Capítulo 2

1352 Palavras
Malu Narrando.... Chegamos no complexo da Rocinha, a freira que estava ao meu lado, arregalou os olhos quando passamos pelos caras do movimento, eles ficam na barreira, sem camiseta e armados, vejo ela apertando o crucifixo nas mãos, essa mona aqui vai ser engraçado, encontrei ela na hora certa, precisava de uma professora com responsabilidade pra cuidar dos meus bebês, no caso as crianças da escola, todas as mulheres que entravam aqui, era pra dar pro meu irmão, ou pro sub dele, então eu já tava agoniada com isso, sempre tive que fazer as putianes meterem o pé daqui correndo, eu ligava lá na agência e metia a boca neles, como foi o caso hoje, porque são péssimos e só mandam putä pra cá, sinceramente, essa freira apareceu no momento exato, e o que aparenta é que eu não vou ter dor de cabeça com ela. — Não precisa ficar com medo não... eles são tranquilos _____ digo parando o carro e o d***o se aproxima e abaixa com a cabeça perto da janela, a brisa que bateu, fez o seu perfume invadir o meu nariz, que cheiro gostoso.. Diabo — Coe loirinha, tá subindo pra que____ pergunta apontando com a cabeça pra freira e eu passo a língua nos lábios antes de responder — A nova professora da escolinha... agora pronto, acabou a oportunidade de vocês passarem a vara nas professoras .... ____ falo com um tom de deboche e ele n**a com a cabeça Diabo — Porrä novinha, aí tu corta nosso barato legal... _____ fala puxando um sorriso de canto e eu desvio meu olhar, me sentindo um pouco incomodada, mas logo volto a olhar pra ele — Corto com muito gosto bebê, agora me deixa subir, já te dei um pouquinho de atenção.... _____ falo ligando o carro outra vez Diabo — Podia fortalecer de outro jeito né não... _____ fala e eu sinto seu tom de voz com segundas intenções — Gato, o lance entre nois é pura amizade e fortalecimento, cê tá ligado, vocês são putos, passam a vara em qualquer uma que abre a perna pra vocês .... _____ falo o óbvio e ele passa o dedo no meu braço, me fazendo arrepiar inteira. Diabo — Tô ligado azeda, cê só dá moral pros playba, nois os pobre cê nem da moral, deselegância tua papo só.... _____ diz se fazendo de ofendido e eu dou risada jogando a cabeça pra trás — Teu cu, abre pra mim a tua conta do Inter, quero vê quantos você tem de saldo, se tu é pobre mesmo... _____ brinco e ele n**a com a cabeça Diabo — Tenho nada fia, investi tudo no meu barraco, deixando daquele jeitão, quem sabe tu me dá uma moralzinha de conhecer lá... _____ fala apertando o meu queixo e solta com tudo — Filho da putä... mas quem sabe eu vou lá ver, ainda te ajudo na decoração, olha como eu sou boazinha... _____ digo sorrindo e ele passa a língua nos dentes, filho da putä, porque tinha que ser gostoso desse jeito Diabo — Decoração de mulher? quero não fia, deixa que eu mermo resolvo essas paradas, se não tu vai fazer minha casa de cinquenta tons de rosa, do jeito que tu é patricinha... _____ fala sarcástico e eu dou o dedo do meio pra ele — Nem vou falar mais nada, por respeito a irmã que está do nosso lado, mas patricinha é o teu cool, não quero mais papo contigo não.... _____ falo bolada e ele bagunça o meu cabelo — c*****o meu, tá com fogo no cu... desculpa irmã, aqui o negócio é só desse jeito pra essas pragas ouvir... Diabo — Leva pro coração não gatinha, ô, só tô tirando onda contigo e cê tá ligada nisso... _____ fala próximo ao meu ouvido e eu sinto um arrepio percorrer por todo meu corpo — Vaza d***o daqui, cê sabe se meu irmão tá na boca? _____ pergunto e ele concorda Diabo — Tá resolvendo uns assuntos com o