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Eu fui destruído desde pequeno
Levando meu sofrimento pelas multidões
Escrevendo meus poemas para os poucos
Que me encaravam, me levavam, me sacudiram, me sentiram - Believer, imagine Dragons
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Brian Martim
Corro na direção do meu quarto, entro e tranco com pressa, com medo do que estava atrás de mim, com medo do que ele poderia fazer comigo... Com medo do meu próprio pai.
Minha mão ainda estava na maçaneta, meu corpo tremendo com medo e assustado, minha respiração estava acelerado, meu coração disparado, me sentia de volta a época do internato.
Solto um grito de susto, fazendo-me afastar da porta. Meu pai batia na porta freneticamente, sem se importar com o que seus vizinhos iriam pensar.
– É melhor abrir essa porta agora, antes que eu a quebre e destrua a sua cara.– Ele diz com a voz cheia de ódio.
Meus olhos se encheram de lágrimas, não sendo capaz de segura-las. Eu me odiava por isso, não me mostrar forte, não conseguir enfrentar e pedir ajuda a alguém. Odiava mais ainda só conseguir chorar e pedir para ele parar.
– ABRE ESSA PORTA.– Ele grita, socando a porta.
Olho para a janela no canto do quarto, corro para lá e abro a mesma, a distância do chão não era tão longe. Escuto a porta quase ser quebrada.
Tiro meu tênis, subo a escada. Um barulho estrondoso me faz virar. Ele avia conseguido quebrar a porta e já estava vindo na minha direção. Sem pensar duas vezes, pulo da janela antes que ele consiga me pega, sem parar corro pela rua, sem olhar para trás.