Capítulo- LXII. Lágrima
" Não recolha minhas lágrimas e cálice de prata, deixa ess dor derretida rolar pela minha face."
Tiana
Era o meu terceiro dentro da sala de aula lecionando, e eu sentia o estômago se apertar. Sempre a mesma sensação: uma ansiedade gostosa que brincava com os meus nervos.
A tarde estava fria. A ponta do meu nariz gelava assim que desci do carro enviado por Úrsula.
Entrei na escola cumprimentando a todos em alemão com um leve "Guten Tag".
Eu era a professora de português brasileiro. Encarava duas turmas de 30 alunos e saía sempre à noite, por volta das sete. É nesse horário que o expediente se encerra aqui.
Meu tempo, durante o trabalho, é dividido entre as turmas, com aulas de três horas cada. Era aquela correria: saía de uma sala no térreo, subia as esca
