Pré-visualização gratuita Capitulo 1
CAPÍTULO UM ~
Há seis anos eu me mudei de New York. Meu pai morreu quando eu ainda tinha dez anos. Se passou um bom tempo e minha mãe estava em um novo relacionamento, o qual eu não me dei bem. Ele era do tipo "Eu sou o dono da casa". Falei umas mil vezes para ela largar dele, mas as palavras de uma criança não serviam naquele momento.
Eu sempre me dei muito bem com a mãe do meu pai, minha vó, a senhora Estela, sempre com aquele vestido florido e aquele sorriso aberto. Então pedi para morar com ela, e mamãe concordou, mesmo fazendo cara feia. Hoje, aos vinte ano, me sinto bem feliz comparado a antigamente. Recebi um convite de minha mãe para morar com ela novamente, já que irei cursar a faculdade de letras em sua cidade, onde morei até os meus quatorze anos. Terei que ir sem muita escolha, e também admito que só aceitei o convite pois o Robson já não estava mais com ela e, sabia que minha mãe se sentia solitária. Eu deixei minhas malas no meu quarto, e desci as escadas, indo direto para cozinha. Encontro minha avó preparando o café da manhã. Parte-me o coração saber que não tomarei mais café com ela tão logo. Eu ando até onde está e lhe dou um abraço, um abraço que nunca lhe deu antes.
—Vou sempre vim lhe visitar, vó — Digo com um sorriso torto
—Eu sei que vai, e sentirei sua falta — Ela diz retribuindo o abraço com mais carinho. Andamos até a mesa e nos sentamos. Eu fico tranquila em saber que ela não ficará sozinha, e que, Emily, uma vizinha nossa, virá morar com ela, já que ela tem uma boa idade. Nunca fiz muitos amigos aqui, apenas alguns colegas. Eu ficava sempre em meu quarto estudando e lendo, uma coisa que sempre amei fazer.
Terminamos o café e eu subi para o meu quarto para buscar minhas malas. O táxi já estava a minha espera. Demorou meia hora para que eu chegasse até o aeroporto, ao chegar, o taxista me ajudou com as malas, e então me dirigi ao meu ponto de partida. Foi quase três horas de vôo. Eu estava me sentindo exausta. Peguei minhas malas e fui para frente do aeroporto tentar consegui um táxi. Depois de passar anos em uma cidade pequena, estava esquecida como New York era bem movimentado.
Finalmente consegui um táxi, coloquei minha bagagem, e já estava pronta para ir à casa da minha mãe, quando de repente, um homem estressado entra no carro como se eu fosse invisível.
- Licença, eu peguei o táxi primeiro. - Eu falei calmamente, mas ele me retribuiu com um tom nada agradável.
- Olha moça, o meu "caso" é muito mais urgente que o seu. - Ele diz nem olhando em meu rosto, apenas discando em seu celular.
Esqueci-me que também tem muitas pessoas arrogantes.
- Você nem me conhece e já vai falando de "casos"? – perguntei o olhando com cara feia.
- Meu carro quebrou e tenho uma reunião daqui a meia hora, então eu realmente preciso deste táxi. - Ele disse calmo, porém dando umas risadinhas irônicas que me irritavam pra caramba.
- Eu não vou perder tempo com você. Esse tempo de discussão você poderia ter pego outro táxi – digo, e o taxista se mete no meio e diz:
- Por que vocês não entram em um acordo e eu levo os dois juntos?
- Por mim tudo bem - Ele diz com um sorriso falso. Antes que eu protestasse, ele já havia dada a resposta por mim, acenou para o motorista e seguimos nossos caminhos juntos. Nós estávamos em silêncio até ele começar a falar novamente
- Olha só! Minha roupa está toda amarrotada e meu cabelo todo bagunçado, e pra completar, ainda estou atrasado. – Fala olhando para o relógio no pulso
- Isso tudo é culpa sua, você poderia ter pego um táxi sozinho, mas vejo que até pra isso você é um garoto mimado – falo e ele me olha
- Garoto mimado?! - Ele repete – você não me conhece, garota – diz e volta sua atenção ao celular
- i****a - Eu murmurei impaciente. A viajem voltou a seguir em silêncio. Finalmente chegamos ao destino dele; Ele retirou a carteira, e pagou o taxista, e sussurrou um "Fique com o troco"
- Finalmente – Sussurrei.
- Eu escutei isso – Ele diz sério – Tchau irritadinha – Fala rindo e saindo do carro.
Argh! Como eu odeio esse homem, primeiro ele pega meu táxi, tira minha paciência e ainda me chame de irritadinha?
- Tchau príncipe desarrumado – Falei em um tom irônico, e ele me deu um aceno com a mão.
Eu queria matar ele.
Segui para casa da minha mãe, e com vinte minutos, avistei-a sentada na calçada. O carro parou, e me ajudou a retirar as malas. Após isso, fui ao encontro dela, que me recebeu de braços abertos. Foi um abraço longo. Fazia tempo que eu não a via.
- Como você está linda, katherine, senti tanto sua falta, por que demorou? Fiquei preocupada – Ela diz sorrindo, e com um olhar de preocupação
- Um i****a me atrasou mãe, nada com o que se preocupar.
