MT Narrando - Continuação — E aí, MT? Já saiu da boca, é? Tá cedo, hein. Nove e meia da noite… cês costumam virar até de manhã, hein. Soltei um risinho, meio sem graça, coçando a nuca com a mão que não tava com a sacola do lanche. — Ah, qual é, sogrão… tô desde cedo na função. Também sou gente, né? Preciso comer, tomar um ar, ver meu filho… Ele deu uma risadinha curta e se virou pra dentro da casa. Entrei. Na sala, logo vi: o Coroa sentado no sofá, com a cara toda boba, o Cauã dormindo encolhidinho no colo dele. A mãe da Manu tava ali do lado, com um pano de boca no ombro, só observando a cena. — Aí, posso pegar meu filho aí, ô véio? O Coroa nem olhou pra mim direito, fez aquele gesto como se eu fosse doido. — Vai pegar nada! Primeira vez que eu tô com meu neto no colo. Tu quer ti

