capítulo 64

1192 Palavras

✍️ Narrado por Rey A agulha mordeu meu braço e eu nem pisquei. O médico enfiou a p***a da seringa no meu sangue, o tubo se encheu rápido, rubro, vivo. A enfermeira tremia, mas fazia o serviço. Eu só encarei o corredor, esperando a porta abrir e alguém gritar que o Pardal respirava. O relógio na parede parecia zombar de mim, tic-tac arrastado. Cada gota que escorria pelo tubo era um pedaço meu atravessando a veia até ele. Rosnei baixo, olhando pro médico com os olhos cheios de raiva: — “Tu garante que chega nele? Hein? Não vai perder nada no caminho, não vai desperdiçar nem uma gota. Porque isso aqui é sangue de patrão, c*****o. É o mesmo sangue que mata e é o mesmo sangue que salva. Se escorrer no chão, eu te faço beber cada gota.” O velho assentiu, suado, a mão firme na pinça. A enfe

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