Félix .... _____ fala fechando a cara e eu concordo — Vou subindo... fé pra tu _____ digo fazendo o toque com ele e o mesmo se afasta do meu carro, continuo subindo a Rocinha, eu queria entender o porque o d***o não gosta do Félix, os dois não se bicam de jeito nenhum, vivem trocando ofensas, o Lobo fica puto com a rivalidade dos dois , mas não tem como, não dá pra reunir eles juntos de jeito nenhum. Alessia — Desculpa, mas você chamou ele de d***o? _____ pergunta confusa e eu acabo dando risada — Eu esqueci de te falar, aqui todos tem um vulgo e o dele é d***o, tem o félix, o lobo meu irmão, tem vários que você só vai conhecer se tiver envolvimento, ou nas ruas.... _____ digo indo na rua da boca, aqui é tudo muito estreito, pra andar de moto é uma beleza, agora de carro a gente sofre Alessia — Compreendo... qual é o seu? _____ pergunta e eu passo a língua nos lábios antes de responder — Não tenho vulgo estranho como os deles, meu nome é Maria Luisa, mas me chamam de Malu _____ digo e ela concorda — E o seu? Alessia — Eu me chamo Alessia, mas geralmente me chamam de irmã.... _____ diz apertando os dedos — Você sempre quis ser freira? nunca pensou em conhecer um pouco mais do mundo? festas, namorados... _____ digo arqueando uma sobrancelha e ela n**a com a cabeça Alessia — Não... _____ diz sem graça e eu paro com o assunto pra não deixar ela mais constrangida — Por qual motivo você veio pro Rio de Janeiro? _____ pergunto um pouco curiosa Alessia — Eu tive que fugir do convento onde eu morava, em São Paulo, a madre e as freiras estavam agindo estranho, ritual satânico, eu arrisco a dizer que elas escondem mais coisas, só que eu não quis ficar lá pra vê né, eu decidi fugir sem olhar pra trás, somente com essa malinha _____ diz levantando uma mala preta pequena e eu sinto um arrepio só de ouvir o que ela falou — Eu nunca entendi o porque elas quiseram me criar sabe... alguma coisa muito estranha elas faziam, mas agora eu quero cuidar das minhas coisas, não vou largar a religião, mas quero viver bem longe delas.... — Eu vou te ajudar, prometo que aqui ninguém vai descobrir que você saiu fugida delas... _____ digo com garantia e ela concorda sorrindo — Acredito que vamos ser grandes amigas... Alessia — Eu ficaria honrada... _____ diz e eu concordo, chego em frente a boca e paro o carro — Se você quiser esperar aqui no carro, eu vou entrar falar com o meu irmão primeiro, aí eu volto te buscar, certo? _____ digo e ela concorda Abro a porta do carro e desço, batendo a mesma. Mosquito — Tá caçando o que? teu irmão tá em reunião _____ fala e eu n**o com a cabeça — Preciso falar com ele, tem como avisar o gato que eu tô aqui? _____ digo e ele concorda puxando o radinho e falando com o meu irmão. Mosquito — Tu ouviu né... ele já vai atender tu ____ fala e eu concordo esperando. Não demora cinco minutos o Félix sai da sala, ele me olha de cima a baixo, passando a língua nos dentes, mas ele nem fala comigo por conta do meu irmão, o ciúmes rola solto. Lobo — Entra, Maria Luisa _____ sua voz grossa me fazem sair do transe e eu entro na boca pra trocar idéia com ele, não sei como vai ser sua reação, ainda mais ele que não gosta que eu suba com ninguém, sem avisar antes, vou levar um esporro, talvez, mas vai valer a pena, menos uma dor de cabeça pra arrumar professora pra escolinha, prefiro a dor de cabeça de ouvir, do que de procurar e procurar professoras eficientes pro cargo de prof dos meus bebês, agora é só preparar os ouvidos pra ouvir os esporros e sermão... CONTÍNUA....
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