Lanchinho

1483 Palavras
21/02/XXXX Carla Eu estava na casa que ficava logo atrás da boate junto com as outras meninas e quando anoiteceu eu fui trabalhar mas algo parecia diferente, eu sentia um arrepio me percorrer a espinha a noite toda até que em algum momento quando eu desci de um dos pequenos palcos que havia para dar uma pequena pausa, fui até Dylan que estava com seus homens, muitas vez ele me pedia para ir lá, ele costuma dizer que eu desconcentrava os homens e tornava o trabalho dele mais fácil, eu era como o pedaço de carne no meio da matilha faminta mas apenas o líder que podia provar da carne. Chegando perto Petri já vira o seu olhar para mim fazendo com que os outros homens também virassem sua atenção, eu podia dizer que eles já estavam quase acostumados mas não estavam, eu sabia muito bem como eram os homens já que vivi boa parte das minhas experiências aqui, meu trabalho é este, chamar a sua atenção. Ao me sentar no colo de Dylan ele passa sua mão pela minha cintura e a deixa ali mesmo, aquilo significava "ela é minha", e então eles continuavam a conversar, quando eu era mais nova eu tentava chamar a atenção dele mas no momento que eu fazia isso ele me expulsava do seu colo, eu ainda era nova e pensava que por termos uma relação especial ele me trataria como sua amada mas nunca foi assim porque não temos uma relação especial, eu ainda sou apenas uma das mulheres que trabalham para ele mesmo morando em sua casa e deitando todos os dias em sua cama, não passa de um capricho. Eu levantei de seu colo mas então ele me segurou pelo braço, a pessoa que eu era imploraria por alguma atenção dele como essa, mas eu não, não havia como eu me soltar dele já que ele possuía um corpo grande e forte, virei e olhei em seu rosto, ele podia ser o homem mais temido que havia na cidade mas ele não faria algo que eu não quisesse, ao ver minha expressão ele me soltou, os outros ficaram um pouco surpresos e eu fui embora. No caminho de volta acabei esbarrando com alguém por alguns segundos ele encarou meu rosto, pensei se por acaso ele me conhecia de algum lugar mas esse não parecia ser o caso já que eu não reconheci sua face, ao subir novamente no meu lugar noto que Dylan me observava comecei a dançar do jeito que ele me ensinou quando eu coloquei meus pés a primeira vez neste lugar, era de manhã cedo ainda e não havia ninguém, eu estava treinando alguns passos já que as outras me consideravam um peso por eu não saber os movimentos, enquanto eu treinava Dylan apareceu repentinamente por trás de uma das cortinas que haviam por ali, imediatamente eu parei surpresa por ele estar lá naquele horário e então ele acenou para que eu continuasse, apesar da vergonha eu continuei, seu olhar sobre mim fazia o meu corpo tremer e consequentemente eu errava todos os passos, ele subiu atrás de mim e pegou na minha cintura direcionando os meus movimentos, aquele foi um dia incomum porque foi uma das primeiras vezes que ele me deu alguma atenção desde que eu havia chegado. Volto meus olhos para ele que continuava me encarando, sua mão levantou em minha direção e me chamou, caminhei estonteante como se estive em um um palco de desfile e não tirei meus olhos nem por um segundo de Dylan e ao chegar perto me sentei novamente em seu colo mas desta vez de frente para ele, sua mão subiu pela minha coxa, tudo isso enquanto aqueles homens ainda estavam lá mas desta vez nenhuma ousou falar palavra alguma eles sabiam que não poderiam falar nada, ele agora só tinha olhos para mim. Quando começou a amanhecer o local foi esvaziando até que todos os clientes já tivessem finalmente indo embora, fui até uma das salas que ficava na parte de trás onde nos arrumávamos para tirar a roupa e os acessórios, sempre haviam outras mulheres lá mas naquele momento eu estava sozinha, a porta atrás de mim se abriu e fechou, eu pensei que poderia ser alguma outra acompanhante que tinha entrado para se trocar mas então eu senti o cheiro do cigarro misturado com o sedativo forte, Dylan era um homem violento e