Vitor Narrando A cabeça ainda rodava com o gosto dela na minha boca, um sabor doce, salgado, intensamente feminino que era a minha própria conquista. O poder que eu senti ao ouvir aqueles gemens altos, ao sentir o corpo dela tremer sob minha boca… foi algo que mudou alguma coisa dentro de mim para sempre. Eu não era mais um garoto. Ela estava deitada no sofá, uma visão de pura satisfação decadente, quando me puxou para um beijo lento. Quando nos separamos, seus olhos castanhos, agora suaves, me escrutinavam. — Então, quase adulto — ela disse, a voz rouca de prazer. — Me conta uma coisa. Em todos esses anos, olhando do seu quintal… você já desejou me comer em algum cômodo dessa casa? A pergunta foi direta, sem rodeios, e me fez corar até as orelhas. Mas a vergonha agora era misturada c

