CHLOE
A caminho da casa dos parentes de Alex, passamos por vários lugares lindos que eu via na internet ou revistas e sempre quis visitar. E nem acredito que estou aqui. Vim pra New York algumas vezes quando era criança mas não lembro.
Meus pais que dizem isso.
— Chegamos, amor! — Alex diz, me tirando dos meus pensamentos enquanto estávamos já parado em frente à uma casa chique.
— Alex, você não precisa me chamar de amor, ainda não estamos na casa dos seus parentes. — Digo abrindo a porta do carro pra sair.
— Está bolada comigo? — Ele perguntou saindo do táxi e vindo em minha direção.
— Estou. — Digo bem séria e tiro minha mala do carro.
— Por quê? — Ele tentou me ajudar com minha mala, mas não deixei. — Fala!
— O problema é que você está enganando sua família, que é um amor, por causa dos seus erros. Está mentindo pra eles, por você não ter coração e parar com uma só garota.
— Eu não estou mentindo, eu só... Chloinha, vamos lá, me entenda, eu não consigo parar com ninguém porque... Por favor, só me ajuda. — Disse entrelaçando nossas mãos e me puxando pra dentro da casa.
A casa, uau, parecia com uma mansão, com jardins bem cuidados, branca e grande por fora e ainda por cima, tinha chafariz, coisa que eu só via em praças.
— Tá encantada?
— Estou, é muito bonita. Não sabia que sua família morava na Casa Branca. — Ele solta uma risada e quebra a tensão que estava entre nós.
— Olha, muito obrigada por ficar comigo nesse plano. Mas eu tenho uma coisa pra te confessar.
— O que é agora, Alex? — Lá vem bomba!
— Talvez nós vamos ter que nos beijar, porque eles devem vão pensar: Que namorados são esses que não se beijam?
Fiquei o encarando por alguns minutos e logo soltei.
— Simples: nem pense!
Foi a minha vez de arrastar ele pra dentro da casa, mas como não conhecia nada nem ninguém, voltei a seguir ele.
Depois que tocamos o interfone, uma senhora que parecia ter uns 65 anos, nos atendeu.
— Pois não?
— Oi Tia Lúcia, eu vim visitar meus avós.
— Alex? Alex Hemsworth? Ah meu Deus, como você cresceu! Tá até com barbinha. Te vi na barriga da sua mãe, lembro quando você mijava a..
— Para, tia Lúcia! Assim você me deixa constrangido. Como a senhora está? E meus avós, eles estão? — Ele a interrompeu, mudando de assunto.
— Ah sim, entre, entre! Eles estão na caminhada, mas logo voltarão. — Disse nos puxando e guiando até uma sala de estar. — Sentem-se aí, vou trazer alguma coisa pra vocês comerem.
— O que você quer, amor?
— O que tiver, está bom. Obrigada Dona Lúcia.
— Ainda não nos apresentamos, qual é o seu nome querida?
— Meu nome é Chloe, muito prazer. — Digo a abraçando.
— Ela é tão fofa, por que não trouxe ela aqui antes?
— Longa história, tia Lúcia. Mas pode por favor fazer alguma coisa pra gente comer? Faz aquela macarronada com salsicha que só a senhora sabe fazer.
— Só porque pediu com jeitinho. Agora me dê licença que eu vou preparar.
Ela saiu nos deixando a sós novamente.
ALEX
Lúcia é como uma terceira mãe praticamente, ela sempre cuidou de mim quando eu vinha pra cá e não mudou muita coisa.
— Ela é uma fofa!
—Realmente, agora vamos lá pra cozinha que esse cheiro está me matando Chloinha.
— Por que você vive me chamando de Chloinha? — Eu o sigo depois de deixar as mochilas no sofá.
— É o meu modo fofo de te chamar. — Peguei a mão dela e levei ela na direção da cozinha.
Depois que comemos a deliciosa macarronada que Tia Lúcia fez, ela nos disse pra segui-la.
— Aqui vai ser o quarto de vocês, Dona Gisa mandou eu separar esse aqui pra vocês que é grande e tem a cama de casal. Sintam-se a vontade. — Ela disse e nos deixou a sós deixando a bomba comigo.
— Alex, avisa pra ela que a gente vai dormir em cama e quartos separados.
— Chloinha, eles vão desconfiar, vamos dormir no mesmo quarto, só que eu durmo no chão e você na cama. Ok?