tinha sonhos perturbadores durante a noite, ele era como uma b***a indomável sem os seus sedativos, o cheiro impregnado nele era tão forte que após ele fumar ele não podia entrar em contado com ninguém já que poderia afetar as pessoas ao seu redor, então toda noite ele ia para uma sala onde fumava por algum tempo, a mesma sala só poderia ser limpa no dia seguinte, eu já havia entrado lá algumas vezes e não havia nada de interessante, era só uma sala com um sofá e alguns livros além de uma janela enorme mas ela sempre estava fechado, ela se mantinha aberta apenas de dia. Meu pensamento é cortado por uma sensação de prazer, ele rapidamente havia puxado o body que eu usava para o lado e imediatamente me penetrou, eu não podia para pedir que parasse, eu pertencia a ele de acordo com as suas palavras, falar algo com isso só iria piorar a minha situação, ele me preencheria com suas estocadas violentas e para o seu tamanho isso me faria sentir algumas dores ao caminhar. Dei o meu melhor para calar a minha voz colocando minha mão sobre a minha boca mas isso não era suficiente, a mão dele veio em direção a minha boca me calando, enfiei meus dentes na sua pele não porque eu queria mas sim porque se não fizesse isso minha voz sairia. Realmente não importava que as pessoas me ouvissem, todos sabiam que Dylan dormia comigo e este era o motivo pelo qual eu dormia em sua casa, estávamos boa parte do tempo juntos tirando apenas quando ele estava trabalhando fora mas eu não queria os olhares das outras sobre mim, eu já sofria muita pressão delas, mesmo que eu seja de certa forma protegida pelo Dylan e além disso eu me tornei a número um da boate o que me condeceu mais respeito ainda mas eu ainda sofro um pouco com as outras que não me aceitam, todas acabam querendo a sua atenção e no momento ela é toda minha. Depois que ele terminou o que queria fazer ele saiu sem dizer sequer uma palavra, passei ainda alguns minutos para resgatar a minha dignidade — que claro foi perdida por ele ter apenas me comido e ido embora — quando eu me recuperei finalmente troquei de roupa e fui embora. Quando eu estava passando no corredor uma mulher passou e esbarrou em mim — o que obviamente foi proposital — e falou: "lanchinho". Eu não queria piorar o meu relacionamento com as outras meninas que trabalhavam aqui mas eu não podia deixar que fizessem o que quisessem comigo só porque ignoro as meninas que tentavam me fazer sentir m*l. — Ei — falei bem alto e fui quase que correndo em direção a ela. Quando cheguei perto o suficiente dei um tapa em seu rosto, sua expressão de deboche rapidamente se tornou em surpresa. — Não ache que pode falar do jeito que quiser v***a, uma rata de esgoto igual a você não pode se comparar a mim. Ao terminar de falar me virei e segui o meu caminho do inicio, algumas vezes as pessoas acham que podem tudo e alguém tem que mostrar a elas qual é o seu lugar, fui até a área de convivência e fui na cozinha tomar meu café da manhã. — Você deveria ser mais racional — Sara apareceu novamente, a antiga favorita do Dylan. — Quando você estiver na minha posição então aí você poderá falar algo. — Eu já estive em sua posição — ela puxou o meu ombro e eu virei furiosa. As outras que estavam entrando pela porta rapidamente correram para nos separar, nós não íamos brigas, nós nunca fizemos isso mas todas que estavam naquela casa sabiam que não nos dávamos bem, apesar disso eu não odiava ela mesmo que algumas vezes ela tentasse seduzir o Dylan. — Está tudo bem — eu falei e as meninas se afastaram — Eu sei que tenho bastante apoio mas se eu deixar que as meninas que não gostam de mim façam o que quiserem então não faz sentido ter todo esse respeito. — Mas você precisava mesmo ter batido nela? — claro que Sara se importava, as que não me respeitavam eram justamente as que andavam com ela. — Algumas vezes palavra não bastam — eu encaro ela e vou embora sem comer. Na porta da frente Hector me esperava junto com Dylan para ir para casa.
Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR