Orquestra de silêncios que falam

1013 Palavras

O quarto está calmo, mas tem aquela eletricidade silenciosa que só aparece quando algo está prestes a acontecer. Me levanto com a leveza de quem ainda está meio desacreditada. — Ele realmente lembrou... — murmuro. — m*l;dito homem de palavra. Vou até o closet. E claro: lá está. Uma túnica de linho azul-claro, delicadamente dobrada sobre a poltrona. Ao lado, um lenço branco, sandálias rasteiras bordadas e um par de brincos pequenos — discretos, sofisticados. Conforto com elegância. Sem decotes. Sem fendas. Ou seja: passeio de dia, em público. O figurino já diz tudo. Tomo banho com mais pressa que ritual. Penteio o cabelo e o prendo num coque despretensioso, mas digno. Visto a túnica. Ela é leve, e por algum motivo estranho, parece ter sido feita para mim. De novo. E por um segundo, a

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