CAPÍTULO 5 - RANYA

2760 Palavras
Depois de entrar em um carro, eu senti um alívio danado, senti as coisas mais leves e o clima menos pesado, olha que tinha o homem que me ajudou em uma noite, me mandou flores e ainda por cima teve coragem de falar as coisas em meu favor, sem nem me conhecer. Mesmo assim aquilo chegava a ser sem muito leve pra mim. Talvez devesse conhecer ele melhor, porque ele poderia ser diferente daquilo que aparentava ser. Lei básica da vida: conheça tudo e todos. Vivi por anos com uma pessoa pra terminar depois de uma traição. Eu não posso dizer que o conheço apenas pelo que já passou ou confiar nele apenas por ele ter confiado a conta da empresa dele pra nos. O barco não flutuava assim. Eu tinha que pensar no que eu iria falar, fazer, se iria fingir que nada daquilo no restaurante aconteceu. Era uma atitude que eu deveria tomar, mesmo que fosse r**m de pensar nela. - Bem, pra onde quer ir? - A voz com sotaque me fez aprender a ficar paciente diante dele, esperando de tudo, o inevitável e o possível. Ele parecia uma mistério grande, surgindo do nada. - Ranya? Sempre gostei de filmes de romance, aqueles que a menina conhece o cara e começa daqui a história, tem algo de agradável nisso. No caso a paz. A forma que você quer ter algo daquele jeito. Muita gente critica os livros de Nicholas Sparks, mas neles acha casais, não apenas histórias. Antes de conhecer o bundão de Richard eu sempre pensava em achar um amor tranquilo, que me faria bem e eu poderia fazer o mesmo. Por um tempo foi assim, até começar encargo de coisas que vem com o relacionamento. Se um desanda, os dois desanda. No meu caso acabou com uma traição. - Não sei, meu irmão está lá dentro - Suspirei fundo. - Quer ir pra casa? - Balancei a cabeça, sabendo que eu não queria ficar sozinha, não naquele momento. - Certo, quer conversar? Estou aqui então. - Conversar o que? Que você viu meu ex me detonar? A conversa vai ser essa, meu caro. - Não me importo em falar a real. O cara havia visto eu levando um esporo do meu ex, aquele que não tinha moral nem pra falar de mim e nem ninguém, as vezes nem dele mesmo. - Ele se inclinou para frente. - Amir, roda pra casa. O motorista acenou pelo retrovisor e eu balancei a cabeça. - Não posso ir pra sua casa! - Mas não quer ficar sozinha na sua? - Eu abri e fechei a boca, era como se ele tivesse lido a minha mente. - Pode ir Amir. Cumprimentei seu irmão., sua mãe e a noiva dele. Eles são simpáticos. - Ah, só faltava eu - Eu olhei para o rosto dele. - Scott. Encaro o rosto dele e o que mais chama a atenção, a cicatriz. - Fiquei satisfeito com o encontro Ranya, ainda mais depois do - Ele faz uma pausa e eu completo a fala. - Não vou dar pra você, adeus? - Ele sorri, enquanto eu lembro da última mensagem enviada pra ele. - Um homem mandar flores não significa sexo - Minha boca se abre e depois se fecha. - Talvez ele esteja apenas tentando fazer alguém se sentir bem. Homem que usa esse argumento, misericórdia. Isso era normal? Fiquei tanto tempo com a mesma pessoa que tem agora essa coisa de estar ou não falando sério. Além disso minha situação deveria me ensinar mais em quem eu posso confiar. Tem algo muito suspeito, eu precisava saber o que era. - O que significa as flores, Scott? - Minha voz sai pesada. - Um encontro. Nada mais que isso. Encontros levavam a outras coisas, não sou eu que diz isso não, isso quem diz é o povo, se o povo fala, a gente escuta o povo. - Certo, um encontro que significa sexo, ou seja, estou certa. - Na verdade isso só seria depois do terceiro encontro - Eu dou um sorriso pelo humor e a ironia da fala. Bem, sincero