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1095 Noites: Ele Me Tocava Como se Fosse a Última Vez

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Sinopse

Anne é filha do conselheiro mais temido da máfia. Noah, o filho dos traidores. Eles cresceram sob o mesmo teto... mas não no mesmo mundo.

Durante anos, ele a observou em silêncio, aprendeu cada mania, cada medo, cada desejo escondido atrás dos olhos assombrados. Ela dizia que não era amor. Que era só sexo. Que ninguém poderia saber.

Mas ninguém a tocava como Noah.

Ninguém a fazia gozar e chorar no mesmo suspiro.

Ninguém a entendia até no que ela nunca conseguia dizer.

Agora o segredo foi exposto. O que era só deles virou munição nas mãos de quem não perdoa traições. E amar Anne pode custar mais do que a própria vida de Noah.

Mas ele não está pronto para desistir da mulher que aprendeu a despir com os dedos, com a língua e com o coração.

Alguns amores são silenciosos. Outros, são tão intensos que gritam até no escuro.

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A corujinha da Máfia
O mundo da máfia é feito de leis, sangue e silêncio. Anne cresceu nesse universo, mas nunca pertenceu a ele. Subiu as escadas de casa correndo, tropeçou nos degraus. Continuou, não podia parar. O coração acelerado no peito, a lembrança da pele, da voz, do movimento... Noah era tudo o que ela não era. Ainda assim a fazia se sentir linda. Fechou a porta do quarto apressada. Estava atrasada, sempre estava. Entrou no banheiro arrancando as roupas de qualquer jeito. Virou o registro e o frio a fez puxar o ar. Não esperou esquentar. A água escorria pelo corpo enquanto ela olhava para as marcas nos próprios pulsos. Precisava apagar, queria guardar. Ele estava ali. Nos pulsos que apertou enquanto a possuía, nos s***s, na boca inchada pelos beijos, no pescoço que Noah segurou até que ela perdesse o ar. Já nem sabia se tinha perdido o ar pelo aperto ou por ele. Sorriu. Fechou os olhos lembrando da voz rouca de Noah, do peso do corpo, do calor dele. — Assim que você gosta, não é? Era. Com certeza era como ela gostava. Forte e fundo. Presa a ele como se não fossem uma mentira que ela amava contar para si mesma. Anne se encarou no espelho do banheiro do sobrado em que vivia com a família. Os olhos claros estavam dilatados, o cabelo ainda soltava os fios pelos puxões fortes, e a marca roxa no pescoço era um lembrete c***l do que ela não era, do que nunca foi. A garotinha de Sombra. A filhinha do Conselheiro da máfia. A retardada. Ele estava gozando quando a chamou de Corujinha. — Você é meu segredo mais perigoso, Anne. Noah falou segurando o queixo dela. Queria poder responder que ele era mais do que um segredo. Não podia. Anne passou a mão no rosto, tentando afastar a memória, mas falhou. Ainda sentia o peso do corpo dele sobre o seu, as mãos firmes a puxando para ele, as coisas deliciosamente quentes que Noah dizia enquanto se enfiava dentro dela. Mas era só com ele que Anne existia. Fora do lugar deles ela era só uma menina que tropeçava nos próprios pés, que derrubava o chá em cima da mãe, que não conseguiu aprender nada na escola. Colocou a mão no ouvido e deitou a cabeça. Era ali que ouvia a voz de Noah, ele estudava com ela. Não dava as respostas, só a fazia entender de um jeito deles, que ninguém mais tinha. — Filha? A voz de Júlia soou do lado de fora do quarto e Anne respirou fundo, antes de fechar o chuveiro e tentar afastar o desejo. — Já vou, mãe. — Sua roupa está na cama, meu amor. Precisa de ajuda? — Não, tudo bem. — Não demora. Ficou em silêncio. Nem queria ter voltado para casa. Queria estar com ele. Saiu do banheiro enrolada em uma toalha branca, os cabelos pingando. O vestido estava lá, impecável sobre a cama. Odiava aquelas roupas. Mas vestiu. Colocou como quem veste uma máscara. Era a festa de casamento de Dállia. A menina era mais nova do que ela, mas tinha nascido com o privilégio de ser normal. Noah dizia que ela também era, mas