A manhã começou fria e silenciosa, mas, para mim, o peso de suas provocações ainda queimava na pele. Cada lembrança da noite anterior era uma mistura de ódio e desejo que se recusava a desaparecer. Eu tinha prometido a mim mesma que controlaria cada pensamento, mas ele tinha a capacidade de invadir cada espaço da minha mente, mesmo sem tocar em mim.
O escritório parecia maior naquele dia, mas também mais perigoso. Cada passo ecoava nos corredores e, por alguns segundos, imaginei que ele estivesse ali, observando cada movimento meu. A sensação de alerta constante era cansativa, mas não podia permitir que ele percebesse qualquer sinal de medo.
Acontece que não era paranoia. Ele estava mesmo ali.
Assim que entrei na sala de reuniões para uma apresentação importante, senti o olhar fixo sobr
