Pré-visualização gratuita Prólogo!
Justin Bieber
Selena Gomez
Wendy Bieber
Mabel Bieber
POV'S Selena Gomez.
Cabana, Nova York 00:30 AM
Constato que há alguma coisa de errado com a reação do maníaco do Justin. É incomum e fora do contexto. Não foi normal ele ter agido como se importasse comigo, quando na verdade um psicopata pouco liga para vida alheia. Desde que chegamos na cabana, o indivíduo permanece em total silêncio sentado no sofá. Como de costume esse horário ele sempre sai para caçar vítimas, mas o que é estranho é que hoje ele permanece paralisado sem sequer piscar os olhos.
Será que já está planejando como irá me assassinar? Não tenho dúvida que aquelas palavras de prometer que iremos dar um jeito juntos não passou de mera promessas jogadas ao vento. É impossível o doente me ajudar, esse negócio que está no meu cérebro poderá explodir a qualquer momento. Já até aceitei que isso será como pagamento de todos os meus crimes. Mereço sofrer e pagar por tudo de infeliz nessa vida. Só não quero que Mabel e a Wendy sofram, elas não merecem serem punidas por terem uma mãe tão péssima.
— Vai ficar a noite inteira aí desse jeito?— descruzo os braços, tendo que me pronunciar após o demorado minutos de espera.— Que clima de velório é esse Justin? Até parece que horas atrás não estávamos comemorando o aniversário da Mabel. É sério que tú vai querer estragar o finalzinho da noite, com paranóias?— analiso a falta de expressão que transparece em sua face vazia. O homem está com o olhar vago, como se tivesse pálido igual um morto.
Qual o sentido dessa loucura do Justin, afinal? Sentir pena de mim ou bancar o salvador da pátria? Não consigo compreendo-ló.
— Me deixa, Gomez.— é tudo que fala, com o tom cansado, querendo desprezar a minha presença.
— Não vou te deixar p***a nenhuma. — acabo me zangando. Seus olhos erguem-se focalizando na minha cara irritada.— Você está assim por conta daquilo que eu disse. Não precisa surtar antes da hora, ok?—peço que ele confirme que estou certa na minha tese.
O fato da revelação sobre a doença quebrou as pernas do maníaco.
Achei que o indivíduo abominável soltaria fogos quando soubesse que tenho poucos meses de vida.
Seu cenho franzido traz um embrulho para meu estômago. Sei lá, é arrependimento de ter aberto o jogo para alguém que exala falta de confiança. Um psicopata nunca é a melhor opção para se recorrer, porque eles sempre sabem usarem as armas perfeitas na hora certa. O que pode levar a ser um crime perfeito.
— É estranho ter que admitir esse caralho...— o ouço revelar baixinho o que está passando por sua mente diabólica no momento. Aproximo-me sentando no seu lado, pronta para ouvir alguma besteira.
Será que é real essa mistura de sentimentos ou é apenas parte de um plano? Pelos anos de experiências convivendo com esse obsessivo consigo captar de longe o que pode ser mentira. Espero que ele não tente me enganar porque jamais vou cair nas suas trapaças.
— O que você quer admitir?— vacilo a minha voz, tocando em cima da mão dele que está sobre o sofá.
Há um clima estranho, tenso e complexo. Quando nossos olhos se cruzam na imensidão desse ambiente silencioso, suas orbes carameladas emitem refletindo por um brilho penetrante. Pela primeira vez consigo enxergar um misto de humanidade em Justin, o que soa assustador.
— Fale.— insisto em querer arrancar a verdade, quando o vejo virando a cara. Ele não pode agir como um covarde!
— Que será uma d***a ficar sem você.
Engasgo com a minha própria saliva por a revelação ser tão chocante e inesperada, olho para dentro dos seus olhos. Desde de quando esse psicopata acha que a minha presença é importante em sua vida? Quando tudo que ele mais faz é querer me ameaçar e fazer tortura psicológica o tempo todo.
— Contando piadas a essa hora, Justin.— rio, debochando.
