Ed estava ali por uma razão, tentar aplicar tudo o que tinha aprendido sobre interrogatório, justamente com o mestre. Tentou a sorte sendo direto. — Foi você quem me tirou daquela sala. Endi deu outro trago no cigarro e respondeu cru. — Excelente observação. — Como? — Bom, tecnicamente eu tive ajuda. Pedi aos seus amigos para que te colocassem no porta-malas, mas assim o Joanas desembarcou. Eu te coloquei no banco, parecia desconfortável para uma viagem tão longa. Ed soltou o ar impaciente. — Eles não sabiam quem era você, ou sabiam e são associados? Chamavam assim pessoas que não faziam parte da máfia, mas que dariam a vida para fazer. Sempre existiu uma espécie de lenda por trás da máfia, uma ideia patética de poder que Ed detestava, mas sabia ser real. Fora daqueles

