Eu estava conversando com os mesmo de sempre, todos os dias sentávamos no mesmo lugar e olhávamos como a boate estava indo além de discutir alguns negócios, o lugar onde sentávamos era estratégico, era perto da escada de onde dava para ver as dançarinas, qualquer coisa que acontecesse no centro da boate os meus seguranças avisavam pelo meu celular de trabalho, eu havia me distraído apenas um pouco, quando me dei cinta Carla não estava mais em seu palco, imaginei que ele estivesse subindo mas depois de esperar alguns segundo ela não apareceu, talvez não estivesse se sentindo bem ou algo do tipo e resolveu sair, continuei conversando até que eu parei para olhar fixamente o limite de onde eu conseguia ver o resto da boate e naquele exato momento ela apareceu e seguiu novamente para o seu lugar, terminamos a noite como sempre, com muito dinheiro, fui até o camarim dela que ao me ver tomou tamanho susto que quase deu um pulo, aparentemente seu corpo já estava bem, haviam muitas coisas acontecendo naquele momento, eu estava passando por uma pressão da polícia junto com a máfia, tudo estava uma bagunça, alguns dos meus homens estavam cedendo e contando sobre o que acontece aqui dentro, desde o cassino até as reuniões mais privadas então toda a situação com a Carla só fez o meu sangue ferver ainda mais, eu quase havia perdido as minhas estribeiras com ela.
Fomos para casa dormir um pouco e no dia seguinte eu propus uma folga a ela, claro que ela estava surpresa, eu não costumava chamar ela para algo, principalmente a sós. Eu sinto agora que estou mais flexível com relação a ela, me lembro de ser um pouco mais duro consigo mas hoje em dia isso não acontece mais.
Quando anoiteceu nos preparamos para sair, reservei um dos melhores restaurantes e um dos melhores hotéis para passar a noite, eu m*l me reconhecia fazendo aquele tipo de coisa, eu jamais faria isso mas quando penso nela algumas vezes quero agradar, sem falar que eu mesmo também precisava de algum descanso.
Em outra perspectiva:
Aparentemente Dylan não sabia de nada o que era muito difícil para um homem de influência como ele, isso me fez pensar que talvez ele não fosse tudo isso, pelo menos não como todo mundo dizia ou temia, quando eu sumi ele não fazia ideia de onde eu estava e sequer soube que eu estava com outro, fiquei um pouco mais tranquila e continuei agindo normalmente.
A algum tempo eu notei que ele estava agindo estranhamente, apesar de ainda me tratar como sempre eu sinto que algo mudou, algumas das suas atitudes são diferentes como se fosse...pensando em mim.
Não.
Dylan me levou para jantar fora, isso nunca aconteceu antes e eu cansei ficar com essas perguntas na minha cabeça, tudo que ele fazia era muito estranho.
Enquanto estávamos comendo eu soltei os talheres no prato e encostei minhas costas na cadeira, seu olhar que estava na janela ao seu lado que mostrava o horizonte de repente se virou para mim.
— Por que está fazendo isso? — cruzei os braços.
— O quê? — ele falou repetindo o mesmo movimento que o meu.
— De repente decide que vamos jantar fora em um restaurante chique e vamos ficar em um hotel durante a noite... O que se passa na sua cabeça Dylan.
— Bom, eu penso que algumas vezes precisamos de uma pequena folga para esfriar a cabeça.
Não, aquilo estava errado.
— Mas você nunca tirou uma folga antes, sempre falou que isso era perda de tempo...
— Mudei de ideia — ele pegou o guardanapo e limpou a sua boca.
Voltei a comer, eu ainda não estava convencida com a sua resposta mas não parecia que ele continuaria falando, apenas continuei a minha refeição.