— Não é piada, eu nunca falei tão sério....
Fico desnorteada ao ouvir.
Cadê a parte que o mesmo solta que está apenas zoando?
—Por pior que tú seja, eu sei que temos um lance inacabado. E essa coisa acaba nos afetando, porque não sabemos lidar.— solto no meio da conversa bizarra que estamos tendo.
A terapeuta tinha razão: jogar pra fora faz um bem danado, está até aliviando o meu estresse.
— Lance esse que você faz questão de menosprezar. — joga na minha cara e eu sinceramente fico imóvel. Como é que é? Eu não sou a única que suspeita que algo a mais rola nesse mundo insano que temos juntos.
— E isso te machuca?— o confronto, por perceber o desconforto do loiro pelo assunto que estamos tentando estabelecer.
— Machucar não é bem a palavra certa. — seus olhos fitam os meus exageradamente, o que me faz recuar um pouco. É louco retornar novamente o passado onde tudo começou. Desvio o olhar, porque tudo está bem esquisito.— Há anos você me rejeita, Selena. E às vezes acredito que você possa me ver apenas como um monstro. — pelo jeito esse pensamento o deixa mexido.
— Eu não te vejo como um monstro.— o interrompo sussurrando, surpreendendo a mim mesma.
Quero me enfiar num buraco para não ter que abrir certos pontos. Tudo que falo contra ele é da boca pra fora, isso não significa que eu considero Justin como um ser mais desprezível do mundo.
Somos assassinos, é apenas algo para se julgar visto que a sociedade condena. De resto, o próprio é só insuportável mesmo.
— Você está falando sério?— ele parece não acreditar nas palavras que saem da minha boca. Assim que balanço a cabeça confirmando que sim, noto na sua reação mudar pro um olhar de expectativa.
É muito iludido.
— Lógico, né doidinho, senão eu nem perderia o meu tempo aqui me explicando. — quebro a tensão, levantando-me.
O deixo com cara de tacho, largado-o sozinho no sofá. No entanto, o atrevido segue os meus passos com os olhos, quase secando a minha b***a. Encaminho-me até a cozinha, abrindo a geladeira para pegar uma bebida. Faz um bom tempo que não bebo vinho.
—Vai querer com gelo ou sem gelo?— ofereço dando uma trégua pra nós dois, mostrando a garrafa da bebida. O loiro arregala os olhos, como se eu tivesse dito algo de errado. —O que foi?— olho para trás, porque pela cara que Justin faz é como se houvesse uma outra pessoa atrás de mim. — Por que está assim?— franzo a testa, sem saber o motivo dos seus olhos estarem tão confusos.
— Achei que você não pudesse beber.—fica até hilário presenciar o loiro preocupado com coisas do cotidiano da vida.
—Eu vou quebrar essa regra. — pisco pra ele, observando que esse simples gesto nos conecta de forma positiva.
Momento de paz mundial.
— Wendy já está com seis meses, se o meu leite secar, a gente busca uma vaca na cidade pra bebê. Simples assim. — abro um sorriso de canto, ouvindo a risada do maníaco. É quase raro temos momentos assim de tranquilidade.
Despejo o líquido no copo de vidro, não prestando atenção por estar conversando com o pai das meninas, até me atrapalho um pouco derramando sobre o balcão.
— Oh não!— praguejo por sujar a minha blusa.
— O que houve?
— Me sujeitei toda. — reclamo, limpando as minhas mãos num pano de prato. Retiro a peça preta, coisa que acaba animando Justin por me ver apenas de sutiã.
— A visão está muito mais melhor agora.— com o sorrisinho nos lábios, o p********o me seca com os olhos, apreciando o meu corpo de cima abaixo.
— Cala a boca!— o repreendo, sentindo as minhas bochechas ficarem quentes. Acho que estou com vergonha. — Vira o rosto. — gesticulo com o dedo indicador, pedindo pro abusado me respeitar.— AGORA, JUSTIN!— mando, escutando a gargalhada alta do miserável.
