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Entre o trono e a cela

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intro-logo
Sinopse

Felipe e Beatriz se conheceram ainda adolescentes, na escola do bairro. Ele era primo da melhor amiga dela, e foi assim, num acaso da vida, que os olhares se cruzaram pela primeira vez. O tempo era outro, os sonhos eram mais simples. Mas crescer no Parque União nunca foi fácil, e enquanto Bia imaginava uma vida comum, Felipe se perdia, pouco a pouco, dentro do crime.Ela tentou impedir, tentou puxar ele de volta. Mas quando viu, já era tarde. O garoto da escola virou o Brinquedo do P.U., braço direito do chefe e nome temido dentro e fora da Maré. Ainda assim, Bia ficou. Por amor, por lealdade, por escolha. Passou de menina discreta à mulher que segurava o peso de um império sem nunca empunhar uma arma.Vieram o dinheiro, o respeito, o poder, e o principal, as duas filhas. Mas também veio a prisão. Com Felipe atrás das grades, Beatriz precisou provar sua força: criando duas meninas sozinha, e seguindo as ordens dele do lado de fora, manteve o respeito e a honra do nome de seu marido, mesmo com o coração em pedaços, mesmo saindo destruída após cada visita, dividida entre querer arrancar ele dali com as próprias mãos e não esquecer nenhuma ordem passada por ele pra ela colocar em prática lá fora. E então, mais uma reviravolta: o dono do morro morreu. De uma hora pra outra, Felipe virou o novo chefe, mesmo preso. E Beatriz, sem chão, entendeu o real peso de ser mulher do dono. Porque no Parque União, poder e lealdade se confundem. E no meio da guerra entre o trono e a cela, o crime não perdoa fraqueza, nem dentro e nem fora das paredes de um presídio.

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Capítulo 01
Felipe/ Brinquedo narrando Eu tinha acabado de entrar no rio, adrenalina corria alta no corpo inteiro, afinal, eu estava carregando meia tonelada de droga naquela p***a daquele carro. Eu não via a hora de entregar essa p***a pegar o dinheiro e ir pra casa pegar as minhas filhas e minha mulher levar elas pra almoçar no shopping, e tirar uma marola de cria depois só com a dona daquele jeito que só nós sabe fazer… Mas tudo mudou quando eu ouvi as sirenes atrás de mim, eram poucos segundos pra eu decidir o que fazer, se eu abria fuga ou me rendia, e aquela p***a daquele carro não ia sustentar dar fuga do helicóptero, ali eu entendi que era o meu fim, se eu não me rendesse minha mulher ia ter que reconhecer o meu corpo no iml, e eu só pensava nelas, nas minhas três meninas, nesse momento. Em todas as vezes que a Beatriz gritava comigo, surtava comigo com medo de alguma merda acontecer, que ela chorava pedindo pra eu sair dessa vida, mas a necessidade se fazia presente debaixo do nosso teto, fora que a grana era rápida e fácil, aquele mundo fazia meus olhos brilharem, e eu não conseguia negar aquilo. Eu não podia deixar ela e as meninas passarem necessidade, eu queria dar tudo do bom e do melhor pra elas, que com um trabalho de clt eu não ia conseguir. Mas eu não imaginava que um transporte de cargas ia mudar o meu destino completamente… O som das sirenes iam ficando mais próximas enquanto eu ainda tentava pensar o que fazer e via o sorriso das minhas filhas me gritando, era só o que eu imaginava pra quando eu chegasse em casa… Todo mundo sabe que a federal não perdoa, e eu sabia que eles iam atirar, e a última coisa que eu queria nessa vida era a Beatriz, e a minha mãe, indo reconhecer meu corpo então eu peguei o celular muito rápido e abri a conversa com ela, ela precisava saber o que estava acontecendo pra vir atrás de mim, mesmo que fosse a última coisa que eu queria na vida, mas eu precisava dela agora, eu só podia contar com ela — beatriz, fui preso, os federal me pegou — foi a única coisa que saiu da minha boca e eu me entreguei, eu não tinha outra escolha naquele momento se eu ainda quisesse ver a minha família… Parecia que o helicóptero ia pousar no teto do meu carro de tão perto que estava. Nisso eu já tinha parado o carro, quando a viatura da federal bateu com tudo no porta mala, quase dei uma cabeçada no pára-brisa de tão forte que foi a porrada. — Perdeu vagabundo, perdeu. — eles gritavam bolados — sem tentar nada p***a, tá ficando maluco tentar dar fuga em federal? Quer tomar um tiro e morrer c*****o? — eles ja vinham igual bicho pra cima de mim e eu engolia seco o ódio e a mente neurótica nesse momento Me jogaram pra fora do carro deitado naquele asfalto pegando fogo, com o peito pra baixo encostado no chão, e me algemaram ali deitado no chão mesmo. Algemas tão apertadas que parecia que ia quebrar meus pulsos. Começaram a olhar o meu carro, e tinha maconha espalhada pelo carro todo. Quilos e mais quilos de maconha, e aquele cheiro forte… Aquela era da braba. O que deixou eles ainda mais furiosos com a audácia de transportar tanta droga como se fosse algo natural. —— Fala vagabundo, tava vindo de onde? E tá levando a droga pra onde? Tem maconha até o teto desse golzinho p***a. —— Estava vindo de São Paulo, mas não vou falar pra onde estava indo, não sou x9 não. Duvido que eu ia dar minha favela, eu sou maluco agora pra morrer como x9, ainda mais sabendo que minha família mora na favela ? Nem se eu tivesse comido toda aquela maconha Pediram a senha do meu celular e eu não falei, mas p***a os filhos das putas não sei como conseguiram desbloquear o meu telefone no meio da rua com sei lá que p***a eles tem de programa dentro daquela p***a daquele carro. A Beatriz lendo lá “online” achou que era eu no telefone tadinha, e ficou ligando sem parar, mas já eram os mandados com o meu telefone na mão. Tentaram me colocar um terror psicológico pra eu entregar pra onde estava indo, mas de novo falei: —— Não vou falar pra onde ia a droga, e agora só falo com meu advogado. Deu pra ver o ódio no olho daquele polícia safado, me puxou pela gola da blusa e me jogou com tudo naquela gaiola de trás da viatura, aquela p***a é tão pequeno e apertado que não dá pra esticar os braços. E eu ainda conseguia ouvir o barulho do helicóptero longe indo embora, enquanto os policiais da viaturas acenavam para o helicóptero como se tivesse comemorando eu ali naquele estado. Foi ali que a minha ficha caiu, que tudo desmoronou. Eu só conseguia pensar nas minhas três meninas, fiquei ali naquela gaiola apertada por horas, esperando a boa vontade deles me levarem pra delegacia. Depois de horas na mesma posição, sem conseguir mexer as pernas, finalmente abriram a traseira daquela viatura. — Bora vagabundo, desce. Sem tentar nenhuma graçinha, de cabeça baixa até lá dentro. Me levaram pra uma sala lá na delegacia, e fiquei mais um tempão esperando. Daqui a pouco entra um coroa na sala, era o delegado para me interrogar. Começou a fazer várias perguntas. — Tava indo pra onde? De quem é a droga? Sabe que tu tá fudido né? Melhor falar tudo logo e tentar aliviar um pouco o seu lado. Essa quantidade de droga não tem como você tá sozinho nessa. — Não sou obrigado a falar nada, só falo na presença do meu advogado. E tenho direito a fazer uma ligação, quero ligar pra minha mulher saber onde eu to. — É só você colaborar, que você vai ligar pra quem você quiser. — Então eu não vou ligar, porque não vou falar nada. — Então tá bom, fica aí sentado que tu já vai pro porquinho. O porquinho que eles falam é a p***a da cela que tem nas delegacia, um lugar minúsculo que fede a suor impregnado Eles ficaram falando pra c*****o achando que eu ia abrir a boca e na real eu só estava pensando nas minhas meninas, pensando em como a Beatriz devia