CAPÍTULO 1 - RANYA

2007 Palavras
Talvez não me tornasse deprimida, mas, possivelmente, alcoólatras eu iria me tonar, daquelas que precisariam de ir nos grupos de alcoólicos anônimos e ficar viciada em remédios a partir de um vício em álcool. Sabe, vendo por esse lado na e tão r**m. O que é mais Deprimente, ficar chorando ou bebendo até não aguentar mais? Af, não importa, ultimamente apenas minha opinião está servindo pra mim. Eu estava vendo tudo embaraçado, nem sentia minhas pernas. Eu não pediria outra dose, era um absurdo eu aceitar isso também, porque eles não queriam me servi mais bebida, só estava com mais um pouquinho perto de mim, dentro do corpo, dizem que o álcool ele evita gripe, meus filhos não vão ter gripe, porque eu havia trocado meu sangue por bebida nessa altura triste do campeonato. Eu sorri com esse pensamento e dei uma risada. Ranya devia segurar essa barra, certo? Pro caramba com essa, eu não seguro mesmo! Não tenho mais paciência e nem vontade, de alguma forma a gente tem que fazer o que nos machuca sair da gente. Isso é o que faço, talvez esteja apenas no caminho que eu escolhi quando gostei de um filho da p**a egoísta e pretencioso de merda. Quero desidratar por causa do álcool e não com o choro, eu não choro, EU NÃO VOU CHORAR, eu havia prometido não chorar, apenas não chorar. As outras coisas estavam liberadas. Eu havia me saindo bem, embora meus olhos estivessem vermelhos, mas eu não aceitava chorar, só ter uma crise alcoólica moderada. Poderia aceitar isso é conviver com isso, sem nenhum problema. Repitam comigo, eu aceito isso e vivo com isso. Olhei para a tela do iPhone, devia ter alguma coisa de errado com o celular, ele não ligava, não fazia nada à não ser ficar no escuro, parecia eu, ali mais sem nenhum funcionamento naquele momento. Perdido que só! Eu gostaria de saber quando foi que tudo deu tão errado pra mim, pra tantos eu sou uma patricinha de merda, me tratam como se eu fosse de vidro, quando na verdade eu não sou, como também não quero ser vista como elo fraco apenas por ser mulher. Talvez meu karma não seja pra ser mulher. Deve ser isso. O karma vem, eu acredito que nós não podemos dar o troco em ninguém, não se paga o m*l com o m*l, a vida se encarrega. Mas vida, se não for pedir muito, atropela os dois com um ônibus no Central Parque. Havia escutado que Richard havia levado ela pro parque a tarde, pessoas viram e estranharam, mas era verdade o que vinham, os dois assumindo aquele relacionamento, saindo como quem se apaixonou um pelo outro. Quando na verdade ela foi uma falsa e talarica de merda, ele um traíra egoísta que não pensou em me dizer a verdade quando eu perguntei. O que dói fica sendo tudo que planejava com o cretino e nunca iria realizar, mesmo ele falando todos os dias como era com ter alguém como eu pra crescer e construir um futuro junto. - Merda! - Expressei e escutei uma risada ao meu lado, eu virei meu pescoço e senti a cabeça rodar e o meu corpo tombar para o lado direito em câmera lenta, como fazem no Animal Planet, escutava até a narração para a cena. A mulher de estatura baixa que se inclina para o lado direito em sinal de embriaguez e possivelmente vai se ferir com o ato descompassado dela mesma ao cair daquele assento. Eu comecei a ver tudo da horizontal. Sentidos totalmente ruins. Aquilo me fez rir. - Vou cair! - Falei rindo alto. - Calma, calminha, peguei você - Senti duas mãos sobre os meus braços, segurando, apertando e me movendo para que eu pudesse criar ou ter uma linha de equilíbrio certa e aquilo não estava funcionando. - Fica parada, se não você cai de verdade. A voz pesada falou e fez meu corpo bêbado ficar na cadeira e me apoiar no balcão. Mulheres não bebem assim, como caminhoneiros. Pelos céus, o que eu estava querendo? Céus, eu vou piorar minha situação aqui. - Devia deixar eu voar para o chão, estava até com o frio na barriga cara - Eu olhei para a cara do homem, senti um arrepio quando notei um rosto marcado. - Obrigado moço... Uma cicatriz. Eu falei e dei uma risada pela forma que ele fez uma careta, mas não parei de olhar para o rosto dele, havia algo diferente, ou eu estava bêbada demais ou ele tinha, realmente, uma cicatriz no rosto. - Sim, isso é uma. Balancei a cabeça de forma frenética. - Fui indelicada, não fui? Me desculpa por isso, mas se estivesse sóbria eu iria perguntar onde arrumou ela ou algo sobre ela. Eu olhei para ele, minha mãe falava que era feio encarar os outros, mas minha mãe também disse para eu ser uma boa moça, quebrar um princípio e quebrar todo o resto, isso sempre acaba virando uma quebra em escalas enormes. O homem se sentou do meu lado e eu me apoiei no balcão para poder olhar para ele, encarar o rosto dele, um rosto livre de barba, com traços fortes e bonito, mas com uma cicatriz visível, era diferente, macabro, uma linha da sobrancelha até a bochecha, de alguns centímetros visíveis. Como ele poderia ter feito ela naquele rosto tão bonito, mas devia admitir que me lembrava muito algo nominal e que poderia deixar ele sexy pra algumas mulher, a forma máscula que aquela Cicatriz poderia virar uma qualidade. - Isso deve ter doído muito em você - Suspirei e puxei o copo, logo vi uma mão segurar a minha, aquilo me deixou alerta. Quem era ele pra encostar em mim? Eu não queria homem algum me dizendo o que fazer ou qualquer coisa do