Sei bem onde essa loucura vai parar.
De aqui por diante tenho que ficar na defensiva, não posso ceder pra f********o com ele. Recaída acontece uma vez por ano e nesse ano até agora não tivemos nenhuma.
— Tá bom, Gomez.— concorda em se comportar, coisa que acho difícil.—Mas você fica sexy de sutiã vermelho.— novamente procura um meio de me provocar.
— Oh seu m***a, cala a boca! Você vai acabar acordando a Mabel e a Wendy!— arremesso almofada em sua direção. É impressionante como esse psicopata sempre estraga o nosso clima de dois adultos civilizados. — Eu ia te propor da gente retornar com aquele jogo, mas pelo visto vou ter que cancelar.
Justin dá um sobressalto do sofá. Ele fica incrédulo no que acaba de ouvir.
— Aquele jogo?— seus olhos brilham de luxúria em questionar sobre algo que trará prazer. A parte favorita do lunático é o sofrimento alheio.
— Sim, aqueles das regras.— dou de ombros, relembrando da proposta tentadora que Justin me fez no outono do ano passado. Foi até que interessante e eu concordei, porque estava obcecada em me livrar dele.
— Podemos criar novas regras excitantes, Selena. Que tal? Uma missão mais insana que a outra.— o olhar do assassino se torna frio. É como se tivesse outro indivíduo parado na minha frente, e aquele de minutos atrás, desapareceu.
— Não se anima tanto.— lhe entrego o copo do vinho, voltando a sentar no sofá. — Dessa vez vai ser diferente.— mordo meu lábio inferior. Logo em seguida, penso em como vou jogar a bomba, sem o maníaco surtar.— Esse jogo se chamará Jogo mortal. O objetivo dele é eliminar seus integrantes. Como será nós dois, quem vencer primeiro escolhe qual das meninas morre primeiro.
— Que loucura é essa d***o?— seu tom fica alterado, que recebo até o xingamento sendo comparada com o morador do inferno.
O doente faz careta, mudando o humor para agressivo.
— Tenho poucos meses de vida, caramba. Eu como mãe preciso proteger as minhas filhas, esse câncer vai me m***r. Eu preciso deixar Mabel e a Wendy num lugar que seja tranquilo. Pensei que pode ser no céu, junto com Deus. Já que a minha alma vai direto queimar no inferno. Quero que elas se sintam seguras.
— Tú enlouqueceu real, p***a!— perde completamente o rumo. Seus dedos se fecham em punhos. — Não ouse tocar nelas!— grita, com os arregalados. Justin está fora de si e super nervoso do nada.
— Calma, esquentadinho! Estou apenas te testando. — rio, por ter conseguido arrancar alguma empatia do marmanjo. — Ficou louco? Acha mesmo que ia m***r as minhas filhas?— bebo mais um gole de vinho. É mais fácil eu m***r a mim mesma do que tocar um dedo nelas. — Preciso apenas deixar elas com pessoas normais, sendo cuidadas e bem tratadas.— murmuro, Justin encosta-se ao meu lado me fitando.
Seu olhar fica sério.
— Eu posso cuidar delas quando você morrer.— declara e eu solto uma risada fraca, achando fofo isso soar tão fácil nos lábios de um psicopata. Mas, é patético!
— Por isso que esse é o intuito do nosso jogo, meu bem.— revelo a minha real intenção, ficando mais próxima do maníaco. De imediato, suas orbes cor de mel ficam confusas. — Vou te ensinar a ser pai, Bieber. Mas para isso você terá que deixar seus fetiches de um lado por um tempo. Sem ter que ensinar as crianças a matarem ou brincarem com uma cabeça humana.— aliso seus ombros tatuados, lembrando do episódio de quando eu me deparei com Mabel se divertindo com a cabeça de um cadáver esquartejado no dia do meu aniversário.— Começando a trocar fraldas, fazer o café da manhã da Mabel todos os dias. E em troca, te dou 10 regras. Todas as regras são favoráveis a você.— ele fica curioso e animado em descobrir do que se trata.— Quer mesmo saber?— o loiro balança a cabeça assentindo que sim.