Ela assentiu e entramos no quarto que já tinha toalhas e cobertas separadas. Arrumamos algumas coisas no closet e eu chamei ela pra conhecer a famosa New York.
— Tia Lúcia, nós vamos passear pela cidade e daqui a pouco a gente está de volta, tá?
— Ok meu filho, levem casaco. Vou dar uma faxina por enquanto. Bom passeio. — Disse enquanto terminava de limpar a bancada da cozinha.
Começamos a caminhar e fomos em direção ao Central Park. Estava coberto de neve, estava magnífico. Com pessoas patinando e alguns coelhos pulando entre os matos. Romântico até demais.
— Vamos patinar? — Perguntei enquanto ela praticamente babava pelas pessoas patinando.
— Eu não sei. Nunca fui em Chicago.
— Eu te ensino. — Disse puxando ela pela mão para a loja de aluguel de patins. — Vem coloca e eu te ajudo.
— Alex, eu não sei, tô falando sério. Sei nem me equilibrar direito quanto mais patinar.
— Para de graça eu vou te ajudar, só confia em mim. Eu confiei em você no avião, lembra?
Ela me olhou por um tempo então colocou o patins.
—Tá bom. Vamos antes que eu desista.
Peguei ela pela mão e comecei a puxar ela bem devagar. No começo ela quase caía, mas depois de um tempo, ela foi tomando o jeito e conseguiu se equilibrar.
— Estou com frio Alex. Já deu por hoje? Tô cansada de cair. — Ela perguntou enquanto se segurava no corrimão de apoio.
— Não, vamos fazer o seguinte: Me abraça e continuamos patinando. Que tal?
— Eu posso estar congelando, mas não te abraço.
— Para de graça Chloinha, eu não mordo. — Só se ela pedisse, claro. — Vai, eu quero te mostrar muitas coisas por aqui ainda. Não estraga meus planos.
E mais uma vez ela ficou me encarando e depois ela acenou.
Ficamos abraçados por um bom tempo, e aquecendo um ao outro. Estava realmente bom, estar abraçado. Parecia até um bobo apaixonado. Me esquentava, melhor assim..
Depois de uns dez minutos, um sentindo o coração do outro de tão próximos que estávamos, saímos e disse que mostraria ela quando tivesse no verão pois dava pra ver mais. Ela assentiu e voltamos pra casa ainda abraçados.
Chegamos em casa e meus avós já tinham chegado em casa.
— Meu netinho! Que saudade de você. — Disse minha vó enquanto nos abraçava, abraçava não, apertava.
— Deixa o garoto respirar Gisa, você está sufocando ele e a namorada. — Disse meu avô.
— Ah minha filha, não fomos apresentadas. Sou Gisa, mas pode me chamar de vó Gigi. — Ela abraçou Chloe que fez uma cara engraçada.
— Eu sou Chloe, muito prazer vó Gigi.
— E eu sou Mauro, o avô do Alex. Então realmente ele está namorando? — Ele disse olhando Chloe e esperando uma resposta.
— Pois é né Mauro, deixa as crianças serem feliz. — Disse minha vó já apaixonada pela Chloe. — São tão fofos juntos.
— Deixa eles em paz, Gisa. Vamos subir e deixar eles a sós, devem estão cansados.
— Só saio daqui com um beijo deles, ainda não vi vocês se beijando. É muito fácil, olha.. — E deu um beijo no meu avô.
Nós a olhamos e pensamos. E agora??
***
CHLOE
Naquele momento, minha perna bambeou e a minha mão suou. Já me arrependi de ter participado desse maldito plano.
— Já chega Gisa, eles estão cansados e querem privacidade. Não é meu neto?
— Não, não precisa vô, eu beijo ela. Né amor?
Maldito, i****a, eu não vou beijar você. Não está entendendo minhas palavras pelo olhar? É um i****a mesmo.
— Deixa só eu tomar banho e comer e mostro o beijo tão inesperado tá, vó Gigi? — Dessa vez eu falei.
Tenho uma conversa séria marcada com Alex.
Subimos pro quarto e assim que fechamos a porta eu o olhei com um olhar profundo e ele entendeu o recado.
— Olha só, se eu não dissesse aquilo, ela ia desconfiar. Minha vó é como minha irmã, tem sorte dela não ter vindo.
— Não tô nem aí pra quem desconfia ou não, só disse que eu não vou te beijar enquanto estivermos aqui. Você quer que eu escreva?
— Para Chloinha, nem um selinhozinho?
