Bia narrando
Fomos saindo devagar, meu corpo ainda fraco, mas cada passo pra fora daquele lugar era como uma vitória. Quando chegamos do lado de fora, o sol tava nascendo, tingindo tudo de laranja. Vários homens armados cercavam a área, atentos, vigilantes.
Meu pai olhou pro horizonte, os olhos estreitos, como se estivesse procurando alguma coisa.
O vento frio da manhã batia no meu rosto enquanto eu tava sentada no banco de trás do carro. Minha cabeça doía, meu corpo tava fraco, e os pulsos ardiam por causa das marcas das cordas. Mesmo com o cansaço tomando conta de mim, minha mente não parava. O silêncio do carro só era quebrado pelo som do motor e pelo meu pai respirando pesado no banco da frente.
O Lucas tava do meu lado, olhando pra estrada com os olhos semicerrados, como se estiv