Regras.
1- você poderá dormir comigo todos os dias. E uma vez na semana faremos s**o.
2- Poderá me beijar em determinados dias da semana, menos nos fins de semana.
— Por que não, c*****o? Corrige essa m***a aí— se ofende, achando um absurdo. É muito cara de p*u. Além de eu estar fazendo um
favor, ainda quer tirar proveito.
— Escuta a regra número 3 primeiro, seu doido, pra depois reclamar.
Ele cruza os braços, continuando com a cara emburrada. O próprio está insatisfeito de não ganhar as devidas regalias.
3- nos fins de semana será liberado para caçar, m***r e se divertir com outras pessoas interessantes.
— Como é que é Selena? Você tá dizendo que vai me trair? Descarta essa regra, antes que eu te arrebente.
— Trair o quê, Justin? Acho que você não entendeu o objetivo do jogo, p***a. Presta atenção. — reviro os olhos. É muito anta mesmo.
4- Jogos peculiares na hora do s**o são permitidos, menos fantasia de stripper.
Mexo com o seu ponto fraco. O perfil específico do Justin é m***r strippers, ele ama garotas vulgares, tanto que sua obsessão por mim é pelo fato das minhas curvas serem bastante chamativas.
— Nunca! — n**a fazendo birra, socando o braço do sofá. Encolho os braços, tampando os ouvidos pelo louco estar pirando do meu lado.— É um jogo podre.
— Por isso que se chama jogo mortal, meu bem.— aproveito a chance para alfineta-ló e me arrependo quando o transtornado aperta o meu pulso com força. Até resmungo pedindo pro i****a parar.
— Você está adorando, né Selena.— seus olhos parecem duas bolas de fogos por possuírem tanta ira. Não sinto o menor medo, eu amo desafiar o perigo.
— Claro, eu vou aproveitar esse corpitcho aí gostoso.—debocho com o sorriso malicioso, por ver o tesouro todo tatuado que me dará muito prazer na cama.
Pelo menos vou morrer fazendo s**o.
Sem entender o porquê dele estar tão parado olhando para mim, sou puxada. Logo ele toma os meus lábios, colando com desejo. O beijo começa a ser veloz, na medida que nossas bocas estão em sintonia, nossas línguas se enroscam procurando por espaço. Sinto o gosto do vinho misturado com o seu hálito quente. Puxo alguns fios do seu cabelo loiro claro, enquanto Justin trabalha em puxa-me para cima do seu colo. Gemo quando sinto o m****o do maníaco já volumoso entre as calças. Busco em manter o contato íntimo, cavalgando no seu colo. Estou enlouquecendo de t***o, mas não posso ceder. Me dou conta do erro que vou cometer em t*****r sem c*******a, que logo o empurro:
— Não!— n**o e Justin fica assustado, porque eu o rejeito tão expressivamente. Seus olhos piscam algumas vezes .— Da última vez que fizemos essa m***a, a Wendy nasceu.
— A gente só vai brincar um pouquinho.... —ameaça tirar o meu sutiã, fitando os meus s***s, com segundas intenções. Hoje tiramos o resto da madrugada para fazer joguinhos.—Não será um problema... E nem vai doer—sugere com a voz rouca e meio sexy, aproximando-se do meu pescoço para distribuir alguns chupões entorno.
— Vai buscar a c*******a, Justin. Não vou falar de novo.— sussurro perto do seu ouvido, ameaçando desistir de f********o. E mesmo a contragosto, o surtado levanta-se para ir até o quarto.
Quando ele sai sem camisa mostrando suas inúmeras tatuagens, me abano pela quentura que sinto entre meu corpo e dou uma risada baixinha. Estou excitada. Tomara que eu não vá me arrepender depois, mas com certeza sim, Justin é a própria tentação em pessoa.
Eu acho que estou caidinha por esse psicopata de novo. Oh meu Deus, que castigo!