ANTES
ALANA CLIVE
Eu sinto que essa noite será uma noite incrível. Eu sinto um frio na barriga desde a hora do almoço e trabalhei no mundo da lua, mas acho que vai valer a pena. O motivo disso? É Daniel.
Estamos namorando há um ano e hoje ele me enviou um presente no meio do meu trabalho com um bilhete bem direto. Havia flores, os meus chocolates favoritos, um colar elegante da empresa de sua família e um bilhete.
“Use-o hoje. Vamos jantar fora para termos uma noite especial e daremos um passo importante. Estou ansioso para lhe ver.
Ass: Daniel. D”
Daniel Danford é o nome dele e eu suspeito que seja um pedido de casamento. Vamos ficar noivos! Ele é um cara incrível, é carinho e extremamente paciente. Nesse tempo juntos, ele não tem me pressionado muito em relação a sexö e entendeu bem que eu quero esperar pelo meu casamento. Então, teremos uma lua de mel bem marcante e única.
Eu quero muito seguir os passos da minha mãe e o casamento dos meus pais ainda são referência para mim. Eu os perdi tem quase dois anos. Foi um acidente de carro que os tirou de mim e desde então, eu tenho cuidado de tudo sozinha. Tatiana, a minha irmã mais velha, foi embora há anos para ir morar na Europa com um namorado italiano que conheceu e nem lembro mais a última vez que eu a vi ou que falei com ela.
Ela literalmente nos abandonou!
Sendo assim, eu só tenho o Daniel!
Eu nem consegui contar a ela sobre a morte de nossos pais, mas ela já sabe. O advogado da família a procurou na Itália e ela assinou os documentos de uma pequena porcentagem na herança que deixaram. Ela recebeu uns U$25.000 dólares e pelo que o advogado falou, foi apenas algo de lembrança, para não haver petição de ajuste na justiça. Já eu fiquei com a casa, com o carro, um bom valor em dinheiro e até com os investimentos que eles tinham. Ah, e eu não posso deixar de falar numas jóias. Mamãe adorava jóias.
Fiquei bem, posso assim dizer. E continuo bem.
Eu não vivo com dificuldade, na verdade, vivo bem. Tudo já está no meu nome, eu não ando gastando com futilidades e eu trabalho para não mexer muito no dinheiro da herança. Eu ainda uso o mesmo carro que era deles, fiz apenas umas mudanças na casa para me sentir melhor com relação a segurança e me desfiz de uns itens.
Reforcei bem as trancas da casa e mudei o sistema de segurança. Não vivo com medo!
— Alana? — Eu ouço a Cherry me chamar. — Você viu os... — Ela olha para as flores. — Uau! Que lindas... o gato do Daniel que te deu?
— É foi ele. Vamos jantar fora e aparentemente é uma noite importante. — Conto tentando disfarçar o sorriso largo.
— Nossa! Você é tão sortuda... — Ela faz um estalo na língua. — Namora um cara gato, ele é romântico, rico e... já falei que ele é gato? — Eu sorrio acenando. — Aproveita, garota! Aposto que ele sabe fazer o nome dele na hora H! — Eu fico mortä de vergonha. — Ah, é... eu vim atrás dos arquivos do livro da temporada... estamos com todo gás.
— Ah, eu vou pegar! — Eu quase me esqueci disso.
Eu trabalho como secretária geral do setor do marketing de uma editora enorme aqui em Atlanta, Geórgia e estamos na temporada da loucura. A editora fechou vários contratos grandes e temos muitos lançamentos quase que juntos e de gêneros diferentes. O primeiro que é mais urgente é um de romance. Eu o devorei em dois dias e amei.
Virou o meu livro da vida!
Eu trabalho aqui há pouco mais de um ano e conquistei o meu lugar. Eu estava fazendo um curso técnico e me candidatei a vaga. Entrei como estagiária e consegui saltar vários degraus para chegar aqui. Alguns não gostaram, mas eu mostrei que entendo do meu ofício. Ninguém pode dizer que eu usei outros meios, porque nunca me envolvi com ninguém daqui de dentro.
Eu entrego os arquivos à Cherry e fico sozinha na minha sala, namorando o colar novo.
Daniel tem bom gosto!
Nós dois nos conhecemos num restaurante local. Naquela noite, eu me dei ao luxo de jantar num local mais elevado e lá estava ele com um amigo. Fazia pouco tempo que eu tinha perdido os meus pais e ele me deu um enorme apoio. Começamos a namorar poucos meses depois e nunca terminamos. Já tivemos algumas brigas, mas nunca foi algo gigantesco que ofendesse ou acabasse com tudo.
O dia vai passando aqui e me ocupo com as demandas do dia. Quando o meu expediente se encerra, eu ainda fico uns minutinhos e não deixo nada pendente. Eu detesto!
Assim que recolho as minhas coisas, o meu celular se acende e vejo a foto dele.