— Alex, para de me chamar de Chloinha. E outra, nem selinho nem selão.
Abri a porta para o banheiro - pois o quarto era suíte - peguei uma calça e casaco de moletom, peças íntimas e fui tomar banho.
— Alex, pega minha toalha por favor?! Eu esqueci.
— O quê? Não estou te ouvindo.
— Para de graça Alex, pega a toalha pra mim.
— Fala de novo. — Disse abrindo a porta e olhando pra mim - dentro do box escuro - de boca aberta.
— Você está conseguindo ver alguma coisa? — Digo ficando preocupada se dava ou não.
— Não Chloinha, mas é porque a silhueta do seu corpo é...
— Pelo amor de Deus Alex, não é hora pra elogios.
— Só se você prometer que vai me beijar quando precisar.
— Eu vou te dar um beliscão.
— Por favor Chloinha, faz parte do nosso acordo. — Disse já entrando no banheiro e fechando a porta logo atrás de si.
— Alex, sai daqui!! Isso é muita falta de respeito.
— Só se você me prometer, ou eu vou te ver pelada! — Disse ameaçando abrir a porta do box.
— Qual o seu problema? — Vendo que ele não ia desistir, concordo. — Tá bom, tá bom! Eu beijo, eu beijo! Mas por favor, me dá a toalha e sai daqui!
— Toma, minha Chloinha! — Disse ele me entregando a toalha por cima do box.
— Seu i****a, b****a! — Jogo água por cima do box. — Eu te odeio.
— Para Chloinha, eu vou entrar com você hein. Já tô molhado.
— Não, parei! Sai daqui agora.
— Pede por favor!
— Por favor!! — Peço manhosa.
— Agora sim, aliás, belo corpo.
— b****a.
Ele saiu rindo e fechou a porta novamente. Garoto insuportável e ainda vem elogiar meu corpo. Meu Deus como ele é b****a.
ALEX
Meu Deus, o corpo da Chloe parece corpo de modelo. Toda desenhada. Ah aquela menina comigo.
Quer dizer, aquela menina numa agência de modelo.
Espero a Chloe terminar de tomar banho e entro no banheiro levando a toalha - pra não correr o risco de fazer o erro da Chloe - minha cueca, uma bermuda e um casaco. Chloe está secando o cabelo na toalha e me olha torto.
— Dá licença Chloinha, preciso tomar banho.
Ela saiu sem dizer nada, muito estranha essa garota. Comecei a tomar banho e o quarto estava em silêncio.
— Está achando que eu esqueci, amor?
—.Qual foi Chloe, me assustou!
— Assustado vai ficar quando sentir água gelada no corpo. — Disse e começou jogar água gelada em mim por cima do box.
— Se continuar jogando água, eu prometo que não vou esperar você sair daqui pra te fazer cócegas.
— Não tenho medo de cócegas i****a.
— Então admite que quer me ver pelado?
— Ah Alex, para! Tá parei. Eu só estava brincando. — Disse saindo do banheiro.
Terminei o banho e coloquei a roupa antes que tivesse mais gracinha. Quando ia saindo do banheiro, dei de cara com a Chloe e ela me joga um balde de água gelada, no frio que está. Na mesma hora, congelei.
Fiquei parado assimilando tudo que aconteceu nos 3 segundos anteriores. Na mesma hora, a primeira reação que tive foi de derrubar ela no chão, e me esfregar nela pra ela se molhar também.
E depois fiz cócegas e pra quem não sentia nada, ela estava sentindo até demais. Parei quando ela já estava ficando vermelha sem ar. Fiquei encarando ela por um tempo e percebi que já estava passando dos limites. Ela me encarou e depois deu conta da situação que estávamos.
— Alex, você está em cima de mim, você é pesado!
— Ah, desculpa. Não percebi. — Me levanto e estendo a mão pra ela levantar também.
— Obrigada. — Se levanta e senta na cama pegando uma nova toalha e secando onde eu a molhei. — Desculpa, não sabia que você ia ficar tão molhado. — Disse quebrando o silêncio.
— Bom, eu vi seu corpo praticamente. Já esperava uma gracinha, só não sabia que ia precisar me congelar pra se divertir. — Pego a toalha e começo a me secar mas parece que estou colocando gelo em meu corpo, pois não fico aquecido. Troco de roupa e continuo com frio.
— Viu o que você fez? Tô ficando gripado! E morrendo de frio.