sabia que não. Jamais seria sexy como Dállia, nem bonita como Olívia, muito menos inteligente como Sara, ou forte como Lis. O núcleo da máfia não tinha apenas homens fortes. Ao contrário, eles eram mantidos por mulheres incríveis, capazes de viver e morrer pelo que acreditavam. Ela não. Anne era só a filha de um dos homens mais respeitados no mundo do crime. Fora dos beijos quentes de Noah, ela era a estabanada que todos olhavam com raiva, ou com pena. Jamais com admiração. Se vestiu apesar de achar aquilo ridículo. Preferia moletons e tênis, pelo menos escondiam as cicatrizes. Eram muitas. Saiu de casa torcendo para não passar vergonha. Pelo menos um dia as coisas tinham que dar certo. Estava cansada de ser o centro das atenções e isso não significava que as pessoas a olhavam com admiração. Era deboche. Nasceu feia e as marcas só pioraram a aparência que já não era das melhores. Sempre pensava sobre isso. Se pelo menos fosse bonita, ser burra não seria um problema. Mas ela era tudo ao mesmo tempo. s***s grandes e pesados, pernas finas, nariz estranho, olhos que pareciam vidro de tão claros. Um erro de fábrica, um quebra-cabeça montado com peças trocadas. Respirou fundo e falou para si mesma. — Vai, Anne. Só hoje as coisas vão dar certo. O que ela queria era tão pouco, mas tinha planejado cada detalhe. Iria para festa de casamento, dançaria com o pai, com o irmão e quando todos se distraíssem ela poderia cumprir o que havia prometido para Noah. — Por que a gente não pode ser pelo menos amigo, Anne? Só estou te pedindo para tentar. Ela prometeu tentar. Talvez se pudessem ser amigos sem que ele se envergonhasse. Quem sabe um dia poderiam ficar juntos... Queria que desse certo, não deu! Assim que saiu de casa cruzou com duas garotas. Estudaram juntas, foi um inferno. Nia e Sage eram inseparáveis e sempre a olharam como se ela fosse um mico de circo. — Cuidado para não tropeçar no próprio r**o, Carrie sem poder. Sage completou. — Estranha com certeza. Carrie? Nem pensar. Essa não move nem a si mesma, quem dirá as coisas. A menção ao filme de terror era exata. Anne se sentia exatamente da mesma forma que Carrie White, mas na realidade as brincadeiras conseguiam ser ainda mais brutais do que a protagonista do filme vivia. Ela não respondeu. Nunca respondia. Mas bastou dar dois passos e as luzes que vinham da área central do condomínio ofuscaram seus olhos. Tudo brilhava muito, esfregou os olhos, tentou continuar andando. Não viu o desnível e caiu, como sempre. Não conseguiu colocar as mãos na frente do rosto, sentiu quando os dentes bateram um no outro. O queixo abriu e ela ficou de joelhos olhando para o sangue que caía em gotas bonitas na terra. As risadas das meninas se misturaram à música que de repente ficou mais alta. Sentiu quando o irmão a ergueu por baixo dos braços e gritou para que chamassem Júlia. — Chama a mamãe, Betty. Théo era o típico irmão mais velho. Nada carinhoso, fechado. Mas a amava. Anne sabia que sim. Só que naqueles momentos, tudo o que queria era sumir e não chamar mais pessoas para perto dela. Júlia chegou rápido e a fez se sentar em um dos bancos de madeira que ficavam espalhados pelo rancho. Moravam ali há alguns anos, tinham saído do Brasil e estabelecido residência no Texas. Sage se aproximou gentil. — Aí, tadinha. Ela caiu de novo. Vou pegar um pouco de água. A mãe de Anne agradeceu e depois voltou a atenção para a filha outra vez. — Vem, meu amor. Tenho outro vestido igualzinho para você. Anne ergueu os olhos. A mãe era linda. Os cabelos longos e claros como o sol, a voz suave. Queria se parecer com ela, mas estava longe disso. Muito longe. Seguiu Júlia para dentro de casa. O telefone vibrou e a mensagem apareceu reluzente na tela do aparelho. - Estou cansado disso, Anne. Me encontra na quadra. Eu quero te beijar na frente de todo mundo e gritar que eu te amo, corujinha. Estou te esperando, não me deixa aqui, vai.

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