Aquele dia começou como qualquer outro, mas meu corpo sabia que nada seria comum. A lembrança de cada gesto dele nos últimos encontros queimava em minha mente. Tentei me concentrar, mas a sensação de alerta constante não me deixava esquecer o perigo delicioso que representava.
Caminhava pelo saguão do hotel, a pasta firmemente apoiada contra o corpo, tentando parecer totalmente concentrada em meus compromissos. Não queria que ele percebesse a vulnerabilidade que me consumia. E, por um instante, achei que conseguiria.
Mas a vida, ou talvez o destino perverso, tinha outros planos.
Ele estava ali, parado perto do café do lobby, casualmente elegante como sempre, mas com o olhar fixo em mim. O coração disparou, a respiração ficou pesada, e eu quase desejei poder desaparecer entre as pessoas
