MILENA NARRANDO Assim que ele passou pela porta, meu corpo desabou. As pernas tremiam, o peito ardia, e o silêncio do quarto só fazia a ameaça dele ecoar ainda mais alto na minha cabeça. “Eu vou te matar se essa criança não for minha.” Fiquei parada alguns segundos, sem saber se chorava ou se vomitava. O Caio saiu com a mesma frieza que entrou, como se não tivesse acabado de me ameaçar com a filha no berço. Como se ele não fosse o monstro que eu sempre soube que ele podia ser. Olhei pra minha filha… ali, quietinha. Inocente. Sem saber da merda toda que a mãe dela arrumou. Minhas mãos foram direto pro celular. Nem pensei. Cliquei no nome dele. Rato. Chamando… chamando… — Fala — ele atendeu seco. E eu já tava chorando antes mesmo da voz dele terminar de sair. — Rato… pelo amor de De

