bc

Feito Para Você

book_age18+
14
SEGUIR
1K
LER
sexo
badboy
bxg
mxm
campus
inimigos para amantes
segredos
escola
passionate
seductive
like
intro-logo
Sinopse

Em uma sociedade perfeita, tendo a família e amigos perfeitos é difícil criar uma visão r**m sobre como a vida é, por isso Zyon prefere permanecer em sua bolha de conforto de onde sempre fora criado, mesmo depois de começar a perceber mudanças dentro de si com a nova chegada de um garoto na universidade mais aclamada da cidade. Talvez fosse tarde demais se redescobrir já na faculdade? Ou talvez fosse r**m demais se redescobrir justo com ele?

Maldito novato.

chap-preview
Pré-visualização gratuita
01
Point of view • Zyon Cooper • — Achei que nós poderíamos ver um filme, o-ou talvez jantar. - pela expressão que a loira fazia era claro que ela implorava por minha atenção. Era comum que as garotas sempre quisessem mais, as despedidas eram a pior parte levando em conta de que todas arrumavam desculpas para ficar "só mais um pouquinho". Na maioria das vezes deixavam alguma calcinha ou peça de lingerie para que pudessem voltar no outro dia, e eu obviamente não negava quando elas apareciam pela manhã. Tão mansas que chegava a ser satisfatório, eu adorava aquela atenção toda, sempre fui bom com garotas e sabia as manusear do jeito certo. — Hoje não dá, amor. - toquei sua cintura fina sorrindo em satisfação. Era nítido o quanto ela estava entregue naquele momento, seus olhos brilhantes e redondos não desviavam de mim nem por um segundo, a expectativa sendo bem clara, a garota daria de tudo para ficar só por mais cinco minutos. — Ah, tudo bem então. - piscou devagar ainda me encarando por baixo dos cílios grandes. Sorri minimamente e subi minha mão por seu corpo sem a menor pressa, pude notar que ela havia se arrepiado e no momento prestava total atenção em cada movimento meu. Ela esperava que eu fizesse qualquer coisa, seus suspiros suaves deixavam isso bem claro para qualquer um que presenciasse a cena e por um lado poderia até soar fofo, se eu já não estivesse cansado e louco para mandá-la embora. Me curvei em sua direção e toquei seu rosto levemente, afastei uma fina mecha de sua franja que caía sobre seus olhos escuros e a observei de perto, ela tinha uma beleza jovial que a fazia parecer ter bem menos idade do que realmente tinha, algumas sardas claras enfeitavam suas bochechas e faziam um conjunto suave junto com seus lábios carnudos e rosados, a pele branca quase como a neve fazia contraste com os cabelos pretos, ela combinava muito com o clima que fazia do lado de fora. Frio. Eu nem sequer lembrava seu nome. Esfreguei lentamente meu nariz ao seu e plantei um beijo no canto de seus lábios macios, em seguida me afastando lentamente e não contendo o sorriso sacana que persistiu em brotar em meu rosto. — Boa noite amor. - sussurrei tirando minha mão de sua cintura. Apoiei uma palma no batente da porta e abri a mesma dando espaço para que a garota saísse. Suas pupilas estavam tão dilatadas quanto as de um cachorrinho carente, seus ombros se curvaram e ela que já era pequena, acabou diminuindo mais ainda. — B-boa noite, Cooper. - deu dois passos para trás, seus olhos arregalados ainda me fitavam, porém dessa vez ela parecia hipnotizada. A direcionei um último sorriso e por fim fechei a porta, me encostei na mesma e um suspiro de alívio misturado com cansaço escapou de meus lábios, finalmente pude relaxar meus ombros. O álcool já havia se esvaído totalmente de meu corpo, aquele dia tinha sido muito cansativo e tudo que eu queria fazer era me jogar em minha cama e dormir até recuperar minhas forças. Tudo havia acontecido muito inesperadamente, era sábado então eu estava apenas aproveitando um bom churrasco na casa do meu amigo Nick, tinham algumas garotas lá e não demorou para que uma delas chegasse em mim. Não que o rolê não estivesse legal, mas eu precisava mesmo daquilo para relaxar, ela estava praticamente implorando para que eu a levasse para meu dormitório então apenas uni o útil ao agradável. Só não imaginei que ela fosse tão persistente. Eu já estava acostumado até demais com aquele tipo de garota, quase todas eram daquele jeito, mas ainda assim não deixava de ser chato. Tudo por uma noite de prazer, certo? Praticamente me arrastei até chegar em minha cama e respirei fundo vendo a bagunça que aquele quarto estava, a cama cheirava a sexo e tinha uma camisinha com um nó no chão, o vidro de lubrificante vermelho estava aberto na mesinha e os travesseiros estavam espalhados. Encarei