capítulo 03

1853 Palavras
FELICITY Encarei o olhar furioso da Queen rebelde e sustentei meu olhar sem me deixar abalar, ela me encarava de volta de forma analítica, seu olhar variava entre mim e a mini Queen resmungando em meu colo. - Quem é você? perguntou de forma rude, me fazendo erguer uma sobrancelha em desafio. - Uma amiga do seu irmão, respondi sem vacilar. - É assim que estão chamando agora? seu sorriso debochado parecia me desafiar, respirei fundo, não queria perder meu alto controle. - Thea, a voz grossa de Oliver chamou nossa atenção, a reação da Queen rebelde ao ver o irmão me deu um leve susto. - Seu i****a! como pôde me deixar três dias trancada naquela cela? arregalei os olhos assustada quando vi a Queen rebelde avançar na direção de Oliver querendo estapeia-lo . Oliver segurou seus braços no ar a impedido de agredi-lo . - Espero que tenha servido de lição, isso foi pra você aprender que suas escolhas tem consequências e você vai ter que lidar com elas, sorri com orgulho ao ver a confiança com que Oliver falava. - Você está assustando a Bia, será que pode por favor falar mais baixo, pedi educadamente. - E você está fazendo o quê aqui sua entrometida! nem te conheço, sua fúria se voltou a mim, não dei importância. - Aliás, os empregados não devem ouvir a conversa dos patrões, ela foi petulante, eu não me ofendi, mesmo que Oliver fizesse questão em me tratar como uma amiga, não me importaria se ser chamada de empregada, de certa forma eu era uma empregada, já que estava sendo paga pelos meus serviços. - Thea, não seja petulante, Oliver a repreendeu. - Isso só pode ser brincadeira, Thea sorria sem achar graça. - Eu não gostei do que você fez Oliver, foi humilhante ficar naquela cela três dias , você sequer foi me ver, senti a voz de Thea vacilar, ela realmente sentiu a pressão de sua imprudência. - Fiz isso pro seu bem minha irmã, eu espero que entenda e pense antes de fazer alguma besteira , não vou mas passar a mão na sua cabeça Thea , Oliver falou olhando em seus olhos. - Se você já tem idade e capacidade pra tomar decisões, então você pode assumir os riscos das consequências que suas escolhas podem trazer. Thea piscou três vezes tentando reprimir suas lágrimas. - E tem mais, eu não quero que falte com o respeito a Felicity, Oliver dirigiu seu olhar a mim . - Ela é uma amiga que está fazendo a gentileza de me ajudar com minha filha, eu quero que a respeite, Oliver foi firme, sorrir satisfeita por ele vir em minha defesa. - Agora eu tenho que ir trabalha e tentar salvar nosso patrimônio, Oliver caminhou até mim dando um beijo em sua filha que gritou animada com a aproximação do pai. - Eu preciso ir felicity, você vai ficar bem? o semblante de Oliver era de preocupação. - Não se preocupe comigo, vai tranquilo, falei confiante e Oliver assentiu. Assim que Oliver sumiu de meu Campo de visão me voltei a Queen rebelde. - Podemos conversar? perguntei gentilmente. - Eu não estou afim de conversar, ela foi ríspida, suspirei pesado. - Bom, se não quiser falar não vou te obrigar, mas vou falar de qualquer forma e você vai ouvir, fui incisiva. - Oliver é muito preocupado com você Senhorita Queen, se fosse por ele teria ido te buscar na delegacia na mesma hora que ligaram pra ele, fui eu quem o convenceu a fazer o contrário , Thea arregalou os olhos assim que me ouviu falar a última parte. - Como você se atreveu? m*l chegou nessa casa e já está se metendo na nossa vida, Quem você pensa que é? Thea esbravejou. - Sou alguém que já passou por muitas coisas difíceis na vida e ainda passo, falei sem vacilar. - seu irmão está atolado de problemas, sabia que a empresa da sua família está indo a falência, Thea me encarou surpresa. - Sua mãe está muito m*l mas não ouvi você perguntar por ela nem um segundo sequer , três dias longe de casa e sua única preocupação foi acusar o seu irmão e me ofender, nem da sua sobrinha você quis saber - Eu não sei se você percebeu, mas tem uma bebê fofa em meus braços que graças a Deus não chora desesperadamente como antes. Thea desviou seu olhar até a Bia que estava brincando com os fios do meu cabelo. - Quer competir comigo pra vê quem é que tem a história mas triste? posso te garantir que não é você, fui firme. - Você é uma garota linda, que com certeza tem muito potencial, mas está desperdiçando sua vida sendo mimada é rebelde, minhas palavras eram duras mais o tom era suave e calmo. — Você não pode falar comigo desse jeito! por um momento senti a voz de Thea vacilar. — Tem razão, não somos amigas, nem sequer nos conhecemos, mas não gosto de injustiça, não é justo Oliver ter tantos problemas e ainda ter que se preocupar com você, Você deveria ajudá-lo e não ser motivo de mais preocupação. Respirei fundo assim que terminei de falar, Thea apenas me encarava com curiosidade e espanto. — vem meu amorzinho,vamos passear um pouco no Jardim, falei olhando pra mini Queen, que que puxava o meu cabelo alheia a toda confusão causada pela tia. — Devia e ver sua mãe, ela está sozinha naquele quarto escuro e frio, ela precisa de ajuda, o apoio da família é o mais importante nessas horas. foi a última coisa que falei antes de