eu já descobri que ele é, mas o quanto? Qual era a parada aqui? - Ok - Eu encaro ele. - Eu não estou a fim de algo, como você viu, eu acabo de sair a algum tempo de uma relação meio bosta. Pela janela, eu vejo o carro entrar por um portão e começar a entrar por entre uma estrada, ocupada por árvores dos dois lados, grandes eucaliptos e logo vejo a mansão, vejo o Jardim e toda ornamentação. - Chegamos, minha cara - Eu fico perplexa. - Não liga se estiver algumas coisas fora de lugar, me mudei a pouco e é difícil arrumar as coisas. - Aqui era dos Albuquerque. Já estive aqui, não sabia que alguém havia comprado esse lugar, você tem família grande. - Não, não tenho. -Os Albuquerque tinha uma família grande, era tanta criança que você poderia ficar admirado. - Só percebi que são um ótimo casal para negócios. - Você não é da Itália? - Sim, sou da Itália, mas eu agora puxo raiz pra cá, meus negócios estão por aqui e Del Rey vai ser minha cede. - E não acha muito distante da Itália? - Um pouco, sou italiano, mas não sou nenhum pouco raiz, tenho negócios e investimentos lá, mas isso não me limita - Ele faz uma pausa. - Você quer realmente falar disso? - Vamos falar de que? Da novela das nove? - Dou um sorriso sem graça e vejo a porta se abrir ao meu lado. - Não sou dessas, gosto desse tipo de assunto. - Gosto disso - Falando isso eu desço, vejo o carro sair da entrada, me deixando na noite com um homem ao meu lado. - Bem vinda. - E é enorme, como eu me lembrava. - Tem bastante espaço, Ranya. - Você é casado? - Pergunto sem graça e ele sorri. - Não, não sou casado. - Tem filhos? - Precisa mesmo saber de tantas coisas? Posso te mandar meu currículo no seu e-mail? - Só quero entender por que precisa de tanto espaço, não deixa de ser curioso, concorda? - Pensei que perguntasse isso pra saber se podia avançar o sinal. - Que nada Scott, quero saber se você é um assassino ou traficante de pessoas ou drogas. - Se eu fosses eu não falaria pra você, então não adiantaria - Ele pega meu braço e coloca por baixo do dele, começando a me levar para dentro da casa, subindo os lances de escadas e me fazendo entrar em uma sala de entrada enorme, com quadros por todos os lados, obras de artes diferentes e algumas peças que circula o salão, portas fechadas e algumas entradas para outras partes da casa e uma escada grande, que leva até a parte de cima, caixas no canto e um lustre enorme bem no centro, prestes a ser erguido. - Agora gosto daqui, não está tão vazio. - Sim, não tanto - Eu dou um sorriso. - Quer conversar, Ranya? - Encaro o homem e me afasto, olhando para os 1.90 na minha frente, me olhando e tendo uma postura comigo diferente. Eu cedo. Ele me aproximou de uma mesa e puxou uma cadeira pra mim, eu me sentei, um tanto medrosa e sem jeito nenhum de falar. Nesses meses eu não havia falado com ninguém, encarei o homem, ele era um estranho que me perguntava se eu queria conversar. Na verdade eu queria, queria também gritar como um criança no meio do mercado, pra expressar todo o desgosto que tinha dentro de mim sobre um canalha medonho. - Três meses atrás, eu cheguei no apartamento daquele cara, estávamos juntos a alguns anos, mas - Fiz uma pausa. - Peguei ele na cama com minha "Melhor amiga", sem roupa, com o pênis dele até as bola nela, ele disse que gostava dela e não mais de mim, o desgraçado me deixou, eu viajei, sai da cidade e ainda voltei, agora tento voltar a minha vida normal de antes, mas não tá fácil, depois de meses o i****a volta e faz aquilo que você viu, dizendo que eu era como um amigo dele, mas amigos não fazem sexo ou planejam uma vida a