com preguiça o relógio digital que mostrava que já se passava das 10:00pm, havíamos chegado às 6:00 da tarde e digamos que... Levou um bom tempo nossa brincadeira na cama. Coloquei a primeira camiseta que encontrei jogada na cadeira que ficava no canto do quarto e peguei os lençóis sujos, os embolei e saí do quarto, tinha que arrumar aquilo tudo pois não sabia se Jace poderia ou não voltar cedo, meu colega de quarto conseguia ser bem chato quando o assunto era limpeza, o que no começo era bem r**m já que eu era o rei da bagunça, ele que me ajudou (ou forçou) a criar novos hábitos. O bloco 4B chegava a ser assustador naquele horário da noite, era o último bloco do prédio então na maioria das vezes era muito vazio, as pessoas preferiam ficar dentro de seus quartos pois não era uma área lá muito bonita, diferente do 1A onde haviam puffs, mesas de jogos e até as pinturas das paredes eram mais claras e harmônicas. Porém só ficavam ali pessoas que pagavam para ter aqueles quartos, ou pessoas veteranas que tinham direito livre para escolherem qualquer quarto daquela área, eu só estava no meu curso a dois anos então ainda não tinha esse privilégio. Tive que andar mais um pouco até chegar na área de lavanderia, aquela luz quebrada não parava de piscar, assim dando um aspecto de lugar velho de filmes de terror. Mesmo assim não era algo tão r**m, tinham doze máquinas de lavar e oito de secar, elas funcionavam com o cartão da universidade e moedas, como no momento eu estava completamente sem dinheiro decidi que usaria o cartão. Normalmente aquele lugar era um inferno, pessoas gritando e xingando enquanto lutavam em uma incansável batalha por uma máquina vazia, o que levava o dia todo para ser feito, porém como era tarde da noite e noventa porcento da universidade estava em suas casas, o lugar parecia deserto. Só tínhamos mais uma semana livres pois logo logo voltariam as aulas e pelas redes sociais eu podia ver que todos estavam chateados, a faculdade conseguia ser bem cansativa, principalmente quando se tratava de esportes. As aulas teóricas eram a pior parte, eu tinha uma bolsa de estudos então tinha que fazer por merecer, a cota de notas era a pior coisa que tinham inventado, se eu não tivesse notas boas eu perderia minha bolsa no mesmo instante. O que me revoltava já que eu sempre tinha que ver aqueles babacas que estudavam comigo, sempre tirando notas ruins e indo m*l nos treinos, mesmo assim permaneciam pois tinham dinheiro o suficiente para pagar dez ou vinte mensalidades de uma vez só. Respirei fundo me lembrando que teria um almoço no dia seguinte em casa, eu amava meus pais mas eles estavam em um momento difícil do casamento, o que resultava em brigas e mais brigas, por isso estava sendo difícil ficar lá, nas férias eu sempre ia para casa assim como todos, porém era exaustivo demais presenciar tantas brigas em um único dia. Joguei as roupas dentro da máquina e a liguei, em seguida cruzei os braços por cima de uma das máquinas desligadas e abaixei a cabeça tentando não dormir, só queria acabar logo aquilo para tomar um banho quente e relaxar. ... Fechei os olhos por um segundo e ajeitei minha postura antes de tocar a campainha, me preparei mentalmente para o que fosse vir e tentei relaxar. — Ah finalmente, eu já estava sentindo saudades. - a porta se abriu e pude retribuir o sorriso que a mulher esbanjava. — Eu estive aqui a dois dias mãe. - me abaixei levemente para abraçar a mais velha que me apertava contra si. — São meus últimos dias com meu filho, será que pode ser mais receptivo? - fez uma carinha pidona já me puxando para dentro de casa. Aquele lugar nunca me pareceu tão deprimente, eu não acreditava nessa coisa toda de energia ou pressentimentos, mas a casa tinha ganhado uma áurea muito pesada com o início das brigas, isso vinha acontecendo a pouco mais de um mês quando os visitei pela última vez, as brigas eram piores quando eles só sabiam gritar uns com os outros, eu estava dormindo ali desde o início das férias e quase todos os dias durante três semanas eu acordava com alguma discussão, eles não gritavam mais, porém viviam se alfinetando e era extremamente raro ver um dos dois sorrindo ou contando piadas como antigamente. Eu não ligava, afinal não estava mais morando ali então não era algo que me afetava futuramente. — Meu pai está em casa? - perguntei me sentando no sofá. — Já está chegando, ele teve de resolver umas coisas no escritório. - respondeu com um ar tranquilo, até demais. Apertei os olhos a encarando e