Capítulo Três

1041 Palavras
P.O.V. Maryane Acordei com uma enorme dor de cabeça. A noite de ontem me deixou cheia de perguntas, de quem era aquele homem e o que tanto ele queria. Me levantei e fui tomar banho, entrei debaixo do chuveiro e me relaxei deixando o estresse para outro momento. Saí do banho e coloquei um short não muito curto e uma camisa, prendo meu cabelo em um r**o-de-cavalo deixando minha franja caindo na minha testa. Desci as escadas e encontrei todos a mesa. __ bom dia - tentei soar educada, mas acho que não consegui ser educada, porque estou com uma terrível dor de cabeça. __ bom dia - Responderam em uníssono. Me sentei e reparei que a única pessoa que não estava ali era o Gustavo. Será que foi por causa da noite de ontem? Ontem dormi pensando no que aquele homem falou. Ele tinha uma voz assustadora que fazia qualquer um ficar com medo, menos Gustavo que o enfrentou. Depois de um tempo Gustavo chegou, agora que fui reparar que ele não estava nada bem. Ele estava horrível, tinha olheiras bem visível, estava praticamente sem o terno, só está com a blusa branca dobrada até o cotovelo. __ Maryane, me siga - foi até o escritório. Parece que a coisa é séria. Ele não parecia estar brincando. Estou achando que foi por causa de ontem. Me levantei e fui em direção ao seu escritório, assim que cheguei dei duas batidinhas na porta. __ entre! Entrei e sentei em sua frente . Ele estava com os cotovelos na mesa, com a cabeça abaixada. __ o que aconteceu? - Me preocupei. Por mais que eu não gostasse dele, eu nunca deixaria de ajudar quem está precisando, não tenho esse coração. __ nada com o que deva se preocupar - ajeitou o cabelo. __ me chamou para que? __ por que estava no meu escritório ontem a noite? - droga! Como ele descobriu? Óbvio câmera de segurança. Como fui burra, mas não vou me preocupar eu não fiz nada de errado. __ nada de mais. __ você ouviu uma conversa minha - ele estava irritado. __ não eu queria ir à cozinha... __ meu escritório parece a cozinha agora - arrogante! __ se você deixar eu explicar. __ então explica por que eu quero saber o que estava bisbilhotando no meu escritório. __ eu queria ir na cozinha, mas não encontrei e acabei parando aqui. __ então por que não saiu? - nesse ponto ele já estava gritando - por que se tivesse me explicado ontem quando entrei eu teria entendido. Ele tinha razão, mas isso não dá o direito dele me tratar dessa forma. __ esta irritado só porque eu ouvi uma conversa? - me levantei - não pode me tratar dessa forma só porque está com problemas - eu já estava chorando - não desconta em mim - gritei e saí correndo. Quando cheguei na sala as meninas pareciam preocupadas, a prima com um sorriso vitorioso e a tia com a mesma cara de sempre. O pai nem o primo estava ali. __ parece que nem tudo são flores - Charlotte falou com sorriso estampado no rosto - vocês terminaram? __ isso não é da sua conta - a fuzilei com o olhar - então não se intromete onde não foi chamada ou eu não respondi por mim. Subi as escadas correndo ouvindo as gargalhadas das meninas. Normalmente eu costumo ser calma, mas essa família me tira do sério. Me joguei na minha cama e deixei todas as frustrações sair como lágrimas . Eu tinha uma vida normal até chegar aqui, eu nunca pensei na possibilidade de casar eu só tenho dezessete anos. Gustavo e o homem que toda a mulher que, bonito, rico, inteligente, acho que dá para conviver com a parte do mafioso. Então por que eu? Eu nunca entendo isso, eu sou só uma menina que acaba de se formar no ensino médio. O que o Gustavo quer de mim? Eu não seria uma esposa muito boa para isso, eu não seria o que ele quer, mas não sei porque insiste. Tomei uma decisão, eu vou fugir, não é fácil, mas vou usar todos os meus méritos para conseguir viver livre novamente . Vou dar um jeito e já sei até como. Tem um horário que os empregados vão embora, nem todos dormem aqui, eles vão para casa eu reparei isso ontem quando vi alguns indo embora. Então vai ser isso hoje a noite eu vou botar um uniforme para os seguranças não me reconhecerem . Não será fácil, mas a vida não é fácil e a maioria consegue, então eu também vou conseguir. Fiquei no quarto o dia inteiro pensando na minha fuga, mas na hora do jantar eu não pude escapar. __ posso entrar - Gustavo pergunta o após bater na porta. __ já entrou mesmo - deu de ombros. Ele já tinha tomado banho, pois já estava arrumado, mas não dormiu as olheiras ainda eram bem visíveis. __ sei que está me odiando - se sentou na minha cama - mas você tinha razão quando falou aquilo. __ aquilo o que? __ que descontei meus problemas em você - passou as mão pelo cabelo - então me desculpa. __ tudo bem eu deveria ter avisado antes que tinha sido só coincidência. __ vem - estendeu a mão para me levantar. __ para onde - me levantei. __ jantar sei que não comeu nada hoje - era verdade eu estava com bastante fome. Descemos as escadas e todos nós olharam estranho . Claro mais cedo estávamos brigando e agora estamos bem, mas eu ainda vou fugir. __ já estão bem? - Fernanda perguntou dando um sorriso. __ sim - Gustavo respondeu puxando a cadeira para mim. __ a que bom - Bárbara comemorou, falsa! Apenas dei um sorriso forçado. Na frente do Gustavo elas me tratam super bem, mas por trás soltou o veneno, menos as meninas que eram um amor de pessoa. __ pai depois vamos conversar - se sentou. __ claro. Não falei que essa família não se gostam? Gustavo é completamente frio com o pai, mas as meninas ele trata muito bem . O pai dele não fica muito com a família e o André não para em casa, mas quando está faz de tudo para tirar o Gustavo do sério . Ainda tem a questão daquele homem de ontem ele não pareceu estar brincando, estava com uma voz nada amigável. Depois do jantar só conversei com as meninas e depois subi para o meu quarto . Tomei um banho e depois deitei, mas não iria dormir, eu vou preparar minha fuga!
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