Capítulo 4

1528 Palavras
Mariah Eu me aconchego ainda mais no meu cobertor tentando dormir o máximo possível. Sinto água gelada pingando em meu rosto e abro os olhos, Joaquin e Simone me encarando com um sorriso travesso. — Mais cinco minutos. Preciso dormir bem para poder lidar com vocês dois. — Não! Levante-se— Joaquin exige, puxando as cobertas, o vejo fazendo cara de anjinho — É noite de cinema, Mariah, e nós deixamos você dormir enquanto íamos pegar as pizzas, mas agora você está nos atrasando. — Sim, Mariah estamos apenas esperando por você— acrescenta Simone. — O que estamos assistindo? — Eu pergunto enquanto tiro as cobertas e balanço minhas pernas sobre a beira da minha cama. — As branquelas — Joaquin responde. — Odeio esse filme. Estamos em Redmond há pouco mais de um mês e a noite de cinema se tornou uma espécie de tradição dominical. Simone se tornou como um m****o oficial de nossa pequena família desde aquele dia na garagem. Apesar da insistência não sabíamos na do seu namorado a não ser que morava no prédio. Joaquin e Sofia acham que foi o destino que a vimos na garagem naquele dia, e eu não tenho muita certeza, mas estou feliz que ela esteja em nossas vidas. — Tão feliz que você pode enfim se juntar a nós, bela adormecida. Sofia me joga um beijo. — Você não está em cima de Richard? É um milagre, estava começando a achar que essa era a sua única missão na terra. — Pior é Simone que some do nada e vai dar, sabe Mariah ou eu viro hetero, o que é impossível, ou vamos ter de caçar alguns rapazes para nós. — Não tenho tanta certeza de que não devo caçar com vocês — diz Simone com tristeza. — Meu relacionamento não vai a lugar nenhum. — Como assim? Você tem dia que some e vai t****r por horas — diz Sofia — Por que você nunca nos diz nada sobre ele? — Sofia, ao contrário de você e Richard, alguns de nós preferem manter assuntos particulares em particular, só eu já vi você e Richard transarem duas vezes. — Juro que, se eu entrar com vocês dois fazendo s**o mais uma vez, vou arrancar meus olhos. — Digo tentando o foco de Simone. — Eu acho que já vi o p*u desse homem tanto quanto você. Fora aquela b***a branca... — Oh, mas que b***a branca é maravilhosa— diz Joaquin suspirando. Simone me lança um olhar agradecido enquanto Sofia joga um travesseiro em Joaquin. — Parece que estamos sem bebida — acrescento, mudando completamente de assunto, — vinho ou cerveja? — — Cerveja! — Joaquin e Sofia gritam em uníssono. — Vou tomar suco, por favor, se você tiver— diz Simone em voz baixa e eu sou incapaz de ler a expressão que brilha em seus olhos. — Você precisa de ajuda para carregar as bebidas? — Claro, já me basta aqueles dois folgados. — O olhar em seu rosto me diz que ela quer falar sobre algo em particular. Simone e eu construímos um vínculo bastante forte no momento em que nos conhecemos. Ela é três anos mais velha que eu, mas, de muitas maneiras, sou mais centrada e adulta. — Posso falar com você por um segundo? — Simone pergunta com os olhos rasos de lágrimas. — Claro, o que há de errado? — É meu ... meu namorado. Toda vez que acho que estamos progredindo, ele simplesmente desliga novamente. Eu ... nós temos um tipo de relacionamento não convencional e ... ele deixou claro desde o início o que queria e eu pensei que eu poderia lidar com isso... — Espere. Devagar— eu interrompo. — Lidar com o que? — Senhor, por favor, não deixe que ela me diga que ele é mafioso e pode entrar aqui e nos m***r a qualquer momento. — Prometa que não vai contar a Sofia e Joaquin? — É claro que não vou, mas você sabe que pode contar qualquer coisa para eles — sinto realmente medo do segredo que está por vir. — Eu sei que posso, mas agora preciso conversar com alguém que me ouça sem julgamentos, não quero ninguém que tire conclusões precipitadas... — Entendi. Então, qual é o ‘estilo de vida?’ — O que você sabe sobre o b**m? — Simone olha pela janela. — Hum... Christian Grey? — Não Mariah, não tem nada de Grey, ele me treinou e trouxe à tona um lado inteiro, meu prazer é só dele e o s**o é incrível, só que ele não é meu namorado, nunca foi e nem será, eu o amo. Mas ele só quer ser meu Dom. — Seu Dom? — Ele me dá tarefas e se eu não cumprir eu não posso ter prazer com ele. — Isso parece h******l. — Não é... Só que me apaixonei. — Fale para ele que quer ser a namorada — ela suspira fundo. — Meu bem não é assim que funciona. Ele é o dominante, não quero nada além de agradá-lo e, se o nosso acordo atual o agrada, é errado da minha parte tentar mudar isso. — Ele é abusivo! Eu já odeio esse cara — Eu achava que o relacionamento da minha irmã que era só trepada era péssimo, mas o seu... — Não, Mariah. Ele não tem nada de abusivo, s eu quebrar as regras, ele me castiga. Ele não faz isso sem justa causa. — Que p***a é essa? Ele é seu pai por acaso? Ele te bate é isso? — Mariah, não me olhe dessa maneira. Não é o que você pensa; é consensual em nosso mundo e se eu não gostar de algo, ele para. — Onde estão as cervejas? — Joaquin joga uma almofada. — Já vou... Simone tem certeza que não quer uma cerveja parece tão tensa... — Não, Dom não me permite beber. Aquilo é demais pra mim, saio revirando os olhos. Passo mais tempo na dormindo do que acordada e acordo com Simone se despedindo, a levo até a porta: — Afaste-se por alguns dias, deixe ele sentir sua falta... — E se ele não sentir? — Você arruma um para quem você será mais do que uma submissa... — Obrigada Mariah. Eu sei que nós não nos conhecemos há muito tempo, mas eu sinto que somos irmãs. — O que vai fazer? — Vou ver meus pais e esperar pra ver como será a volta. — Então faça uma boa viagem, querida, e estou falando sério, pense em quem você é e no que você quer. — Eu vou avisar a ele, obrigada. Dou-lhe mais um abraço e fecho a porta atrás dela. — Seu celular está tocando. — É mensagem. Pego o smartphone e lá está uma vaga em uma empresa: — Acho que acabou meus dias de folga, tenho uma entrevista amanhã. — Aqui em Redmond? Já? — O fato de eu estudar mais e t*****r menos tinha que ser benéfico em algum momento. — Qual é o nome da empresa? — Joaquin pergunta impaciente. — Ward Inc. algo assim.— — Mariah! — Sofia levanta e me segura — Meu amor essa é a empresa do irmão do Richard, Ward Inc. Como não percebeu? — Não sabia que o sobrenome Ward era exclusivo — jogo-me no sofá. — Achava que você pelo menos tinha pesquisado sobre o cara que sua irmã tem entregado seu bem mais precioso. — Sua b****a é um bem precioso? Desde quando? — Com quem é sua entrevista — Joaquin me encara. — Johnny Ward. — Esse homem é um pesadelo de gostoso, dizem que faz as secretarias chorarem de tão severo. — Richard diz que Johnny é tão viciado em trabalho que a única vez em que o vê é quando a mãe deles exige sua presença em reuniões de família— explica Sofia. — Eu nunca o vi. Joaquin volta para a sala com seu MacBook e se senta no sofá entre mim e Sofia. — p**a m***a, ele é ainda mais gostoso que o seu cara, Sofia! — Joaquin declara: — ele é o gay, certo? — Richard acha que sim, o irmão sempre esconde quem está com ele. Acha que a família não vai aceitar... — Eu serei uma moça de respeito para Johnny Ward — Joaquin brinca. — Podemos voltar ao que estamos fazendo? — pego o laptop de Joaquin — Oh meu Deus, ele é bonito. — Bonito e gay — Joaquin pega uma manta e joga na cabeça imitando um véu de noiva. — Joaquin nem eu o vi... Como pretende casar com ele? — Arrumar Mariah pra ser escolhida como secretária e ela retribuirá me apresentando seu patrão. — Vou te deixar impecável e você me apresenta esse gostoso bilionário. — Gostoso, bilionário e gay, todo cara que eu acho bonito gosta de homens. — Você é linda, Mariah. Se você tivesse um pênis bem-dotado eu me casaria com você. — Obrigada, eu acho. — Amanhã começa sua saga com os Ward — Joaquin alisa meus cabelos — e eu vou te ajudar, xoxo.
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