dois. Ele me magoou da pior forma possível e isso não é a coisa mais fácil, porque eu me sinto r**m a dias e meses, já é difícil superar uma pessoa, agora imagina o que essa pessoa fez. - Você não esperava isso, não é? Na verdade não, eu nunca iria esperar alguém me apunhalar dessa forma, não dava pra acreditar, mesmo passando tanto tempo e eu vendo com meus próprios olhos. - Não, não esperava, tínhamos problemas, nas aquilo foi o fim e eu não sei o que dói mais, parece uma mistura de mágoa com raiva, sabe? Jogo as palavras e paro de repente. - Ele é um scemo - Ele nota a minha falta de compreensão na língua dele. - Disse, ele é um retardado. Sou uma risada. Lembrando que foi quase as mesmas palavras que meu irmão disse quando contei, mas meu irmão era mais boca suja, usava adjetivos e mais adjetivos, pesados e levianos. - Devo concordar - Sorri com o xingamento traduzido. - Continua. - Melhor não... - Ele da um sorriso, se inclina pra frente, então sinto um perfume. Fico quieta na minha cadeira, encarando ele. - Não, continua Ranya, confia em mim, vai, fala tudo. - Depois que terminei, eu fiquei deprimida e pra baixo, me sentindo um lixo... - Para - Eu paro. - Repete a última parte. - Qual? - Deprimida e um lixo - Sinto meu rosto queimar. - Você se sente assim por ele ou por você? Espero que seja por ninguém, porque eu não acho isso justo com você, você é nova demais para isso. Uma coisa eu ninguém avisa sobre a traição e o que ela carrega, mas ela não precisa deixar carga se você ligar com ela da forma certa, você não teve culpa de confiar em alguém que fez isso, você foi suficiente pra você? Então está ótimo. Ele fala tudo tão calmo e centrado, como aqueles palestrantes fodas da Internet que tem sempre uma imagem ou mensagem motivacional, de superação e sucesso. - Eu sei - Ele se aproxima e sinto o perfume forte e sinto vontade dele, por incrível que pareça, estou olhando pra ele e me perguntando se ele era bom em outras coisas. - Já que estamos aqui... - Tomo coragem. - Faz sexo comigo? - Sexo? - Ele fala e puxa minha mão, me fazendo levantar da mesa, me movendo dentro da casa e me levando direto para uma sala, com dois sofás de couro e uma poltrona. - Isso é só depois do terceiro encontro, já disse isso, depois que você estiver gostando de mim. - Sim, mas - Ele me corta. - Quer alívio? Podemos conversar a noite inteira, eu não me importo. Você não quer t*****r comigo, só está curiosa pra saber se eu sou bom em outras coisas ou pra saber se eu estou fazendo um papel e******o em troca de sexo com você. - Quero isso, sexo me faz bem ou pode fazer, você não quer? - Ele sorriu. - Sou homem, sempre vou querer - Então, o útil ao agradável, você minha noite e eu, sua noite estragada por mim - Ele se aproxima de mim e segura meu rosto, se aproximando e logo me beijando, sinto a língua dele invadir minha boca e alcançar a minha, sugando e mantendo-se firme no beijo. - Espera - Eu paro e olho para os olhos dele, estão escuros, mas calmos demais. O que ele tem? Pelos céus. - Isso pode ser um erro. - Não transei com ninguém depois dele, se acha mesmo que sou boa, faz isso por mim. Scott deu um passo para trás, ele balançou a cabeça. - Só se você aceitar sair três encontros comigo. - O que? - Três encontros, comigo. Me prometa que vau aceitar os três. - Requisito básico? - Brinco. - Feito ou não? Mordo o lábio inferior, pensando na proposta. - Nada pode se misturar ao trabalho, fui clara? -Como água, minha querida, agora vem - Vejo suas mãos se moverem até o cinto da calça social escura e tirar, abrindo a calça e olhando pra mim. Sinto o t***o subir sobre