Capítulo 4
Falcão narrando
Eu entro dentro de casa e encontro Tania descendo as escadas, ela me encara e eu a encaro. Eu não tinha contado a ela o que eu fui fazer, ela me olha todo sujo de sangue.
— Quem você matou?
— Estava em uma missão – eu respondo e ela me encara – vai descansar, já é tarde!
— Tobias queria mama, vim buscar – ela fala – já estou subindo!
Eu assinto com a cabeça e ela sobe para o andar de cima, eu pego e subo também indo para o meu quarto, eu tomo um banho, coloco o meu calção e a blusa penduro no braço, coloco a arma na cintura e acendo um baseado enquanto vou descendo em direção a boca, quando eu chego encontro R8 todo arrumado.
— Ué, vai para onde? – eu pergunto
— Vou descer lá na luz vermelha – ele fala rindo
— Não é teu plantão?
— Bene se ofereceu com toda vontade do mundo para ficar no meu lugar! – eu olho para Bene e ele me encara
— Quanto ele te pagou? – falo tirando os pés de Bene de cima da minha mesa
— Dois mil – ele fala
— Pego teu plantão, dessa forma também – eu falo e R8 começa a rir
— Tu vai comigo, chegou garota nova lá!
— Aquele lugar só tem garota rodada, quero não – eu falo – prefiro pegar aqui no morro mesmo.
— Carolina que tá gostando, tá cantando como tua fiel por ai – Bene fala e eu começo a rir
— Estou longe de ter uma fiel – eu falo – quero somente um filho!
— Ué e vai fazer como? – R8 pergunta
— Vou pagar alguém para ter um filho meu.
— Carolina e qualquer uma da tropa dela vai nem querer te cobrar por isso – R8 pergunta
— Tu não entendeu – eu olho para ele – eu quero um filho, não quero uma mulher e nem uma mãe
— Ué – Bene fala – e isso é possível?
— Ele quer uma barriga de aluguel – R8 fala
— Isso mesmo – eu respondo – tem que ser alguém fora do morro, que não conhece nada e ninguém aqui dentro, alguém que vai gerar a criança, parir e vazar com a grana.
— Precisa arrumar alguém gananciosa por dinheiro – R8 fala – alguém que não vai se apegar pela criança.
— Isso é difícil – Bene fala
— Não impossível – eu falo – eu quero um herdeiro meu, que tenha o meu sangue! E eu vou ter.
— Vamos lá nas p**a, vamos – R8 fala – quem sabe você arruma quem você quer lá – eu olho para ele estreitando os olhos e ele começa a rir.
Eu pego e entro no carro e ele entra no dele e vamos em direção ao lugar, era aqui no morro mesmo, mas na parte baixa ainda era do nosso comando.
Eu pego e desço do carro e ligo o alarme, todos me cumprimentam e na hora que eu entro, atenção vem toda para mim, o que era normal por ser o dono do morro, a gente senta em uma mesa e logo já trazem a bebida que a gente sempre toma.
— Estou vendo as mesma de sempre – eu falo – tu não disse que tinha garota nova?
— Duas que vieram do interior de São Paulo – ele fala – é o que estão comentando.
— Ei você – eu falo apontando para o garçom
— Sim – ele fala
— Eu quero as garotas nova – eu falo – lá em cima!
— Vou mandar elas subirem.
Eu pego me levanto levando a bebida e R8 sobe comigo.