Murmurei, fechando com cuidado o zíper da minha mochila, pensando na tristeza que a Agatha devia estar sentindo.
Eu preciso ir lá, ver ela.
Um nó se formou na minha garganta só de imaginar essa dor.
— Tá, demais. m*l sai do quarto, acredita? Só fica lá, no escuro. É de cortar o coração. — ela respira e continua a falar — Mas ó, à noite eu vou tentar arrastar ela pra cá de qualquer jeito, nem que seja amarrada pelos cabelos. Vai rolar uma musiquinha boa, forrozinho, barraquinha de comida gostosa... — ela me cutucou de leve com o ombro, os olhos brilhando e a animação voltando com força total, me contagiando feito um vírus bom. — E você, hein, dona Maria Clara, a veterinária mais famosa, linda e requisitada do morro? Vai vir ou vai me dar perdido e me deixar sozinha na pista pra negócio?
