Capítulo Quatro

1265 Palavras
P.O.V. Mariane Me levantei depois que tive certeza que todo mundo foi dormir. Meu único problema é o Gustavo, ele ainda não foi dormir e parece que nem vai. Abri a porta lentamente, para ver se não tinha ninguém no corredor . Depois que vi que não tinha ninguém comecei a descer as escadas lentamente para não cair, pois estava muito escuro. Quando tinha umas três escadas para mim descer, tropecei e caí. Cai tão feio que eu mesma iria rir de mim se não tivesse sentindo dor. Estava com um pouco de dor, mas dava para continuar a andar. Tomei cuidado com as câmeras para não chamar a atenção. Hoje mais cedo, eu sem que ninguém vice inverti as câmeras, para calcular melhor a minha fuga. Fui me arrastando na parede, no chão e depois finalmente estava na área dos empregados. Fui até um Guarda- roupas onde ficam os uniformes. Nossa é tudo muito calculado. As mudas de roupas estavam com cada nome correspondente aos empregados . Peguei uma que ficasse boa em mim e fui para um banheiro. Naquela área dos empregados tinha câmeras, mas acho que o guarda só olha quando é a hora dos empregados irem embora. O banheiro não era nada m*l, e maior que o da minha antiga escola. Entrei em uma das cabines e me troquei, e a roupa que eu estava deixei em um cantinho .Depois fiz um coque no Alto da minha cabeça deixando minha franja solta. Esperei um tempo e comecei a ouvir um dos seguranças chamando para sair. Sai do banheiro e entrei no meio dos empregados. Parecia presídio, aqui eles levam muito a sério a segurança, até os empregados podiam ser um perigo. Não sou muito esperta quanto pensei que fosse, os empregados estavam com suas roupas normais e eu era a única ali de uniforme. Mesmo assim consegui passar pelos seguranças. __ consegui - gritei depois que já estava numa parte afastada da casa. Ótimo, agora era só conseguir um telefone e ligar para Jessica me ajudar. Andei por aquelas ruas escuras com medo. Fiquei andando até sentir alguém me seguindo, olhei para trás e vi um homem andando na minha direção, era um dos seguranças do Gustavo. Comecei a correr e o segurança também. Depois de muito tempo correndo reparei que estava no meio da rua. Olhei para o lado a tempo de ver um carro vindo em minha direção, cai no chão e depois não vi mais nada. ***** Abri meus olhos com um pouco de dificuldade por causa da claridade. Reparei que eu estava num hospital. Nem sei como vim parar aqui. Fiquei um bom tempo ali e reparei que ainda estava de noite. Mas como assim? Será que dormi demais? Ou será que fiquei em coma? Não, não, não, não, não. E a única coisa que lembro é que fui atropelada enquanto fugia do segurança do Gustavo. Será que o Gustavo me encontrou? Fiquei ali com meus pensamentos até uma enfermeira entrar. Uma enfermeira nada simpática. __ a quanto tempo eu dormi? - perguntei enquanto ela ajeitava o meu soro. __ desde ontem a noite - respondeu a contragosto. __ alguém veio me visita? - tentei soar simpática. __ uma louca - deu um sorrisinho - ela queria de qualquer forma te ver. __ ela ainda está aí ? __ sim, disse que não ia embora sem falar com você - suspirou - terminei, até mais - saiu batendo a porta. Por que será que não acredito nela? Não sei, mas ela não me pareceu confiável. Fiquei ali mais um tempo até a porta ser aberta com força, entrando uma Jessica preocupada e um Gustavo irritado. __ como você está? - Jéssica perguntou depois de me abraçar. __ melhor - respondi me sentando. __ como isso aconteceu ? __ não lembro muito bem - menti. __ ai meu Deus. Será que você perdeu a memória? __ deixa de ser maluca, e claro que não - ri. __ mas você disse que não se lembra do que aconteceu. __ e que foi muito recente. __ ou por que será que você está mentindo ? - Gustavo se pronunciou pela primeira vez. __ não estou mentindo - tentei soar confiante. __ ok, vou fingir que acredito - suspirou - vou chamar as meninas. __ elas estão aí? - perguntei animada. __ sim, imploraram para vir - deu um sorriso - vou lá chamar elas. Assim que o Gustavo saiu, Jéssica logo me olhou desconfiada. __ depois vai me explicar tudo direitinho - assenti. __ você está viva - Brittany falou após me abraçar. __ e o que te fez pensar que eu estava morta? - perguntei rindo. __ foi a Fernanda que falou - apontou para ela que tinha acabado de entrar. __ mas a culpa não é minha - me abraçou - a culpa foi do Gustavo. __ e o que o Gustavo tem haver com isso? - Jéssica se pronunciou me lembrando de algo. __ meninas, essa é a minha melhor amiga Jessica - apontei para ela que estava na cadeira perto de mim - e Jéssica essas são minhas novas amigas, Brittany e Fernanda. Depois de eu apresentá-las, elas já se consideravam "super amigas" palavras delas . E Brittany com Jéssica já deu para imaginar a loucura das duas. __ ainda não falou o que o Gustavo tem haver com isso - Jéssica indagou. __ ele estava muito estressado por alguma coisa - Fernanda começou - aí depois ele ficou muito preocupado, eu perguntei o porquê, e ele falou que você tinha sido atropelada. Pensei que tinha morrido e comecei a gritar. __ foi engraçado - Brittany caiu na gargalhada. __ mas eu fiquei muito preocupada. __ você e o Gustavo - Jéssica alfinetou me mandando um sorrisinho, e depois falou apenas para eu ler seus lábios um "ele se preocupa com você". Depois de muitas conversas e gargalhadas, as meninas tiveram que ir embora. Jéssica ficou um tempo comigo até o Gustavo chegar e levar ela para casa. Foi bom ficar esse pouco tempo com a Jéssica e as meninas, esquecendo dos meus problemas. __ ainda estou me perguntando como você consegue enganar meus seguranças - Gustavo indagou após entrar, e se sentar ao lado da minha cama. __ não foi tão difícil - me gabei. __ só não foi inteligente na parte do uniforme - riu - foi assim que te encontrei pelas câmeras de segurança. __ como soube tão rápido que eu fugi? - fugi do assunto de que não sou tão esperta. __ você não pensou nas câmeras que ficavam na área dos empregados. __ eu não tive tempo para isso - suspirei - eu não quero voltar para lá - falei decidida. __ não quero discutir isso de novo. __ mas eu sim - suspirei - porque eu? __ por que assim tem que ser. __ não pode escolher outra mulher? Tenho certeza de que não será difícil. __ essas só pensam em dinheiro, não tem maturidade. __ eu também não. Só tenho dezessete anos. __ você vai se tornar a esposa perfeita - se levantou e veio até a mim - e me enfrentar já é um bom começo. __ por que um bom começo ? __ por que significa que não tem medo de mim. __ o medo das pessoas à minha volta, eu perdi quando era criança. __ viu? Por isso que vai se tornar minha mulher - naquele momento minha cabeça deu um giro de 360° grau. __ ainda não concordei com isso. __ mas irá concordar - convencido! __ e eu ainda não quero morar na sua casa. __ iremos morar na nossa própria casa, assim que casarmos. __ não eu vou voltar para minha antiga casa. __ depois eu penso nisso. Agora descanse, quando acordar irá receber alta - deu um beijo na minha testa e depois saiu. Agora eu tenho que convencê-lo a me deixar voltar para minha antiga casa. Não sei porque, mas o Gustavo não tira essa história de casamento da cabeça " por que será? ". Não vou pensar nisso agora, depois eu vou descobrir. Depois do Gustavo sair, a mesma enfermeira entrou me dando um medicamento que me fez dormir.
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