mim, fazendo meu corpo despertar depois de tanto tempo, parece novo e diferente. - Vêm - Ele pega minha mão, no momento seguinte ele se senta em um dos sofás daquela sala, fico no meio das suas pernas, pernas grandes e grossas, ele enfia a mão na calça, no momento seguinte eu o vejo plenamente. Sem nenhuma vergonha ele me olha. Sem nenhum pudor ele segura o m****o nas mãos e faz movimentos. Ok, talvez eu não estivesse pronta. - Sobe seu vestido - Eu chorei pela espessura e tamanho dele. Era o primeiro p*u que eu via depois de quatro anos. O olhar dele fica sobre mim e me faz ter uma arrepio fundo. Era completamente perturbador, mas eu enfrento, respiro devagar e me lembro das coisas de antes de engatar um relacionamento e até depois. Eu iria conseguir. Eu queria aquilo naquele momento. Subo o vestido e no momento seguinte tenho ele no quadril e a mostra com a calcinha preta. - Coloque sua calcinha para o lado. Encaro os olhos escuros dele, mas faço. Sinto que a qualquer momento vou ficar com vergonha, mas respiro devagar e sigo o manual. - Você é louco. - Você também, mas é uma louca corajosa - Eu dou um suspiro fundo e me aproximo, indo por cima, colocando minhas pernas ao lado do corpo dele, ficando bem encima da ereção dele. Ele da um sorriso. - Pode fazer isso agora Ranya, no seu tempo garota, quero ver o quanto pode fazer e como. - Scoty - E aí eu desço, a mão dele guia o m****o e sinto a cabeça larga na entrada. - Você é virgem? Porque sua entrada está tão pequena - A voz dele sai áspera. - Não, não sou - No momento seguinte eu desço com tudo e sinto algo anormal dentro de mim, me alargando e fazendo minha b****a só contrair só com o m****o dele dentro de mim, a mão dele vai para o meu quadril e minhas mãos para o ombro dele. Fico parada e sinto o cabelo no rosto. - Vai, sou seu agora - Ele geme e eu pego pressão para subir e descer, as paredes se chocam com ele e sinto a pulsação quente entre cada dobra minha. A mão dele desce e toca minha v****a por cima da calcinha e acaricia ela. - Você tem tudo, Ranya - Logo eu fecho os olhos e sinto o domínio, sinto as mãos dele e a vontade de gozar como a tempos eu não fazia, me novo sobre ele sem parar, sentindo cada vez mais o pênis dele dentro de mim, sentindo as paredes da minha i********e molhadas, úmidas e quentes, sentindo o c******s pulsar e logo sinto a ponta do p*u dele se mover mais rápido, sinto as pernas dele contra minha e o movimento fica frenético. Ninguém fala. Ninguém respira direito. - c*****o - Falo, com meu peito subindo e descendo de forma frenética. Começo a senti o corpo quente, uma camada de suor dentro e fora do vestido, como sinto o aperto das mãos dele sobre cada pedaço do meu corpo. Depois de minutos de movimentos, força e rapidez, eu g**o, sendo segurada por duas mãos e logo apertada, no estante seguinte depois que rebolo no p*u dele para poder intensificar o orgasmo, ele goza, goza rugindo alto meu nome, goza apertando meu quadril com força extrema. Me sinto livre por vários segundos e minutos, me sinto bem e satisfeita, como se eu estivesse a base de calmante. Então eu começo a me mexer de novo, como uma maníaca, uma que parece não t*****r a anos. Eu não quero abrir os olhos, mas sinto o m****o dele crescer de novo e deslizar ainda mais com facilidade. Eu estou molhada. Estava com vontade de sexo, algo que somente naquele momento eu percebia. E por Deus, eu esperava que Scott me ajudasse, só naquela noite, porque eu precisava me sentir preenchida e desejada. Aquilo era sexo. E eu queria ele e o que ele estava me dando.
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