tentando encontrar algo em sua expressão corporal que mostrasse qualquer preocupação ou irritação, estranhei quando não encontrei nada. — O que aconteceu? - perguntei já cortando todo o papo furado que poderia vir. — Aconteceu o que? - devolveu a pergunta desviando o olhar do chão para mim. — Fez as pazes com o papai? - Perguntei arqueando uma sobrancelha, a última palavra soando com um pouco de ironia. — Oh... - piscou devagar pensando no que dizer. - Aquilo foi só uma briga de casal meu filho, sempre acontece. - sorriu de um jeito doce, mais uma vez tentei encontrar qualquer evidência que dissesse o contrário, não achei. — Não daquele jeito. - ergui uma sobrancelha achando aquela cena estranha demais. Meus pais sempre foram muito apaixonados, chegava a ser nojento ficar perto dos dois, era o tipo de casal de comerciais de margarina e mesmo assim de um mês pra lá eles conseguiram fazer um grande escarcéu, não pensei que fosse só uma briga de casal já que parecia ser bem sério, lembro-me de ter ficado um pouco chateado com o jeito que um estava tratando o outro. — Escuta. - se levantou do sofá que ficava de frente para o que eu estava sentando e se apoiou atrás de mim segurando em meus ombros. - Todo o casal têm desentendimentos, eu e seu pai tivemos uma fase r**m mas está tudo bem agora, nós nos resolvemos. - sorriu terno e deixou um beijo casto no topo de minha cabeça. Suspirei sentindo meu corpo ficar mais leve, por algum motivo eu havia ficado muito tenso de que ela fosse dizer qualquer outra coisa, qualquer um que olhasse se apaixonaria por meus pais, os dois pareciam tão amorosos um com o outro que chegavam a ser referência para os outros a sua volta, eram o casal perfeito. — Vamos, me ajude a pôr a mesa. - apertou meus ombros e deu a volta no sofá para ir em direção a cozinha. A ajudei a arrumar tudo e nos sentamos nas banquetas que ficavam de frente para a ilha da cozinha, ela me contava sobre um jantar que teria para toda a cidade, era algo relacionado a caridade que eu não me importei muito em gravar o que ela falou, só sabia que ela estava ansiosa e que queria que eu fosse ao shopping com ela para a acompanhar na compra do "vestido perfeito", uma coisa que eu odiava já que precisaria esperar muito. De repente ouvimos o som das chaves tão característico e minha mãe correu para a sala para receber meu pai, endireitei meus ombros já sabendo o que viria pela frente. — Olha só, me esperaram. - o homem de meia idade deixou as chaves na pequena mesinha da cozinha e se aproximou a passos lentos. — Oi pai. - o cumprimentei de jeito informal enquanto ele se aproximava com uma expressão impassível. — Depois nós vamos ter uma conversa. - tocou meu ombro dando um aperto firme. Eu já sabia perfeitamente qual seria o assunto e não estava nem um pouco empolgado. Nos sentamos na mesa redonda e minha mãe fez questão de nós servir, desde sempre ela fazia isso e gostava de ressaltar que faria de tudo por seu único filho, eu até gostava disso, se não soasse tão preocupante levando em conta de que eu não morava mais ali então às vezes eu me pegava pensando: "o que será que ela está fazendo sem mim lá?". Durante o almoço os dois conversavam sobre coisas do trabalho, como sempre, meu pai prestigiando a si próprio pelo trabalho duro que teve no escritório. Um casal constituído por um advogado e uma psicóloga poderia ser a combinação perfeita para quem perguntasse, até poderiam pensar que éramos ricos ou coisa do tipo, mas não era bem assim que funcionava. Nós tínhamos uma casa boa, dois carros, morávamos em uma boa localidade mas não tínhamos nem metade do dinheiro daqueles ricos da faculdade. Às vezes íamos em restaurantes, fazíamos breves viagens mas nada mais do que isso, meu pai gostava de administrar seu dinheiro e odiava gastar com coisas em vão, às vezes liberava algo para mim mas não era muito, o suficiente até que eu arrumasse um emprego. Terminamos o almoço e minha mãe serviu a deliciosa sobremesa de limão que só ela sabia fazer, eu gostava dessa preocupação dela. Comemos tudo e pude perceber pelos sorrisos e conversas leves que os dois realmente haviam se resolvido, o que era bom já que a casa até recebia um ar mais caloroso, mesmo estando frio. — Vou subir pra descansar, logo mais teremos uma boa noite de filmes. - a mulher sorriu animada e deixou um beijo na testa de meu pai, em seguida passando a mão em meu cabelos. Ela sumiu pelo corredor deixando nós dois sozinhos na cozinha. Terminei de lavar a louça e meu pai secou o último talher