estar desesperada sem notícias minha, eu ouvia os gritos dela na minha mente como se ela tivesse do meu lado surtando na minha cabeça. Depois de quase uma hora, chega outro cana na sala. — Bora vagabundo, o delegado mandou te levar pro porquinho. Tirou as algemas e me jogou lá igual quando a gente joga lixo na caçamba Caralho, era um sala muito pequena, e a porta era uma chapa de ferro fechada até o teto, só com um buraco pra entrar um pouco de ar e pra passar alguma alimentação. E eu pensando que a gaiola da viatura tinha sido o pior. Me jogaram lá no porquinho, e bateram com tudo essa chapa de ferro, uma escuridão total. Depois de alguns minutos consegui enxergar, parecia que a minha visão se acostumou com a escuridão lá dentro. Foi aí que eu vi que tinha mais um maluco lá dentro do porquinho, com uma cara de 22 mesmo, chorando igual filhote de cachorro, maluco total. Mas pelo menos eu não tava ali sozinho né, até puxei assunto com ele no começo porque se não eu ia perder pra minha própria mente. — Visão doidão, to boladão nessa p***a e tu chorando aí. Fala aí, rodou porque ? — Ele meio assustado, respondeu tão baixo que nem consegui entender. — Fala pra fora mano, tá falando miando igual gato. Fala mais alto. — Pô quando eu bebo café eu fico muito nervoso, aí passou uma mulher na rua e eu dei um tapa na b***a dela, falei um monte pra ela. A população me segurou até chegar a polícia. — ele falou um bagulho que eu não consegui nem acreditar — Ah tá de s*******m irmão, se é parente minha eu te mato. Tá maluco p***a. Tu foi preso por fazer essa merda, e agora fica aí chorando, tinha que ter tomado uma surra mesmo, ser preso por bater em b***a de mulher ? Se fosse mulher de vagabundo tu tava morto, nera preso não… — dou maior papo nele Mas ele tinha algum distúrbio mental mesmo, do nada ele parava de chorar e fica rindo olhando pro nada, 22 puro. Tinha que ir pra um manicômio. Mas tava ali do meu lado, fazer o que né. Fiquei lá sentado no chão, pensando em tudo o que estava acontecendo. Quando lá longe eu escuto uma voz, e era uma voz conhecida. p***a era a Beatriz, era a minha mulher. Essa me ama de verdade. Não sei como ela conseguiu me achar ali, a mais de 100km da nossa casa, longe da capital do Rio de Janeiro. Nessa hora eu desabei de chorar, não estava acreditando que estava fazendo a minha princesa passar por isso. Daqui a pouco o cana bate na chapa. — Sua mulher vai comprar um lanche pra você, mas só vai entrar o lanche se você confirmar o nome e a idade das suas filhas. — Maithê 5 anos e Sophia 4 anos. Aí ele passou o lanche pelo buraco da chapa, tava com tanta fome que devorei aquele xtudo em um minuto, estava horas sem comer nada. Foi quando o cana bateu na chapa de novo, encosta lá no fundo na parede e não tenta nada, vou abrir aqui pra sua mulher te ver de longe. Quando ele abriu aquela chapa e eu levanto a cabeça, eu vejo a Beatriz chorando de soluçar, me vendo ali naquela situação. Aquela imagem dela chorando cortou o meu coração, eu não aguentei e chorei muito também. Foram alguns segundos ali com aquela chapa aberta, mas que fez total diferença para eu não desistir. O cana veio e fechou a chapa, e eu gritei pra Beatriz ouvir: — Amor me desculpa, eu te amo muito, Cuida das nossas filhas — eu falava nervoso e chorando sem parar. — Eu também te amo meu amor, to junto com você, eu não vou te abandonar aqui. — ela falou e eu via o desespero nos seus olhos… Foi ali que eu tive certeza que não estava sozinho, que a Beatriz ia enfrentar tudo por mim. Aquela madrugada foi longa, parecia que não ia amanhecer nunca. E eu não conseguia dormir por nada, fechava os olhos e só vinha a imagem daquelas sirenes no meu retrovisor. E eu sabia que meu inferno só estava começando…

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