— Me encontre na hidromassagem — ele se levantou e foi embora me deixando sozinha
A comida era muito boa, era diferente de tudo que antes eu havia saboreado mas eu não sentia fome nem sequer uma mínima vontade de comer, não havia um pingo de apetite em mim, levantei não muito depois dele e fui até o nosso quarto para colocar um biquíni e uma saída de praia apenas para não descer quase nua já que a minha roupa era bastante aberta e ainda por cima fio dental.
Desci um pequeno lance de escada onde ficavam as piscinas e bem escondido havia a banheira de hidromassagem, Dylan tomar um copo de uísque enquanto relaxava na banheira, quando notou a minha presença seu olhar voltou se para mim e me encarou até o momento em que eu entrei na banheira.
Quando cheguei mais perto pude notar que ele não usava nada, estava completamente nu e no momento em eu iria perguntar do por quê de ele estar assim suas mãos foram até minha nuca que ainda estavam na cor roxa, lentamente ele soltou o meu biquíni deixando os meus s***s a mostra, ele desceu então me pegando e me colocando em seu colo, senti um calor no meio das minhas pernas, eu não sabia dizer se essa sensação era causada pela banheira ou por ele, ele delicadamente passeava seus dedos pelas minhas coxas até que finalmente havia tirado a parte de baixa do meu biquíni, agora estávamos nus ali naquele local público mas duvido que alguém fosse para lá já que não havia ninguém desde o momento em que chegamos, arrisco dizer que ele reservou esta área só para ele, Dylan era um homem de muitos contatos, ele tinha amigos em todos o lugar o que permitia ele de fazer quase qualquer coisa.
Sua mão desta vez foi até o meu queixo e sua língua entrou em minha boca roçando junto com a minha língua, nós não tínhamos o costume de nos beijar, apenas transavamos mas raramente nos beijávamos, era uma sensação estranha beijar ele agora depois de um longo tempo, nas minhas lembranças a última vez que me lembro de beijá-lo foi a três anos atrás, foi num dia que havíamos brigado e na mesma noite daquele dia nós fizemos a noite inteira com direito a tudo que possuíamos.
— No que está pensando? — ele parou repentinamente e afastou o seu rosto um pouco para que me olhasse melhor.
— Só... Quando foi a última vez que nos beijamos?
Ela parou um pouco e pensou.
— Três anos atrás.
— Você sabe que está fazendo coisas que você geralmente não faz, não é?
No seu rosto estava estampado a resposta: "eu sei".
— O que está tentando fazer? Não me diga que de uma hora para a outra resolveu me tratar melhor?
— Talvez seja isso — minha boca estava no chão de tanta surpresa, Dylan realmente havia concordado?
— Ok, precisamos conversar.
— Não estrague o clima - ele me segurou em seus braços e continuou o que estava fazendo.
— Dylan — eu falei entre seus beijos, suas mãos me agarravam firmemente e sua língua se movimentava de forma erótica.
— Hoje eu quero lhe dar prazer.
Meu Deus! O que estava acontecendo com aquele homem?
Decidi aproveitar aquele momento, ele estava tão diferente agora... Claro que uma pessoa não pode mudar drasticamente de um dia para a noite, mas pela primeira vez desde que eu conheço ele está vendo humanidade em seu ser.
Novamente fui expulsa de meus pensamentos quando ele me penetrou, devagar ele foi entrando em mim e devagar ele foi saindo, eu estava de costas para ele e suas mãos seguravam o meu cabelo puxando levemente, conforme ele ia se movimentando ele aumentava a sua velocidade, fizemos em todas as posições que podíamos ali dentro e paramos apenas um pouco para descansar.
— Tem um pouco de vinho no balde.
Do lado da hidro tinha um balde com gelo, além da garrafa de uísque havia mais outra garrafa, quando cheguei não consegui notar já que toda a minha atenção estava no Dylan, ao pegar a garrafa vejo que era o meu vinho favorito, olhei para ele e apesar de seu rosto estar sério eu podia ver seus olhos sorrirem.