-Venha, temos muito que conversar. Preparei aquela sobremesa que você adora. – Como eu senti falta da minha mãe, com seu jeito louco e divertido. Entramos e ela me ajudou a desfazer as malas no mesmo quarto de quando eu era pequena, e estava do mesmo jeitinho. Descemos as escadas e sentamos na mesa da cozinha, onde ela me serviu a sobremesa.
- Como foram esses anos todos lá com sua avó? Ela está bem? – pergunta me entregando a taça
- Está ótima, mãe. Foram bons, eu amo muito ela e nos divertíamos bastantes. Ela cuidava bem de mim – Digo com muitas saudades da vovó
- Vamos nos divertir aqui também, sei que sua ida, nos deixou um pouco afastadas , mas, vamos nos reaproximar daqui para frente.
- Eu te amo, mãe. Tá tudo bem – Eu não gostava muito de falar... acho que repararam, né ?
- Mas me conte. Arranjou alguém por lá? – Eu sabia que ela me perguntaria isso.
- Não, eu não quis me envolver em nenhum tipo de relacionamento. Nossa isso tá muito bom – Eu digo tentando mudar de assunto.
- Tudo bem, se não quer falar disso agora, eu respeito. – Sorri agradecida, e levantei-me da cadeira, falando que iria dormi. Eu estava muito cansada da viajem.
Fui para o quarto e tomei um banho, logo após me jogando na cama. Percebi um sorriso bobo surgindo nos meus lábios. Mesmo que não pareça, aquele i****a do táxi veio a tona na minha mente.
Lembrei-me daquele sorriso lindo, mesmo que ele tenha sido um i****a, era um cara lindo. Um rosto sério, lábios carnudos e bem desenhados; olhos azuis intensos. O cabelo era um tom loiro castanho. De certa forma, ele me encantava com aquele seu terno, quando o encontrei, ele estava vestido como um empresário. Tentei de toda formas dormi, estava cansada, mas ele não saia da minha cabeça, e aquilo me irritava, até porque, eu o odiava só por ter pego meu táxi.
Era apenas uma loucura da grande cidade de New York.
Vai passar
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Já faziam duas semanas que eu tinha voltado para a casa da minha mãe. Nos aproximamos muito esses tempos juntas. Ela sempre carinhosa, fazendo brincadeiras, me levando para conhecer lugares com seu novo carro que comprou dois dias depois da minha chegada. Minhas aulas na faculdade iriam começar na segunda e hoje já era sábado. Eu estava ansiosa e nervosa ao mesmo tempo, e fico pensando se me darei bem com as pessoas lá, mas saio dos meus pensamentos quando escuto alguém bater na porta. Levanto do sofá e vou até lá.
— Katherine! AAAAA! Sua mãe disse que você iria voltar, mas eu estava viajando e não tive como vir aqui. Uau como você está linda. Porque diabos não me mandou mensagem? — Sim era Luma, minha melhor amiga de infância, fiquei tão feliz em vê-la.
— Luma, você é quem está linda, ou melhor, sempre foi. Senti sua falta. E não te mandei mensagem porque eu queria fazer surpresa — Eu lhe dei um abraço forte matando a saudade — Entre, vamos conversar — Eu continuo, dando espaço para que ela passe. Entramos e nos sentamos.
— Cadê Elizabeth? — Ela me pergunta.
— Mamãe está trabalhando e não irá almoçar em casa hoje. Que tal vim almoçar comigo? — Eu pergunto sorrindo
— Eu faço a macarronada — Ela diz rindo — Você tem que provar, é uma delicia. Nossa Kate, você tá tão mudada... digo pra melhor, você está tão linda — ela sorri e toca minha mão — Deve está chovendo homens, hein!
— Nem tem, Luma, você tá linda também, mas me conta, algum amor por aqui — Eu pergunto sorrindo
— Tem um sim, meio difícil, mas vou agarrar ele — Ela diz soltando uma gargalhada
— Sim , você vai. Eu irei estudar letras na faculdade Berkeley, ganhei uma bolsa lá — Eu disse sorrindo
— Eu não acredito! eu também vou estudar lá, mas irei fazer medicina. Podemos ir juntas no meu carro, até por que você sabe que é muito longe daqui, né — Ela diz pulando em cima de mim toda feliz. Luma sempre foi louca e eu amo isso nela
— Será perfeito, Luma, obrigada
— Não me agradeça! que tal sairmos a noite? podemos beber um pouco, aproveitar antes das aulas começarem
— Por mim tudo bem. — Lhe dou um sorriso — Luma? por onde anda o Douglas? — Douglas é o nosso amigo de infância e não o vejo desde quando fui embora.
— Aquele louco está morando aqui, e está gatinho, hein... Ele trabalha na oficina do pai. Podemos chamar ele também. Ele vai adorar te ver — Ela finalmente termina e respira
— Eu estou com saudades dele, vamos voltar a ser os três de antigamente — Eu lembro do meu passado com esses dois
— Ah! tudo perfeito então, vou em casa e já volto para preparamos o almoço, ok
—Ok, Lu
Luma voltou logo e preparamos o almoço. Depois ficamos a tarde conversando sobre nossas vidas. Ela me contou que arrumou uns cinco namorados, mas nenhum deu certo, disse que eles eram muito grudentos e que isso a deixava muito sufocada e, eu ria tanto com isso. Logo a noite chegou.
CONTINUA....