INESPERADO AMOR DO CEO

PRÓLOGO Feliz. Alegre. Sentindo que estou vivendo os melhores momentos da minha vida. Sou formado em Administração Financeira e gerencio a empresa dos meus pais, a Joy Imports uma das maiores transportadoras do Brasil. Desde muito novo, fui preparado para liderar, para ser um CEO tão forte e respeitado quanto meu pai foi no auge da carreira. E hoje, finalmente, colhi um dos maiores frutos da minha jornada: fechei o contrato mais vantajoso que a empresa já teve. Estamos prestes a expandir para o exterior, algo que sempre foi um sonho. Estou radiante. Foi para isso que eu fui criado. Felipe Alencar, meu melhor amigo, já sabe da novidade. Pulou de alegria comigo ao telefone. Minha irmã, Letícia, está eufórica. Meus pais m*l podem esperar minha chegada para comemorarmos juntos em família. Mas, mesmo com tanta gente ao meu redor vibrando pela conquista, só um nome domina meus pensamentos agora: Orlanda. Minha noiva. A mulher com quem vou me casar em dois meses. Só de pensar nela, meu coração se aquece. Sempre fui o tipo de homem que acredita no amor, no compromisso, na construção de uma vida a dois. Enquanto Felipe se envolvia com várias, eu só tinha olhos para Orlanda minha única e eterna escolha desde o ensino médio. Ela me completa. Me entende. E juntos, vivemos noites intensas, de paixão crua, onde nossos corpos se entregam por inteiro. Se é para comemorar uma vitória, é ao lado dela que quero estar. Sempre foi assim. Chegando ao prédio onde ela mora, entrego a chave do carro ao manobrista. Ela vive em um dos edifícios mais luxuosos de São Paulo, a poucos minutos do meu. Entro no elevador e a ansiedade me toma por completo. Eu sei que Orlanda vai ficar feliz. Ela conhece a minha luta, sabe o quanto desejei ver o orgulho nos olhos do meu pai. Ao colocar minha digital na fechadura do apartamento, não espero outra coisa a não ser um sorriso dela. Mas o que encontro… me destrói. Meu mundo para. Não. Ele desmorona. O tempo desacelera, e tudo ao meu redor vira um caos cinzento. Ali, no sofá da sala... está a mulher que eu amo. Com outro homem. De joelhos. Com a boca no p*u dele. Não era um estranho. Era o vizinho. Justamente aquele que eu nunca suportei. Sinto meu coração despencar. Meus olhos ardem. Minha alma se rasga em mil pedaços. No primeiro instante, ela nem percebe que estou ali. Mas o desgraçado me vê, se assusta, e ela rapidamente se afasta, virando-se para mim. Orlanda arregala os olhos. Ela tenta entender como eu entrei sem avisar. Claro. Eu sempre aviso. Minha vida inteira foi programada, certinha, controlada. E agora... tudo isso me faz sentir um i****a. Há quanto tempo isso acontece? Meses? Desde que comecei a perceber os olhares dele... e ela dizia que era "um vizinho legal". Porra! Um vizinho legal… e ela com o p*u dele na boca. — Otávio, por favor… eu posso explicar… Sua voz me arranca do transe. E a fúria explode dentro de mim. Antes que eu perceba, já estou em cima do desgraçado, socando ele com toda a minha raiva, com toda a dor que me atravessa. — OTÁVIO, POR FAVOR! — ela grita, desesperada. — VOCÊ VAI MATÁ-LO! Só paro quando escuto seus lamentos. — COMO VOCÊ PÔDE FAZER ISSO COMIGO, ORLANDA?! — grito, pela primeira vez em toda a minha vida com ela. — Eu te amei. Eu fui fiel. Eu jurei amor eterno. Nosso casamento era em dois meses! — Otávio... meu amor... Meu amor. Nunca essas palavras soaram tão sujas. — Você acabou com tudo, Orlanda. Eu te odeio. Nunca mais me procure. Seja feliz com esse i****a. Saio de lá antes que cometa uma loucura. Ela grita meu nome. Vejo o arrependimento nos olhos dela. Mas já era. Ela morreu pra mim. Na verdade, acho que eu morri por dentro. Não consigo mais confiar. Me sinto um o****o por ter sido bom, fiel, por ter acreditado no amor. A verdade é que o bonzinho sempre se ferra no final. E nem toda mulher quer um príncipe encantado... Orlanda me traiu com um cafajeste qualquer. E naquele instante com lágrimas em meus olhos dentro do meu carro, jurei a mim mesmo: Nunca mais. Nunca mais me entregarei a ninguém. Nunca mais confiarei em mulher alguma. Piso no acelerador. E deixo tudo para trás. Sem olhar para trás. Continua...