“Ansioso por hoje à noite. Vou te buscar às 20h!”
Eu leio com um frio na barriga.
Daniel é filho único e perdeu a sua mãe quando ele tinha 15 anos. Ele falou muito bem dela e tem ótimas lembranças, mas posso contar nos dedos as vezes que ele falou de seu pai. Daniel o detesta e consegue viver bem sem contato com ele e por isso, eu nunca o vi. Nem por foto!
Daniel evita até de falar o nome de seu pai e nem sei se um dia irei conhecê-lo.
Enfim!
{ . . . }
Está quase na hora de sair e eu estou em frente ao espelho toda produzida. Eu escolhi um vestido elegante na cor esmeralda e eu uso o colar que Daniel me deu hoje. Ele é de ouro, todo bem trabalhado com delicadeza e tem um pingente de diamante. Eu conheço bem.
Ele é herdeiro de uma grande empresa de joalheria e ele é responsável sozinho pela loja aqui de Atlanta. Foi fundada pelos seus avós, mas ele é praticamente dono. Ele decide tudo por aqui. É um negócio de família e ele tem tios que coordenam tudo com o pai dele, só que no exterior. É algo bem grande. Eu já vi algumas fotos de peças, mas nunca fui na loja porque eu não tenho dinheiro que compre algo do tipo.
Então, eu fico longe e me apaixono apenas por foto! Mas, Daniel já me deu um presente de lá.
Ao pegar a minha bolsinha, eu ouço batidas na porta e eu quase corro para atender. Abrindo, eu o vejo todo elegante e sorrio largo para ele. Lindo! Alto, levemente malhado, cabelos lisos e dourados, sorriso perfeito, terno alinhado e um perfume delicioso. Ah, e eu não posso deixar de falar dos olhos claros perfeitos.
— Nossa! Você fica mais linda a cada vez que te vejo. — Ele vem e aproximado e pega a minha mão. — Dá uma voltinha pra mim, vai. — Ele me faz girar e ouço um assobio. — Uau... linda dos pés à cabeça.
— Você também é lindo e eu adoro esse perfume. — Ele me puxa para um beijo e sou agarrada bem aqui por ele.
Quando ele começa, o difícil é fazê-lo parar!
— Ei, calma... temos que ir! — Eu sempre tenho que colocar o limite.
— Por mim, eu arrancaria esse vestido e levava pra cama... — Eu já fico tensa e ele percebe. — Calma... temos um belo jantar hoje. Vamos?
Eu aceno e vamos saindo.
Nós vamos no carro dele e conversamos sobre o nosso dia. O caminho dura uns 20 minutos e eu sorrio quando chegamos. É o restaurante que nos conhecemos! O frio na barriga aumenta de vez e vamos a uma mesa reservada.
O jantar já foi decidido por ele e com ótimas opções e depois de comermos, lá vem o que eu imaginava.
— Já é um ano juntos e eu acredito que não tenha dúvidas sobre o nosso relacionamento... eu não tenho. Por isso... — Ele leva a mão para dentro do blazer e eu já me sinto nas nuvens. — Alana, eu não precisei pensar demais e quero esperar muito... por isso, tendo a certeza de que te quero pra mim, eu quero dar um passo grande... — Ele mostra uma aliança de tirar o fôlego e eu abro a boca chocada. — Meu amor, casa comigo... te quero como minha esposa.
— Sim... sim! — Respondo eufórica. — Eu aceito!
Eu estou como ele e estou seguindo o plano que montei. Como falei, eu tenho o casamento dos meus pais como referência e acho que assim, terei uma vida amorosa saudável e blindada. A minha mãe se casou com 16 anos, se guardou para o casamento e viveu um conto de fadas e, eu vi bem como o meu pai era com ela todos os dias. Eu já tenho 19, quase 20 e quero o mesmo que ela teve.
E espero mesmo ter. Daniel tem sido perfeito, então, não está tendo erro algum.
Bom, até hoje, porque assim que chego em casa eufórica com a noite perfeita, eu recebo uma mensagem bem esquisita. É de um número desconhecido e não tem nenhuma pista.
“Você não pode se casar, Alana. Daniel não merece você. Se você for adiante, saiba que vai sofrer com ele e eu posso provar. Quer mesmo saber quem ele é? Ainda há tempo!”
{ OLÁ LEITORES, SÓ UM RECADINHO! SE VOCÊ NÃO CONHECE NENHUM DOS MEU LIVROS, EU QUERO EXPLICAR QUE EM MUITAS PALAVRAS SENSÍVEIS, EU GOSTO DE USAR O TREMA (Ä) PARA EVITAR A CENSURA DA PLATAFORMA. FOI A FORMA MAIS FÁCIL QUE ACHEI PARA TAMBÉM NÃO MEXER NA ESTÉTICA DO TEXTO. }
O livro contém: palavrão de baixo calão, álcool, sexö explícito, ameaças e não é recomendado para menores de 18 anos.
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