O olhar dos vapores me queimava. Eu não precisava dizer muito: minha presença ali já era uma resposta, já denunciava que eu não tinha mais saída. Um deles deu um assovio curto, chamando a atenção do outro, e riu de canto de boca. — Tá procurando o quê aqui, novinha? — perguntou, cruzando os braços, a arma na cintura à mostra. O coração martelava no meu peito. Respirei fundo, tentando que a voz não falhasse. — Preciso falar... com ele. — As palavras saíram arranhadas, mas firmes o suficiente. O silêncio que seguiu foi pesado. Eles se entreolharam, e um deles deu um sorriso lento, daqueles que não significavam nada de bom. — Com o Caveira? — repetiu o nome como se fosse uma senha proibida. — E o que uma menina igual você quer com o patrão? Baixei os olhos, o rosto pegando fogo. Minhas