sair à deixando sozinha brigando com seus próprios pensamentos. OLIVER. Eu passei três dias com o coração apertado por ter deixado Thea detida, mas Felicity estava certa, minha irmã precisava de ajuda, e por mais que meu coração se apertasse em meu peito eu precisava ajudá-la. Thea tem o gênio forte, e mesmo sabendo que está errada é birrenta e não dá o braço a torcer. — Oliver posso entrar? a voz de Dig me trouxe de volta a realidade. — Você sabe que não precisa pedir, lhe deu um mínimo sorriso. — Quero saber como andam as coisas, Dig fala timidamente. — Resumindo, você quer saber se Felicity está bem, ergui a sobrancelha e Dig assentiu. — Ela está bem? perguntou sem me encarar. — Posso saber por que esse cuidado exagerado? Felicity não me parece uma garotinha desprotegida, muito pelo contrário, é forte e corajosa, falei cruzando os braços. Desde que Felicity foi lá pra casa, quando não é o Dig é a Laila perguntando se ela está bem, ontem mesmo sem querer ouvi uma conversa dela ao telefone,acho que era com a mãe que ela falava, não entendo o motivo de tanta preocupação. — Só quero saber se ela está se adaptando bem em sua casa, Felicity tem um coração bom e é muito sensível , Dig desviou seu olhar do meu. — Ela está bem, não se preocupe, Bea está apaixonada por ela, nunca vi minha filha tão calma, até comigo ela não chora mais, sorrir satisfeito. — Felicity causa esse efeito instantâneo nas pessoas, Dig sorrir orgulhoso. — E como estão as coisas por aqui? Dig pergunta interessado. — Você trabalha aqui Dig sabe como estão as cousas, sorrir sem achar graça. — Estava com a esperança que tinha alguma notícia boa, Dig fecha os olhos deixando os ombros cair. — Senhor Queen, esse envelope chegou para o Senhor, minha assistente nos interrompe. — Obrigada Senhorita Bertinelle, peguei o tal envelope de suas mãos . — Pode nos trazer dois cafés por favor, pedi educadamente. — Sim senhor, trago em um minuto. Encarei o envelope por alguns segundos, mas decidi iginora-lo por enquanto. — Não vai abrir? Dig pergunta confuso. — Depois eu abro não deve ser nada sério, falei jogando o envelope em um canto qualquer da mesa. — Que bom que encontrou uma assistente tão rápido , Dig me encara desconfiado. — Acredita que eu a encontrei por acaso? eu estava desesperado atrás de uma assistente e praticamente esbarrei nela, fui sincero. — Era pra ser a Felicity sua assistente, Dig fala mau humorado. — Felicity é mas que uma assistente pra mim Dig, falei sério. — Ela é como um anjo que apareceu em minha vida quando eu estava mais desesperado que tudo , em apenas três dias que ela está lá em casa, já fez uma grande diferença, até o ar ficou mais leve, fui sincero. Dig sorriu assentindo em concordância. — Seu humor também melhorou, já não está tão ranzinza como antes, Dig fala com um sorriso travesso me fazendo rolar os olhos em descaso. Depois que minha assistente nos trouxe o café, conversamos mais um pouco, mas logo depois Dig saiu me deixando sozinho com meus pensamentos, peguei o bendito envelope e quando eu já o estava abrindo, meu celular tocou tirando meu foco. — Alô, atendi sem emoção. — Credo quanto desânimo, o que está acontecendo você meu amigo? reconheci a voz de Tommy, sorri imaginando a careta que ele estava fazendo . — Tem muitas coisas acontecendo, mas não quero falar sobre elas, fui direto. — Nossa! estou vendo que minha presença fez falta pra você, Tommy dar uma gargalhada. — Quando você e a laurel vão voltar? ou pretendem passar o resto da vida de lua de mel? perguntei sorrindo . — Foi por isso que te liguei, vamos voltar amanhã, Laurel está com saudades de casa. — Como está minha afilhada? ainda está dando trabalho? Tommy pergunta interessado. — Graças a Deus ela está bem, tem uma Pessoa cuidando dela, falei sorridente ao me lembrar de Felicity. — Tudo bem então, conversamos mais quando eu voltar , agora deixa eu ir que minha mulher está me chamando, Tommy nem me esperou falar mais nada desligou o celular em minha cara , sorrir encarando o objeto em minhas mãos. Depois da ligação de Tommy, resolvi me concentrar no trabalho, do jeito que as coisas estavam precisaria de um milagre pra salvar minha empresa, passei o restos da tarde revendo relatórios financeiros e a cada relatório negativo minha dor de cabeça só aumentava, Walter Steele meu vice presidente e amigo da família estava nessa luta comigo, acho que foi por causa dele que ainda não chegamos a declarar falência. — Como está a Moira Oliver? Walter , pergunta sem me encarar enquanto folheia alguns relatórios. — Muito mau, não sei mas o que fazer, fui sincero. — Vou visitá-la amanhã, tudo bem pra você? — Claro que sim, não precisa nem perguntar, só não espere muito dela , minha voz saiu triste, mesmo assim vou adorar recebê-lo em casa. — Obrigada Oliver, Walter agradeceu sorridente . Terminamos de revisar todos os relatórios, Helena já tinha ido embora, e eu já estava saindo quando me lembrei do tal envelope , peguei o abrindo logo de uma vez, nem acreditei no que meus olhos viram, não sei se pulava de alegria ou mordia os dedos de tanta raiva.
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