Pré-visualização gratuita O trágico dia
Era feriado e Flora tinha aproveitado o domingo ensolarado para curtir o penúltimo dia das férias com seus pais na praia.
O sol já estava frio quando voltavam pra casa. Flora e sua mãe conversam animadamente sobre os planos para o restinho de férias.
_O dia foi maravilhoso, mamãe e papai também gostaram, eu amo quando passamos um tempo juntos. Mamãe está planejando mil coisas.
_Já sei, vamos fazer uma festa do pijama, paramos no mercado compramos uma infinidade de guloseimas, separamos os filmes pra assistir e vamos comer até cansar, que tal filha?
_ Perfeito, mas vou querer sair de manhã, quero aproveitar o máximo, podemos ir para o shopping fazer compras, depois vamos em nosso restaurante favorito.
_Tudo bem filha, então se é assim precisamos chegar cedo para descansar.
O pai de flora não tinha falado uma palavra se quer, era feriado e o trânsito estava uma loucura.
_Papai! está tão concentrado, não disse nada a viagem toda.
papai não gosta de se distrair durante a viagem, me inclino e beijo sua bochecha, ele apenas diz _Flora, senta e coloca o sinto.
_Tá pai, calma só fui te beijar.
_Desculpa minha flor, eu te amo! -disse ele com remorso por ter sido grosseiro.
Eu sei que é o jeito dele, sempre protetor.
Eu volto a atenção pra mamãe com caneta e papel na mão. _Vamos mãe você começa, qual primeiro filme que vamos ver?
não chego a ouvir a resposta dela, sinto um forte impacto, começo a girar e desmaio.
O motorista de um caminhão dorme no volante, perde o controle e acerta em cheio o carro onde Flora estava com seus pais.
Flora- Abro lentamente os olhos, meu corpo dói por completo, onde estou? o que aconteceu? não lembro de nada, estou muito confusa.
_ Dr. ela está acordando - disse o enfermeiro.
Médico:_Aplique morfina e sedativo.
Flora apaga antes que possa tentar falar, ela dorme a noite toda. ela não quebrou nada , mas passou por uma cirurgia para estancar um sangramento interno. o corpo está repleto de ferimentos.
_Onde, onde eu estou? A não o acidente, meus pais, MAMÃE! PAPAI!
Eu quero ver meus pais, alguém me diz onde meus pais estão!
_Flora! calma eu sou o médico de traumas da emergência, Dr.thomas. Você sofreu um acidente, preciso que se acalme, vamos injetar no seu soro um calmante, essa é a Dra. Lia, ela é psicóloga e cuidará de você também.
_Flora me chamo Lia, estou aqui para fornecer a você todo suporte necessário para a sua recuperação, o remédio já está fazendo efeito, então colocarei você a par da situação, você e seus pais sofreram um acidente de carro, infelizmente eles não resistiram, eu sinto muito Flora.
Os gritos de Flora após receber a notícia é audível em todo hospital, ela chora incontrolavelmente, está desolada, e todos ali ficam profundamente comovidos com a dor dela, é impossível não se emocionar. o médico aplica outro sedativo pra q ela possa dormir, pois ela não parava de chorar e chorou a tarde e a noite inteira.
Eles resolvem manter ela no hospital, para que ela se recupere sem sentir dores físicas e para cuidar de sua saúde mental, nesse período a assistência social procurou algum familiar que pudesse ficar com a sua tutela. Encontraram então uma tia dela, irmã mais nova da sua mãe. Embora ela não tenha contato com Flora, era a familiar mais próxima em grau de parentesco. Ela havia visto Flora apenas umas 2 vezes nas raras reuniões de família quando ela ainda era um bebê.
Mas ela se comprometeu a cuidar de Flora desde que ela fosse para a França que é onde ela morava.
_ Bom dia, Flora! vim vê como você está, afinal sua tia vem te buscar hoje. -perguntou animada Dra.Lia
_ Bom dia, como sabe ainda permaneço em profunda tristeza pelos meus pais, e tenho a sensação de que doerá assim para sempre, faz 42 dias que estou aqui no hospital, principalmente por causa do meu psicológico eu sei, mas nada vai tirar essa dor. Porém a senhora é uma ótima amiga e profissional, estou buscando focar no que me disse, em me permitir ter nova chance, ainda tenho alguém da família por mim tenho um novo lar, estou focando meu pensamento nisso.
_Eu fico muito feliz e aliviada em ouvir isso, saiba que vamos continuar com as consultas de forma remota, você pode me ligar sempre que quiser e precisar. Agora se arrume, sua tia está lá em baixo assinando as papeladas e já vem.
Flora arruma o pouco dos pertences que ela tem, todas as suas coisas foram pegas em sua antiga casa e foi levada para a casa da sua tia, a casa dela ficará fechada até ela ter condições de decidir o que fará.
_Olá meu anjo, tudo bem? sou eu, tia Agnes.
_Oi tia, como vai?
_Que gracinha, apesar das circunstâncias estou feliz por ter encontrado você. Já está pronta? podemos ir?
_Sim, podemos ir.
Flora entrou no carro, com seu semblante triste, já não existia mais vestígios da menina alegre que ela sempre foi. Foram direto para o aeroporto e seguiram viagem.
_Você, não comeu nada durante a viagem sobrinha querida, falta menos de 30 min para pousar, chegando lá ainda pegaremos o carro, pois moro em uma reserva afastada da cidade. É melhor se alimentar.
_Tia obrigada, mas estou sem fome, talvez eu coma quando chegar lá.
_ como quiser, querida.
POV: AGNES
Agnes é uma bela mulher que se casou com um homem poderoso que tem empresas pelo mundo inteiro, com sede na França. Ela ama viver cercada de luxo e poder. É dona de um spar luxuoso, onde só os mais influentes e milionários frequentam, ela quer construir o próprio império para ter mais poder que o marido, então ela sempre pede pra ele investir em seus negócios, que sempre dão errado, mas ele sempre dá tudo o que ela quer.
-segunda de manhã, o telefone de Agnes toca sem parar, embora ela tenha recusado várias vezes.
_Quem ousa me incomodar a essa hora?
A assistente social finalmente consegue entrar em contato com Agnes, relata toda tragédia para ela, ela lamenta e diz que talvez não compareça ao velório. A assistente social explica o real motivo da ligação.
_Senhora Agnes sua sobrinha está órfã e a senhora é a parente mais próxima dela, ainda falta alguns meses para ela fazer 18 anos. -explicou a assistente social.
Agnes a princípio recusa mas pensa em reconsiderar após ouvir sobre o pequeno patrimônio de Flora, seu pai tinha alguns negócios e casas que rendiam um valor razoável.
Apesar de ser milionária, e não precisar de dinheiro, Agnes tinha seus negócios e não queria declarar mais uma vez que fracassou, ela não visava apenas dinheiro.
_Essa Herança não é lá grande coisa, mas serviria pra fingir que meus negócios estão dando lucro. Eu não suporto mais o Cristopher, apesar de ser um bom marido me sinto entediada e infeliz ao seu lado.
Eu poderia me separar e viver de forma ostensiva e luxuosa pelo resto da vida, mas seria vista pelos "tubarões" os grandes investidores como a esposa estérica que vive da gorda pensão do marido. Eu jamais admitiria isso, quero ter tanto poder e influência quanto ele, depois de conseguir dominar e conquistar a grande elite e ficar entre os poderosos, eu descarto o Cristopher. Essa herança não poderia vir em hora melhor, irei forjar os lucros da minha empresa e passarei a entregar ótimos resultados. A titia amorosa entrará em ação, preciso mostrar interesse e carinho pela fedelha, então vou começar a ligar toda semana para o hospital, para saber da minha querida sobrinha. Já mandei pegar todas os pertences dela e mandei as empregadas deixarem no quarto que mandei organizar pra ela ficar.