CAIO NARRANDO Mano, na moral… só de ver aquela agulha vindo, eu já senti o sangue ferver. Não tem essa de “vacina é pro bem”. f**a-se o bem. Se tá furando meu filho, vai me ver puto. E eu tava. Com o olhar, com o corpo, com tudo. Segurei o Cauã no colo como se o moleque fosse feito de vidro e ouro ao mesmo tempo. Que p***a de sensação doida. Era meu. Meu sangue. Meu molequinho. Também, p***a… eu ali de Glock na cintura, fuzil encostado no canto da sala, cara fechada e o olho seco mirando tudo. Cê acha que ele ia rir de nervoso? Ia nada. Só fazia o que mandavam e tentava não morrer de susto. Vi o Cauã se encolher todo quando o bagulho encostou no bracinho dele. E aí… chorou. Mano… O choro dele entrou na minha alma de um jeito que ninguém vai entender. Coração cortou. Tipo, sério. Me deu