— Desculpa Alex. Não foi minha intenção. Vem cá.
— Eu não. Pra você me molhar de novo?
— Para de charme, quem faz charme é empreguete. Agora vem cá.
Me aproximo dela meio cauteloso, pois pode ser outra gracinha. Ela se deita na cama e bate a mão no colchão do seu lado pra mim deitar.
— Deita aqui.
— Chloe esse é o seu modo de me chamar pra cama?
— Deita antes que eu desista! — Disse fingindo estar irritada.
Eu deitei onde ela mandou e ela subiu a cabeça até meu peito e me abraçou por baixo da coberta. Se eu não me controlasse, teria beijado ela ali mesmo. Depois de umas 3 horas, acordei e já estava escuro. Levantei sem a acordar, pois estava frio. Dei um beijo em sua testa e a cobri mais. Peguei uma calça de moletom e cueca.
Tomei um banho bem quente e deixei a água cair sobre meu corpo, tirando toda a tensão. Saí do banheiro e Chloe já estava acordada.
— Acordou Chloinha..
— Por que não me chamou antes?
— Eu acordei agora também. Só tomei banho e voltei. Dormiu bem?
— Desde que você não ronca e nem pega muito espaço, eu dormi bem. — Disse pegando roupa e me empurrando pra ela entrar no banheiro. Aproveitei que ela estava tomando banho e mexi no meu w******p. Não tinha avisado a ninguém que cheguei com segurança.
CHLOE
Tomei um banho bem quente e fiquei um bom tempo embaixo da água.
Terminei de tomar banho e coloquei uma calça e casaco - com peças íntimas por baixo, é claro - e saí do banheiro. Alex estava mexendo no celular e seu cabelo estava molhando escorrido em sua testa. Aquilo deixou ele muito bonito.
— Tô com fome, desce comigo? — Perguntou ele depois de deixar o celular na cama.
— Até que enfim se tocou. Tô morrendo de fome aqui.
Ele me puxou pelas escadas e chegamos na cozinha. Os avós dele não estava na cozinha e a Dona Lúcia já tinha ido embora.
— O que você quer?
— Ah sei lá. O que tiver está bom. Tem hambúrguer ?
— Tem que fazer. Seguinte: você faz o hambúrguer e eu o suco. Que tal?
— Por que eu tenho que fazer a comida? Só por que sou mulher? — Digo já levantando uma frigideira pra bater nele.
— Não Chloinha, é porque eu não sei mesmo. Bom, eu posso te ajudar.
Fiquei encarando ele por uns segundos e lembrei que estava com fome, não tinha tempo para discutir.
— Tá bom, se sair queimado é culpa sua.
Pegamos queijo, presunto, alface, ovo, carne de hambúrguer, batata palha e pão de hambúrguer. Começamos a cozinhar, ou melhor, sujar as panelas. Estava até com cheiro de queimado de tanta guloseima que fizemos, inclusive brigadeiro.
Quando estava tudo pronto, deixamos o brigadeiro no congelador e fomos pra sala de televisão e comemos assistindo séries de terror - com cobertor pois estava congelando - depois de eu insistir muito.
— Que fofos, eles comendo Mauro. — A vó de Alex apareceu do nada na sala e nos assustou. Pulei no colo do Alex que me olhou assustado.
— Desculpa, não queria te assustar. — Disse com cara de pena de mim.
— Tu-tudo bem.. Eu só me assustei porque estamos vendo série de terror.
— Ata, só queria dizer que o jantar estava pronto, mas como vocês estavam dormindo, preferi não chamar. Mas tô vendo que vocês já estão comendo, então.. Vou voltar pro meu quarto. Boa , noite meus queridos.
— Tudo bem vó, estamos cheio. Valeu. — Ele se levantou e deu um beijo na testa da avó, que deu um sorriso e subiu.
— Não quero mais ver essa série.
— Agora quem quer ver sou eu.
— Problema, tô subindo. — Disse puxando a coberta e subindo.
Fiquei uns dois minutos no quarto e lembrei do filme.
— Alex!!
Demorou um pouco pra ele responder e logo ele respondeu.
— O que foi?
— Deita aqui comigo?
— Tá com medo ou quer minha presença?
— Por favor, sobe logo.
Ele apareceu no quarto em segundos e deitei de costas pra ele com seu braço ao redor da minha cintura.
Quem diria eu dormindo com Alex ao meu redor como um sanguessuga. Até que Alex não era tão chato quanto pensei.