Capítulo 2

1197 Palavras
Mariah Sentada no banco de trás do Mercedes de Sofia, eu olho pela janela, a chuva castiga o vidro do carro. É como se o tempo sentisse o mesmo que eu. — Você não acha Mariah? — Joaquin exclama olhando para mim. — O que? — Que há mais gays que héteros em Redmond? — Eu não faço ideia — Joaquin volta a discutir com Sofia, ele é amigo da minha irmã desde a faculdade, tão amigos que já dividiram o mesmo rapaz mais de uma vez. — Sua irmã tem cara de ter uma vida s****l medonha. — Ah para, Mariah é pra casar, nós somos pra f***r. — Você é virgem ainda, Mariah? — Não, mas não acho que s**o seja tudo isso. — Nunca gozou — ambos falam rindo. Eu me acomodo de volta no meu lugar e desligo o Spotify. Sofia é minha irmã por parte de mãe apenas, enquanto ela nasceu loura de olhos azuis surreais, eu sou morena e baixinha, a vida nem sempre é justa. A minha função no mundo é ser a irmã de Sofia, ninguém olha pra mim uma segunda vez, não depois de vê-la. Conhecemos Joaquin quando eu me apaixonei por ele, meu ex-crush é um daqueles caras que não tentar ser bonito – isso acontece naturalmente. Ele é alto, musculoso e tem uma pele aveludada, a pele mais perfeita que eu já vi é da cor da calda de açúcar quando começa a dar ponto, era louca por ele, mas quando cheguei perto, notei que eu não tinha algo que ele gostava, pênis. — Como seu pai recebeu a notícia de que você veio para Redmond viver com Sofia. — Ele está chateado, é claro. Ele acha que estou jogando fora minha vida para ser uma v***a em Redmond, mas eu não saberia ficar sem Sofia — ele alisou os cabelos dourados da minha irmã. — Também te amo, xoxo. Espero bebermos o suficiente para eu engravidar de você um dia — Sofia brinca. A chuva cessa e ficamos em silêncio. — Olhem aí está nossa casa! — Joaquin diz apontando para um edifício de vidro. — Você pode acreditar que finalmente estamos aqui? — Sofia pergunta quando entramos na garagem subterrânea. — Eu sei! É tão mágico, a gente sempre sonhou com uma vida de burguesa em Redmond. — Respiro fundo enquanto Sofia estaciona — Definitivamente não estamos mais no Texas. Desço do carro com cuidado, nossos pais herdaram uma casa de uma tia-avó e a venderam para que pudéssemos ter o apartamento. — A mudança já deve ter terminado. Eles vão chegaram de manhã— diz Sofia quando começamos a caminhar em direção aos elevadores. — Imaginei que poderíamos subir, verificar o local e depois encontrar algo ou alguém pra jantar. — Meu jantar está ali. — Joaquin diz inclinando o queixo em direção ao homem loiro e alto parado perto dos elevadores. — p***a, ele é gostoso. Vamos fazer um acordo, se ele é gay, você pode tê-lo, mas se for hétero eu vou cavalgar— diz Sofia dando uma cotovelada nele e acelerando um pouco o ritmo. — Nós m*l chegamos lá e vocês já querem t*****r? — Não podemos todos ser frígidas, Mariah essa vaga já está ocupada, olha o tamanho dos pés, o p*u deve ser imenso. — Joaquin! — O que? — Joaquin diz fingindo inocência — Você precisa conhecer um p*u de verdade. Corremos até o elevador e ele diz que o porteiro não liberou o elevador porque o irmão está com alguém. — Quer ficar conosco? — Joaquin pergunta. — Não, meu irmão acaba de me liberar, parece que o porteiro se enganou. — Hey— Sofia diz toda ofegante e eu tenho que lutar contra o desejo de revirar os olhos. — Eu sou Sofia e essa é minha irmã, Mariah e Joaquin. Acabamos de nos mudar — Você mora no prédio? — Joaquin pergunta, obviamente, latindo na árvore errada. — Oh não, eu só estou visitando meu irmãozinho. Ele mora aqui. Em que andar vocês estão? — Vinte— Sofia morde os lábios descaradamente. — Se eu fosse hétero meu p*u estava duro — Joaquin sussurra para mim e eu tenho que me segurar para não rir alto. — Você visita com seu irmão com frequência? — o clima está altamente s****l. — Eu vou visitar muito mais agora, especialmente se isso significa encontrar a vizinha nova. — Bem, da próxima vez que você estiver por perto, certifique-se de parar no vigésimo andar. Richard concorda com a cabeça e continua olhando para Sofia. Eles parecem animais no cio. O elevador para e Joaquin e eu a tiramos do elevador. — Achei que você ia dar pra ele no elevador. — Joaquin! Isso é nojento— rimos e Sofia permanece olhando o elevador que sobe. — Eu acho que estou apaixonada— Sofia passa por nós. — Você acabou de conhecer o cara— abro a porta e todos entram. — Eu sei – é a coisa mais louca. Eu nunca senti isso tão forte, tão cedo, sobre alguém. Bem, além de vocês dois, aquela boca rosa, imagina a cor daquele p*u. —Que romântico — fecho a porta e tiro o casaco. — Me respeita há borboletas em meu estômago, vocês serão meus padrinhos. — Você nem sabe se ele tem alguém — a encaro e me espanto como ela parece realmente sonhadora. — Vamos ver esse lugar logo! — Digo animadamente. Todo o apartamento foi projetado em torno de um mesmo patamar, o chão escuro é simplesmente fantástico, os quartos são modernos; janelas do chão ao teto que cobrem a parede oeste da grande sala exibem uma vista incrível de Redmond. A sala é decorada com uma paleta de verde-musgo e creme. Sofia ficou com o quarto maior e Joaquin e eu com o menor. A cozinha é linda. Tem um design elegante e moderno, mas os armários de mogno e a ilha da cozinha dão uma sensação de lar. Eu posso imaginar nós três sentados no bar do café da manhã recapitulando nossos dias com um bom vinho. — m*l posso esperar para convidar amigos para uma festinha — Joaquin diz com um sorriso largo. — Eu sei! Eu tenho o vestido perfeito e podemos convidar o vizinho. Ele vai poder comer com a gente — Ok, eu odeio ser a estraga prazeres, mas além de m*l conhecer o homem, você não sabe cozinhar e nunca viemos a Redmond. — Sofia, esse seu homem tem um irmão, não é? Acho que nossa Mariah precisa desesperadamente t*****r para perder essa mania de jogar água fria em tudo. — De onde veio essa ideia de que s**o resolve tudo? — Se você tivesse um o*****o saberia o porquê— retruca Joaquin — Mariah está apenas esperando o cara certo para se liberar, não a force. — Estou feliz por uma vez estar ao meu lado. Mas vamos falar sério, precisamos de comida. Vocês só querem andar por aí e ver o que encontramos, ou devemos pedir? — Acho que devemos sair e explorar nossa nova cidade. — Concordo— Sofia e eu respondemos em uníssono.
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