Rogerio narrando
O ar na minha sala tava pesado, cheirando a whisky barato e desespero. Eu m*l tinha me sentado na poltrona quando senti o impacto. Um soco limpo, forte, que rodou minha cabeça e explodiu o canto da minha boca. O gosto de sangue encheu a minha garganta, e eu cambaleei, mais pelo choque do que pela dor em si.
— Seu desgraçado!
Rubens. O cara que eu achava que era meu aliado, meu sócio, agora tava na minha frente, com o rosto desfigurado pelo ódio. Os olhos dele eram duas pedras incandescentes, e ele tremia, a mão fechada, pronta pra me estraçalhar.
— Por sua culpa perdi meu único filho! O Hugo tá morto por causa da sua c****a! – Rubens berrou, a voz rasgando a garganta. – E a minha filha, a coitada da Pamela, agora tá muda, internada, sem lingua! Tudo por culpa daquela
