Espinhos

2198 Palavras

Capítulo-LXIV. Espinhos "Cada coração tem o seu próprio jardim dos amores sombrios, em suas terras crescem apenas plantas com espinho que brotaram com o propósito de perfura a alma. Esse canteiro nada mais é do que o sepulcro dos sonhos que morreram e conhecem da escuridão de um ser vazio." Alef Acordei atirado na cama como um cadáver insepulto. As roupas grudadas no corpo fediam a álcool, suor e desespero. O quarto parecia o túmulo onde minha alma jaz em silêncio. A cabeça latejava, pesada como chumbo, e o ombro — aquele maldito ombro — doía sob a mancha roxa que crescia como uma praga desde o acidente. O alarme do celular me esbofeteia com seu som estridente. Cada toque é uma punhalada no crânio. Mais um dia. Mais uma marcha para o abismo. Mais uma sequência de horas cinzent

Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR