Cena do Crime

1039 Palavras
Durante a noite, um banco tinha sido invadido e após o ocorrido, foi isolado pela polícia, tinha muito sangue pela rua e pela calçada que dava na porta principal do local. Os legistas olhavam tudo e outros oficiais retiram uma pilha de corpos do local. Uma mulher jovem, asiática de cabelo preto passa por debaixo da fita na porta de entrada, e ela prende seu cabelo e faz um coque com um elástico. Ela avista um delegado veterano, na casa dos 40 anos aparentemente, n***o, com barbixa, cabelo baixo e escuro, com olhos cansados. Imediatamente a mulher vai até ele, e quando percebe, ele se vira pra ela, e arregala os olhos. - Devo estar vendo uma miragem. Ela pega um distintivo no bolso e mostra pra ele: - Agente Courtney Sunouchi Maaya, mas pode me chamar de... - Courtney Lee. Todo mundo sabe quem é você, a maior detetive do mundo. É um prazer conhecê-la, sou o Delegado... - Histol Franklin Conley. - Você é boa mesmo. Essa é uma das suas habilidades de dedução? - Só tá escrito no seu crachá mesmo. Ele olhou pro próprio peito e viu o crachá pendurado na roupa com o nome dele. - Ah sim, sim, claro. - Sou do FBI, vim averiguar essa bagunça. - ela mostrou o distintivo. - Por favor. - Histol abriu caminho para ela. Courtney e Histol passam pela cena do crime toda, a detetive olhava minuciosamente cada detalhe da cena. - Então essa bagunça em Pilgrim já se tornou assunto dos federais? - perguntou ele. - Tá tendo uma repercussão enorme, e isso está incomodando os maiorais. Me tiraram do outro lado do globo só pra vir aqui e resolver isso, disseram que vocês estão encontrando padrões estranhos. - Eu diria que estranho é um termo suave. Ele levou ela até uma parte da cena que estava intocada, era um homem e uma mulher de mãos dadas encostados numa parede e mortos. - Fiz questão de manter essa parte isolada quando me avisaram que você viria. - disse Histol. Courtney se ajoelhou próximo aos cadáveres e os olhou de cima a baixo, os corpos deles estavam perfurados por agulhas bem finas. - Eu nunca gostei de acupuntura, isso é um costume da sua terra? - Sou japonesa, não chinesa. E isso aqui é muito peculiar. - Sem ofensas, mas isso nós já notamos. - Você não tá entendendo. Esses dois são um casal. - Como sabe? - Só tem a aliança de compromisso, eles provavelmente estavam tentando desembolsar algum dinheiro para comprarem as alianças pro casamento, já que pelo perfil, eles eram pessoas de baixo poder aquisitivo. Isso foi triste, eles morrerem de mãos dadas diz muita coisa. Histol olhou bem pra eles, e até que fazia sentido. - Até que a morte nos separe, então. - ele comentou. - Alguma outra pista? Eles são um g***o bandidos ou milícia organizada? - Não sabemos muito sobre os Purificadores, só que eles adoram atacar locais aleatórios, por algum motivo. - Que tipo de locais? - Bancos, bibliotecas, depósitos e tudo mais que virem pela frente. Será que são só terroristas? - Não, não é isso. Courtney olhou bem aquelas agulhas de perto, e assim que percebeu o que elas eram, se levantou rapidamente e perguntou a Histol: - Mais alguém morreu dessa forma? - Tem um outro homem naquele corredor ali. - ele apontou para outra direção. Imediatamente Courtney saiu correndo até lá, e chegou bem na hora quando um policial legista já estava pra remover a primeira agulha do corpo do homem. - Não toque nisso! - Courtney ordenou. Na mesma hora o policial legista se afastou. - Eu estou usando luvas. - ele falou. - Não deixe que ninguém toque nisso, a não ser que queira morrer definhando e sentindo seu coração estourar. - ela avisou. O legista olhou pra Histol, que fez um sinal com a cabeça e mandou: - Obedeça a detetive, dê essa ordem para toda a equipe. - Sim senhor. O legista saiu pelo corredor. Courtney olhava as agulhas daquele corpo também, e ela fazia uma expressão de preocupação. - Parece que você reconhece essas agulhas, detetive. Pensativa, ela pergunta: - Vocês relataram que Patrick Sandim está envolvido nisso, não é? - Ele é o líder do Purificadores, por que? - Ah não... - O que foi? Ela se levantou e foi andando devagar para trás, até ficar encostada na parede, olhando para o corpo do homem morto. Courtney estica a mão esquerda e mira com o polegar direto no peito do homem. - Detetive Lee? - 7 agulhas nos pontos vitais e mais 40 agulhas na barriga e ovário. 7 agulhas nos pontos vitais e 120 no topo da cabeça. - O que está falando? - Essas mortes não são por acaso, elas têm um padrão. Mulheres: 7 agulhas no pontos vitais e mais 40 agulhas na barriga e ovário. Homens: 7 agulhas nos pontos vitais e 120 no topo da cabeça. - O que isso quer dizer? - Eu ainda não faço ideia. Mas olhando essas agulhas e a forma como elas atingiram essas pessoas, está levantando uma hipótese. - Qual? Ela continuou mirando com o dedão. - Essas agulhas foram atiradas neles, não cravadas. - Atiradas? Tipo uma a**a de agulhas? - Não, elas literalmente voaram pra cima deles. Histol franziu a testa. - Eu não gosto nem um pouco de ficção científica, detetive. Courtney morde o lábio, pensativa. - O que Patrick queria aqui? - A trajetória dele aqui foi linear e rápida, ele arrombou apenas o cofre principal. - contou Histol. Então eles dois desceram até lá, os policiais levavam a última leva de corpos enquanto os legistas tiravam fotos da cena. Courtney e Histol foram direto até o cofre, e ele estava com a porta arrebentada, porém todo o conteúdo estava lá dentro, toneladas de barras de ouro, documentos e fichas. - Ele não levou nada. - disse Histol. Courtney pegou uma lanterna e olhou bem aquele cofre. - Quero uma análise forense disso agora mesmo. - disse ela. Os legistas entraram no cofre imediatamente. - Podemos ir até a delegacia, delegado Histol? - Eu dirijo. Então os dois deixaram a cena do crime.
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