Peguei a taça que estava ao lado e coloquei um pouco dando um pequeno gole me encostei minha cabeça sobre o seu peito, ficamos ali por algum tempo apenas bebendo e conversando, algo que nunca fazíamos, aproveitei o momento para perguntar o que eu mais queria.
Me virei para ele sentar do outro lado da banheira, o que não era muito distante do que já estávamos.
— Porque essa mudança repentina? — voltei à minha pergunta.
Ele respirou fundo e colocou o seu braço em volta da borda da hidro.
— A quanto tempo estamos juntos?
— Creio que desde os meus 21 anos já fazem quatro anos…
— Carla — ele arrumou a sua postura — Você conhece o homem que eu sou, não alguém que você deveria se envolver.
— Tá e você de repente quis se tornar essa pessoa?
Ele se reclinou para trás.
— Não importa — ele falou vestindo um roupão e saindo da água.
Saí correndo, pegando o meu roupão e me vestindo também para que eu pudesse alcançá-lo.
Suas ações, sua forma de falar, tudo estava diferente nele.
Corri e parei na sua frente o impedindo de sequer dar mais um passo para longe de mim.
— Você precisa contar a verdade para mim.
— Carla, eu sei que você já passou por muita coisa mas ainda não entenderia o que eu quero falar — ele se desviou e continuou a andar.
— E quando você ACHA que eu estarei pronta para isso?
Ele segurou o meu pulso e me puxou para dentro do nosso quarto e me jogou na cama, observei um pouco o lugar com os olhos, a janela ia do teto até o chão mostrando a grande cidade que havia do lado de fora.
—Para onde acha que está olhando? — ele falou enquanto subia na cama e em cima de mim.
— Eu estava apenas… — ele sequer havia deixado eu terminar a minha frase.
Ele avançou em mim num beijo com suas mãos quentes que passavam por todo o meu corpo, em seguida saiu apenas para tirar o seu roupão, segurando o meu rosto ele falou:
— Não se atreva a pensar em outra coisa hoje…
Eu não podia ver eu sabia como exatamente estava o meu rosto, ele fazia questão de dizer como o meu rosto ficava safado e tentador quando estávamos na cama, como eu deixava ele com vontade de chegar até o meu limite.
Fizemos mais uma vez, mas desta vez paramos bem mais cedo do que geralmente acontecia, viemos apenas para passar a noite e precisávamos pegar o café da manhã no dia seguinte, não podíamos nos atrasar.
Na manhã seguinte acordei com o sol no rosto, pela primeira vez em muitos anos eu tive uma boa noite de sono, me virei e me surpreendi ao ver que Dylan já estava acordado e olhava para mim.
— Finalmente acordou… Vamos tomar café — ele se levantou ainda nu e foi para o banheiro, eu o acompanhei logo em seguida.
Descemos para tomar um café que estava muito bom e bonito, tudo preparado muito bem, infelizmente tivemos que ir logo após o café, Dylan tinha algumas coisas para resolver do trabalho, aparentemente eles tinham sua reunião mensal, Hector já estava na porta nos esperando sair com o carro, no momento que saímos de raspão eu percebi um vento forte passar na minha frente e ouvi um barulho alto, Dylan estava andando na minha frente, fiquei atordoada tentando entender o que havia acontecido.
— ENTRA NO CARRO — ele se virou para mim e falou gritando.
Entrei rapidamente sem pensar muito e ele entrou em seguida, quando finalmente me sentei e pude respirar um pouco vi que sua cabeça sangrava muito.
— Dylan — falei seu nome sem deixar de gaguejar.
— Aqui tem um kit de primeiros socorros senhor, pode ajudar ele minha senhora? — Hector jogou o kit no meu colo.
Eu tentava abrir mas minhas mãos tremiam demais para que eu pudesse fazer qualquer coisa, Dylan percebeu e pegou o kit de mim usando em si.
MInhas mãos estavam manchadas de sangue da pessoa que estava bem ao meu lado.