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MT NARRANDO A colher batia devagar no prato de vidro, e o cheiro de feijão com linguiça subindo junto com o calor da cozinha da pensão. Era sempre assim… fim de tarde, o povo da boca descia pra comer. O Coroa deixava tudo pago, era a forma dele garantir que nenhum soldado ia desmaiar no plantão. E eu ali, com o prato cheio, mas o estômago meio travado. A comida era boa, dona Elza caprichava. Mas eu tava com a cabeça na Manu. — Pô, chamei a manu pra ir no baile comigo, ela não quer ir não. — Eu só olhei por cima do copo de suco, sem responder. O Piloto, como sempre, foi mais rápido que eu: — A mulher acabou de ter filho, p***a. Até parece que vai pra baile. Tá com a t**a cheia de leite, c*****o. Vai dançar como? O Lucas riu e balançou a cabeça. — Pior que é verdade. A Manu nem solta

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