quem mandou o pai das minhas filhas? Você não é minha filha, é apenas uma mulher que matou meu marido!- fala ela.
Saio dali correndo, tailane grita meu nome mais eu não ligo. Corro para dentro da mata, corro com toda minha força.
Logo o ar começa a vir com dificuldade em meus pulmões, tropeço e acabo caindo do lado de uma árvore. Já estava noite e a única claridade era da lua e suas companheiras, as estrelas.
Me encosto na árvore, abraço meus joelhos e começo a chorar. Sério minha cabeça em meus joelhos e me permito solta tudo que segurei por todos esses anos.
- papai, tá tão difícil sem você aqui. Foi um acidente, foi um acidente, deveria ter me deixado cair... eu... papai... to com saudade!- falo chorando.
Sinto algo passar pela minha perna, solto um grito e pulo para longe. Olho na onde eu estava e não vejo nada, ms aproximo e vejo uma pelagem branca se escondendo, logo percebo que se tratava de um gatinho.
- ei amiguinho, eu não vou te machucar, vem cá!- falo calmamente para não assusta-lo ou assusta-la.
Devagar sai de seu esconderijo, era uma jovem gatinha, estava um pouco suja mais tava para percebe que sua pelagem era super branca e com um bom banho, talvez bem macia.
- você está perdido? Figiu de seus donos?- pergunto.
A gatinha vem para perto de mim, ergo minha mão e dou carinho levemente em seus pelos. Fico olhando aquela gatinha tão indefesa.
Solto um suspiro!
- ok. Vem aqui coisa fofa, vou te dar um bom banho e comida!- falo pegando ela no colo.
Ando de volta para minha casa. Tenho sorte que conheço essas florestas como a palma da minha mão e não me perco fácil.
Entro no estábulo, ali avia uma pia e um sabonete.
Coloco ela dentro da pia, ligo a torneira e a mesma se assusta com a água, solto uma risada.
- gatos não gostam ds água!- falo sorrindo.
Pego ela e a coloco devagar dentro da água, no começo ela começa a miar, mais logo começa a se acostumar.
Pego uma manta para seca-la.
- pronto. Nova em folha, vamos agora procura algo para você comer!- falo a pegando no colo.
Vou na ponta dos pés para dentro de casa. Sigo para a cozinha devagar, deixo a gata em cima do balcão e começo a procurar algo pra ela comer.
- some por meia hora e volta com uma amiga!- levo um susto.
Me viro e vejo tailane dando carinho na gata.
- não sei o que dar para ela comer!- falo passando a mão nos meus cabelos para solta-los.
Tailane vem até a cozinha e abre um armário, pega algo que não consigo definir o que é.
Ela coloca em um pote e da para a gata comer.
- o baile é amanhã!- fala tailane.
- eu não tenho vestido pra ir e sabe que a mamãe não vai comprar pra mim!- falo me sentando perto da gata.
- eu sabia que você iria usar essa desculpa, então... com as minhas econômicas, comprei um vestido pra você!- fala saindo da cozinha.
Logo ela retornar com uma caixa grande nas mãos.
- tailane, suas economias eram para sair desse lugar!- falo pegando a caixa.
- o que adianta eu estar conhecendo o mundo e você ainda sofrendo na mão dela?- perguntou cruzando oa braços.
Coloco a caixa perto da gatinha, vou até ela e lhe dou um abraço apertado.
- você vai em uma carruagem diferente, fica o mais longe possível delas, para não estraga seu vestido!- fala ela sorrindo.
Aceno com a cabeça. Ela sorri e vai para seu quarto.
Pego a caixa.
- vem gata!- falo indo para meu quarto.
Abro a porta, deixo a gatinha passa primeiro depois entro e fecho a porta.
Coloco o vestido escondido em baixo da cama, me sento e a gatinha pula para se senta do meu lado. Dou carinho nela sorrindo.
- você precisa de um nome!- falo.
Ela se levanta, da uma voltinha e se senta de frente pra mim.
- bolota?- pergunto.
Ela vira a cabeça para o lado direito, como se não tivesse gostado. Mordo os lábios pensando, uma surge na minha cabeça.
- que tal... layla?- pergunto.
Ela pula no meu colo e ronrona, solto uma risada.
- Layla então!- falo sorrindo.
Tiro meus sapatos, me deito e olho para o teto, solto um suspiro e fecho meus olhos para descansa.