capítulo 57 Rey

947 Palavras

✍️ Narrado por Rey Subi a ladeira de volta pra minha casa com o sangue ainda fervendo, os dedos sujos da poeira do barraco do Braga e a mente latejando de raiva. Cada passo ecoava dentro do peito como tambor de guerra. Eu precisava ver com meus próprios olhos, precisava sentir de novo aquele cheiro que ainda me perseguia. Abri a porta com força, o trinco bateu contra a parede. A sala tava no escuro, só a brasa do Marlboro piscando no cinzeiro. Cruzei direto pro quarto. Ali, onde eu guardava meu inferno. A primeira coisa que vi foi o vestido vermelho. O maldito vestido dela. Tava dobrado no fundo da gaveta, mas não tinha como esconder o peso que ele trazia. Puxei com a mão firme, o tecido escorregando entre os dedos, e trouxe até o rosto. O perfume ainda grudava. Doce, quente, como venen

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