com um pano de prato branco. O clima ficou estranho e o homem parecia mais calmo do que nunca: respirou fundo e cruzou os braços. — Zyon, sabe qual é o maior impasse para um campeão? - perguntou, dessa vez olhando no fundo de meus olhos. - Distrações. - completou sua própria pergunta. Engoli em seco, não gostava daquele discurso pois odiava me sentir impotente. — Olha pai, eu só fui... - — Não não, eu sei, entendo que está de férias e tem todo o direito de se divertir. - ergueu as duas sobrancelhas. - Mas as aulas estão voltando e espero que crie tanta responsabilidade quanto no primeiro semestre, eu e sua mãe temos muito orgulho de você, não nos faça perder isso. - deu um passo a frente com sua postura impecável. — Eu sei, não vou decepcionar vocês. - respondi com a voz retraída, me sentindo completamente pequeno. — Espero que não. Você é um campeão Zyon, pode ter tudo o que quiser, não estrague isso por pequenos momentos de prazer. - terminou sua fala com um olhar sugestivo. O homem deixou a cozinha e fiquei sozinho sem saber o que fazer, ele se referia à minha saída durante um almoço de negócios que meu pai estava fazendo na companhia de alguns amigos, ele se orgulhava de mim e sempre se gabava sobre meus talentos no futebol, gostava de me esbanjar como um troféu para seus colegas. Minha saída certamente o irritou e ele não gostou nada de me ver voltado no dia seguinte como se nada tivesse acontecido. Suspirei me sentindo pesado demais e me pûs a caminhar até meu quarto, meu lugar de descanso favorito, era onde estavam todas as minhas boas memórias, onde eu me sentia mais confortável para espairecer. Me joguei em minha cama e fechei os olhos, eu não era alguém ansioso, porém a expectativa do que poderia acontecer no próximo semestre me apavorava um pouco, eu estava com medo de me sair m*l e meu pai me dar um puxão de orelha novamente. Sempre fui bom em tudo o que fazia, ouvir elogios era a minha maior motivação para fazer as coisas darem certo. Aos treze anos descobri que era bom no futebol e desde então a coisa que eu mais ouço é: "você é um campeão, foque nisso". Meu pai tentava ir a todos os meus jogos mais importantes e era o primeiro da arquibancada, porém não era alguém que eu fosse esperar me parabenizar ou pular de alegria, ele sempre tinha a mesma expressão no rosto, em todas as minhas marcadas de ponto ou derrota, era sempre a mesma coisa. Eu fazia o impossível para ganhar apenas para poder ver sua reação, na esperança de que algo mudasse. Nunca aconteceu. Mas isso não me abalou, descobri que eu gostava muito de bajulação e isso só melhorou com a popularidade da escola, era uma época boa, eu adorava a atenção que eu recebia, dos caras do time, da diretoria, dos meus amigos. Mas nada se comparava com a atenção das garota. Foi aí que eu percebi que eu gostava muito de garotas, gostava do esforço que elas faziam para eu sequer olhar para elas, gostava de suas roupas coladas, corpos perfeitos. Gostava mais ainda quando estavam em minha cama, pedindo por mais e mais, pareciam nunca estar cansadas e meu maior prazer era vê-las tão entregues por minha causa. Isso não era novidade para meu pai, ele sabia de minha vida promíscua e nunca reclamou, mas uma coisa que ele odiava era a distração que isso me causava, ele odiava qualquer coisa que tirasse meu foco pois aos seus olhos eu era realmente um campeão, ele não admitia que eu me juntasse aos outros pois eu era seu precioso troféu, o protegido, um passe para o futuro perfeito. Eu não era assim por nada. O homem que me criou era tão caprichoso quanto eu, se não, mais. Meu pai tinha o mesmo sonho que a maioria de filho único, ele queria que eu fosse brilhante, queria que eu fosse o número um da lista, sempre em primeiro lugar, ele ficava frustado quando meu time perdia mas não deixava evidente pois dizia que isso apenas me desmotivaria. Minha mãe sempre foi bem mais tranquila, dizia que eu poderia ser tudo aquilo que eu quisesse e sempre me deixou à vontade, sem pressão ou qualquer coisa do tipo, ela gostava de ter um filho e eu fazia o máximo para ser o melhor para ela. O melhor para os dois.

editor-pick
Dreame-Escolha do editor

bc

Apenas Amigos

read
6.6K
bc

Redescobrindo eu e você

read
1.7K
bc

Casamento Arranjado (Omegaverse)

read
4.9K
bc

Golden Boy

read
1.3K
bc

A Marrenta e a Dona do Morro

read
31.3K
bc

Meu Coração é Arco-Íris

read
1K
bc

FETISH WITH THE BOSS

read
3.4K

Digitalize para baixar o aplicativo

download_iosApp Store
google icon
Google Play
Facebook