tipo. - Não beba mais - A boca dele se abriu, em um tom de advertência, eu senti um aperto. Eu senti uma tontura e logo uma vontade enorme de vomitar e não gritar com ele. Me senti avisada que se eu bebesse iria colocar tudo pra fora, mas como ele sabia disso? Ele estava aqui antes ou apareceu apenas quando eu iria cair? Pelos céus! Isso começava a me deixar paranoica. - Você precisa ir embora, já está tarde. - Você é malvado? - Ele abriu um sorriso e aí as coisas rodaram com aquele sorriso, a fileira de dentes brancos e os lábios grande. Eu voltei a encarar ele, os olhos dele, eram profundos e negros, grandes e escuros olhos negros e aquilo me deu um arrepio da cabeça aos pés. Pelo amor de Deus, o álcool deve estar fazendo muito efeito pra eu achar um estranho bonito de graça assim. Não, devia estar com a cabeça r**m ou muito fora do lugar, isso, devia ser isso mesmo. - Não, eu não sou r**m - Ele se levantou. Ele era enorme. Alto pra caramba e parecia um muro grande. Com ombros grandes e e conjunto grande. Eu abri e fechei a boca. - Vou chamar um táxi pra você, você pode passar seu endereço pra ele e assim chegar com toda segurança que deve. O que me diz? - Você é bonito, Sr. Cicatriz - Eu me levante e tombei para o lado, ele passou a mão pela minha cintura. - Isso e assédio, não pode tocar em mim! Tire suas mãos de mim, eu conheço o dono desse lugar! Senti o estômago revirar. O álcool antes de matar de uma vez, ele humilha e zua todo nosso corpo, começa com a cabeça e depois vai todo o resto. Acho que era hora de ir pra casa. - Não, isso sou eu te ajudando, não iria de forma alguma assediar a senhorita - Ele puxou o celular e vi ele discar algo e depois falar baixo com alguém, falava com alguém pelo celular dele e nem ligava por mim estar encarando ele. - Meu motorista vai levar você. - Pra que você tem um motorista. - Pra ajudar moças em estado de bebida pra casa em segurança. - Você sabe quem eu sou? -Imagino que seja alguém que precisa ir pra casa, então vamos, não farei m*l a você, vou avisar Lola que está indo. - Você conhece ela? Ela é a dona, eu adoro ela e a forma que ela é divertida. Semana passada ela me disse pra cortar as bolas do meu ex e raspar a cabeça da nova mulher dele. - Não devia escutar conselhos assim, que tal esquecer e superar isso? , No embalo caminhei com ele pra longe daquele balcão e do copo que ainda tinha algo dentro, a gente estava saindo do bar da Lola, um bom lugar, mas vazio as três da manhã. Cheio de bebidas gostosas e fortes. Cheio de amargura da cidade de Del Rey. Era um inferno estar ali, agora entendia quando um dos garotos vinham aqui e passava horas nesse lugar. Olhe para o lado, com a visão meio fraca vi o porte da pessoa que me acompanhava. Não era nenhum pouco baixo. - Você é grande, Sr.cicatriz - Eu ergui a mão e toquei o braço dele, era um braço durinho. - Olha o tamanho desses braços, você deve malhar - Eu passei a mão. - Tem braços grandes demais para um homem daqui, você não é daqui, é? - Melhor ficar em silêncio até sua carona. - Desculpa - Eu senti novamente uma tremenda vontade de vomitar, mas segurei, não poderia agora vomitar na frente dele, quando chegamos na calçada do bar, diante um carro preto, com a porta aberta, meu raciocínio estava lento e minhas pernas bambas, mas me veio a razão. A primeira lei de um bêbado e que você não pode mexer nele, porque ele não está pronto para isso, como eu não estava para passar por aquilo naquelas horas da noite. Minha visão estava r**m e meu corpo mole. Eu estava mesmo recebendo ajuda de um estranho que eu nunca havia visto na vida, um bonitão alto e forte, com uma cara de sério evidente naquela expressão seria e com traço da cicatriz. - Onde você mora? - Ele falou perto do meu ouvido e pensei na onde eu morava, mas veio um branco e eu entrei em choque. Pelos céus, onde eu morava, meu Deus! Senti o coração tentar sair pela boca. No fundo apareceu um medo, mas no fundo tinha tanta bebida. Bebi meu peso em whisky. - Em uma apartamento - Senti o sorriso brotar em mim pra não parecer tão r**m. - Sou uma Keller, eu moro no Palhares, no prédio, ele é grande. Falei o nome do prédio, mas juro, eu não me lembrava do meu apartamento e nada disso, ele me colocou dentro do carro, colocando o meu celular no meu colo, algo que eu nem havia notado ele pegar no balcão, onde estava com a minha cabeça? Ele se moveu fechando a porta e falando algo para o motorista. - Não quero ir - Sussurrei baixo, então eu vi um vulto passar do meu lado, me fazendo ter uma vertigem grande e que me fez ficar parada pra não pirar a cabeça de uma vez por toda. - A noite faz muitos inocentes se perderem - Ele se aproximou da janela e olhou uma última vez pra mim, antes de se afastar. - Fica bem, mas bem de verdade. Não faça isso com você. E aí eu fiquei parada naquele carro que se moveu, durante o caminho eu segurei tudo dentro do meu estômago, até chegar em casa, lembro de chegar em casa e cair de quatro no chão, vomitar tudo que eu havia colocado para dentro e logo dormir no chão, no meu próprio vômito sentindo muito frio e sentindo um desengano danado dentro de mim. Sentindo um gosto de fel na boca, devia ser o gosto da minha vida nesse momento. Sim, devia ser isso. Era isso. Confusa e mais perdida que cedo em tiroteio, que ótimo!
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