MT narrando Ela tava ali. Sentada com pose de mulher que comanda, com a perna cruzada, copo na mão e a cara mais debochada do baile. Me olhando como se nada tivesse acontecido. Como se eu não tivesse virado o baile de cabeça pra baixo, botado trinta segurança na porta, expulsado p*****a, desrespeitado o próprio pai, distribuído carga na correria e ainda voltado com a cabeça fervendo por causa dela. A p***a da carga? Eu nem conferi direito. Só mandei os pacotes pros pontos, guardei o que era pra guardar, distribuí as caixas e falei que amanhã cedo eu resolvia o resto. Não podia dar esse mole, eu sei. Mas f**a-se. Minha mente não tava lá. Tava aqui. Na frente dela. Ela e aquele sorriso de canto. Aquela calma que me irrita porque não é real — é provocação pura. Ela sabe o efeito que tem

