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1326 Palavras

MANU NARRANDO Andava de um lado pro outro com o Cauã colado em mim igual carrapato. O peito tava de fora, o bico já sensível, e ele ali sugando com força, como se tivesse morrendo de fome, mesmo depois de ter mamado há menos de uma hora. Acho que é isso que eles chamam de livre demanda, né? Pois é. Demanda demais e eu com livre nenhum. — Calma, filho… calma, neném da mãe… — falei baixinho, fazendo carinho nas costas dele, enquanto dava passinhos lentos pelo quarto. — Mame com calma, sem desespero. Mamãe tá aqui. Ele deu umas engasgadinha, parou, puxou o ar, e voltou. Fechei os olhos e respirei fundo. Por mais que o cansaço fosse grande, o amor era maior. O amor… e a dor no peito, porque parecia que tinha uns alfinete espetando ali. A porta se abriu de repente e eu nem precisei olhar pr

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